The Right Way of Love

#46: Dificuldades e "O que aconteceu com a gente?"

Terça, 5 de julho de 2022, 15:00

KEEGAN

— Ai, J.J, tá muito difícil. — digo fungando.

No momento eu tô em casa deitado no colo do Jameson no sofá enquanto ele me faz um cafuné.

— Eu sinto muito, Kee. Eu sei que não posso entender exatamente a situação, mas eu sei como tá sendo difícil pra você.

— Só queria que o meu marido confiasse em mim. Agora, pensar que eu gosto de ser observado por outros? Parece que ele não me conhece!

— Realmente, você não foi desse tipo.

— Ele precisa controlar isso, senão não vai ter mais jeito! Eu posso garantir que, por mim, eu nunca vou fazer nada do que ele pensava que eu fiz, mas eu não posso garantir que outros homens não vão me olhar numa praia.

— Isso não é culpa sua, amigo. Você não pode controlar o que outros homens fazem, o que você pode fazer e já faz, é não dar bola.

— Será que ele vai reconhecer isso? E será que ele vai parar de querer me impedir de sair de casa?

— Espero que sim, né. Você vai começar a trabalhar quando o hotel abrir.

— Eu nem comentei do emprego no hotel com ele ainda.

— Não, é?

— Não, eu não queria que ele surtasse em Creta por eu ter um emprego no hotel do Sam. E no final não adiantou de nada! Ele surtou por outro motivo.

— Como tem sido dormir no quarto de hóspedes?

— Bem, tem sido um tanto quanto solitário. Mas eu não tô querendo a companhia do Mario nesse momento, muito menos agir como se tudo tivesse voltado ao normal.

— Eu tava torcendo que desse certo, até porque eu torço pra sua felicidade, mas eu tava imaginando mesmo que talvez não fosse a hora.

— O bocó aqui pensou que nós precisávamos dessa viagem.

— Não fale assim de si mesmo, amigo.

— Eu chego a me perguntar se a minha felicidade será do lado do Mario.

O Alex deve fazer o namorado dele feliz...

Balanço a cabeça pra afastar esse pensamento recente.

— E se não for mesmo? — o J.J diz.

— Eu não casei pra me separar assim. — volto a chorar.

— Eu sei o quanto você é sentimental e romântico, é claro que você não casou pra isso.

— E pensar que eu considerava o meu casamento perfeito há alguns meses. Era inocência minha, nada é perfeito.

— Não pense que isso é castigo porque você pensava assim.

— Quem sabe.

— Eu não acredito que seja, Kee. Olha, se for pra ser vocês vão se acertar.

— É... — respondo tentando responder mentalmente pra mim mesmo se eu ainda amo o Mario.

Eu me fiz essa pergunta antes e ainda não achei uma resposta.

[...]

18:00

O Mario entra em casa.

— Oi, meu amor. — ele diz.

— Oi.

Ele senta do meu lado e me dá um abraço, o qual eu relutei um pouco pra retribuir.

— O que aconteceu com a gente, amor? — ele pergunta.

Me separo do abraço e o olho bravo.

— O que você acha que aconteceu, Mario? Você aconteceu!

— Não, eu digo assim, quando a gente se afastou tanto?

— A resposta é a mesma. Se você tivesse confiado em mim como eu sempre confiei em você, nada disso teria acontecido. Eu já te dei motivos pra isso? Eu te dei motivos pra você puxar o meu braço quando eu vi o Alex pela primeira vez?

— Hum...

— Hã?

— Não, nunca.

— "Não, nunca"! Poxa, eu sei que você atrai olhares também, você é um homem bonito e forte, mas eu já tive crise de ciúmes por causa disso? Já reclamei dos seus pacientes? Porque você reclama dos meus amigos!

— Não, você sabe que não.

— Claro que eu sei! E eu também sei que você já fez muita gracinha comigo por causa desse ciúme besta. 

— Eu vou consertar as coisas.

— E se não tiver mais...

— Não termina essa frase, amor. Por favor!

— Se você quiser fugir da realidade, isso é com você — me levanto e começo a andar pra fora da sala.

— Quer dizer que você quer se separar?

— Não! Não foi isso que eu disse, tá? Eu espero que a gente consiga ficar juntos.

Ele parece ficar aliviado e eu enfim deixo ele sozinho.

Continua...

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Pessoal, eu resolvi continuar postando essa história, mas eu ainda não acabei de escrever, só resolvi continuar porquê eu tô demorando muito.