[...]
> Maya <
É claro que ele não gostou do quarto. Ou dos cuidados excessivos, como ele chamou.
Maya: Bruno, se você não tomar esse remédio, eu ligo para a sua mãe.
Bruno: pelo amor de Deus, Maya.
Maya: você não está com dor? Ficou a manhã toda com essa cara. O remédio é para dor, você não vai ser menos homem se tomar o remédio.
Bruno: eu não vou tomar o remédio porque eu não quero!
Maya: deixa de ser teimoso!
Bruno: Maya, me deixa em paz! Tudo isso está me irritando.
Maya: absolutamente tudo te irrita Bruno, qual é a novidade? - ele respirou fundo.
Bruno: Maya, por favor. Eu não quero brigar com você.
Maya: nós brigamos o tempo todo já faz dois dias.
Bruno: então para de falar na minha cabeça! Eu não aguento mais ouvir sua voz!
Maya: então vai se foder - saí do quarto e deixei ele sozinho.
Alberto: qual foi o motivo dessa vez?
Maya: ai, seu amigo é um idiota! Ele está com dor, dá para ver na cara dele. Mas ele é forte demais para tomar um remédio.
Alberto: só amor mesmo para aturar isso. Eu já teria dado uma surra nele.
Maya: eu vou para o meu quarto dormir um pouco antes do almoço, tá bom? - ele concordou.
Alberto: você está bem, menina?
Maya: estou cansada pra caralho - ele riu. Eu consegui dormir um pouco, Rosa veio me chamar para o almoço. Bruno já estava na mesa. Eu me servi e comi em silêncio.
Bruno: você não vai falar comigo?
Maya: você disse que estava cansado da minha voz, lembra?
Bruno: Maya...
Maya: eu estou cansada Bruno. É sério. Não quero brigar. Só quero que se recupere logo, para eu poder te dar a surra que você merece por falar comigo daquele jeito. Quando estiver disposto a voltar a agir como um adulto, me avisa - terminei de comer e voltei para o meu quarto. Tinha muito sono para colocar em dia. E como eu estava precisando disso. Acordei mais tarde com Bruno me abraçando por trás.
Bruno: eu amo esse seu cheiro.
Maya: o que está fazendo aqui?
Bruno: vim chamar você para o jantar - disse antes de beijar meu pescoço.
Maya: eu dormi o dia todo?
Bruno: uhum. Você estava precisando disso. Mas queria que tivesse passado o dia todo dormindo na minha cama. E não aqui em cima sozinha.
Maya: você é teimoso demais, me irrita demais.
Bruno: você não é nenhum poço de obediência, meu amor.
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A Virgem do Bordel
RomansaMaya cresceu nos corredores de um bordel, uma criança moldada pela sombra do negócio da família. Sua mãe trabalhava para sua tia, a dona do estabelecimento, e ali ela aprendeu a sobreviver no mundo impiedoso que a cercava. Tudo muda quando ela cruza...