Capítulo 29

579 38 2
                                    

Thomaz: o dia ontem foi agitado. Vocês nem esperaram por nós.

Maya: vocês que chegaram tarde.

Bruce: tive um problema com um paciente ontem, voltei um pouco mais tarde mesmo.

Thomaz: mas eu não.

Joana: quando vamos poder voltar para ver a tia Maya?

Thomaz: nós ainda nem fomos embora e vocês já querem voltar?

Rich: claro - eu ri.

Maya: nós marcamos e aí vocês vem.

Thomaz: fica bem, tá? - ele me abraçou. Me despedi das crianças e eles foram embora. Eu e Bruce nos sentamos no sofá.

Maya: obrigada.

Bruce: pelo que?

Maya: por trazer eles. E por todo o resto - ele sorriu.

Bruce: por que parece que está se despedindo? Não está pensando em ir embora, né? - eu ri.

Maya: e para onde eu iria? Bruce, seu irmão terminou comigo para me proteger?

Bruce: o que?

Maya: Thomaz disse isso - ele negou com a cabeça.

Bruce: eu tenho dois idiotas como irmãos! O Bruno pediu para não te contar. Ele prefere que você pense que ele é só um babaca, que mentiu sobre os sentimentos dele, do que adimitir que te ama tanto que é capaz de abrir mão de você, para te proteger.

Maya: tem razão, ele é um idiota. Ainda aquela história da louca obcecada por ele?

Bruce: é sim. E o que vai fazer? - dei de ombros.

Maya: vou para o meu quarto.

[...]

Bruce estava assistindo a um filme quando desci.

Maya: me empresta seu carro?

Bruce: pra quê? - franziu a testa.

Maya: vou falar com seu irmão.

Bruce: Maya.

Maya: é sério, Bruce. Não sei porque demorei tanto para isso. Eu vou falar com ele e vai ser hoje - ele respirou fundo.

Bruce: eu levo você. Se vocês fizerem as pazes, eu já posso trazer meu carro de volta. E se ele continuar sendo um teimoso cabeça dura, trago você de volta.

Maya: então vamos - a casa do Bruno era um pouco longe. Já era noite quando chegamos.

Bruce: eu vou esperar aqui, por sei lá, uns 40 minutos. Acho que é tempo suficiente para uma conversa. Por favor, não esquece que eu estou aqui. Se vocês se resolverem antes disso, me avisa, tá? - concordei - está nervosa, né? - repeti o gesto. Bruce me abraçou - vai dar tudo certo, lindinha. Vai lá - beijei sua bochecha e saí do carro. A casa estava silenciosa. Parecia vazia. A única luz, vinha do escritório, era fraca, provavelmente era um abajur. Bati na porta e entrei.

A Virgem do BordelOnde histórias criam vida. Descubra agora