[...]
Deixei minha mala na sala e corri para cozinha.
Rosa: ah! Vocês voltaram! - ela me abraçou.
Maya: estava com saudade, Rosa.
Rosa: eu também, minha flor - nós fomos para a sala. Bruno e Alberto estavam abraçados.
Alberto: Maya - ele me abraçou me tirando do chão. Eu ri.
Maya: senti sua falta, Beto.
Alberto: eu também, lindinha. E aí? Fizeram um bebê?
Rosa: ai, Alberto!
Alberto: ué! Eles foram para uma ilha, Rosa! Não tem muito o que fazer.
Bruno: eu vou fingir que não ouvi isso - eu e Bruno subimos com nossas coisas para o quarto. Todas as minhas coisas estavam lá, tudo que antes ficava no meu quarto - pedi para Rosa arrumar. Mas se você quiser, posso te ajudar a voltar com as coisas para lá.
Maya: não. Eu gostei assim. Isso quer dizer, que quando nós brigarmos, é você quem sai do quarto - ele riu e concordou.
Bruno: OK, então.
[...]
Enquanto os dias na ilha eram quentes e úmidos, em casa estava frio e seco. Os dias seguintes foram todos de noites frias.
Rosa: eu disse que ia ficar doente - disse me entregando uma tigela de sopa - e para piorar, a previsão dos próximos dias é de chuva. Muita chuva - resmunguei e ela riu. Bruno e Alberto entraram na sala, deixando o frio entrar - fechem logo essa porta! - Bruno veio até mim.
Maya: não! Vai ficar doente também - virei o rosto.
Bruno: eu não ligo - me deu um selinho - você está quente.
Rosa: é, eu acabei de dar um remédio para ela.
Bruno: falou com Bruce? Ele pode vir examinar você.
Maya: não precisa.
Bruno: vamos lá para o quarto.
Maya: mas eu acabei de descer!
Bruno: lá é mais quente - ele me pegou no colo.
Maya: minha sopa - falei na escada.
Bruno: eu pego depois - beijou minha testa. Bruno só me soltou quando já estava deitada na cama - vou falar com Bruce.
Maya: para quê? Não precisa. Não seja exagerado.
Bruno: porque não custa nada ver se é algo mais sério.
Maya: sabe o que me faria melhorar mais rápido?
Bruno: o quê?
Maya: ficar o dia todo com você - ele riu e me beijou - desde que voltamos, você não ficou um dia em casa.
Bruno: eu sei - ele se sentou mais perto e passou a mão em meu rosto - mas as coisas estão agitadas. Dos dois lados! Tenho muito trabalho. As crianças vêm daqui dois dias. Thomaz disse que eles estão manhosos, por causa do bebê chegando.
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A Virgem do Bordel
RomanceMaya cresceu nos corredores de um bordel, uma criança moldada pela sombra do negócio da família. Sua mãe trabalhava para sua tia, a dona do estabelecimento, e ali ela aprendeu a sobreviver no mundo impiedoso que a cercava. Tudo muda quando ela cruza...