#75: Acordo

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Domingo, 15 de janeiro de 2023, 09:30

KEEGAN

— Ugh! — digo abrindo a porta do apartamento. — Lar doce lar...

Acabo de chegar em Londres com o Alex, e depois da semana que passamos no Rio, se eu dissesse que foi incrível eu não estaria fazendo jus à experiência toda. Depois de alguns dias no Rio, fomos pra Angra dos Reis e pra várias ilhas que tinham por perto, foi tão maravilhoso quanto a viagem à França no verão passado.

— Aqui não é meu lar, mas é doce. — diz o Alex e eu rio.

— Bobo. Vamos tomar um banho e deitar um pouquinho?

— Claro, amor.

Fomos pro meu quarto e tomamos banho, então deitamos.

— Gostou do Rio no geral? — ele pergunta.

— Amei, já quero voltar. Se eu fosse escolher uma cidade no Brasil pra morar seria o Rio, com todos aqueles hotéis maravilhosos pra trabalhar...

— Gostou mais da cidade ou de viajar com seu loiro? Porque eu adorei viajar com o meu morenão tanto quanto adorei todo o resto.

Sorrio.

— Adorei tudo, meu loiro.

Ele me abraça por trás e beija minha bochecha.

Segunda, 16 de janeiro de 2023, 15:00

Estou chegando no escritório do meu advogado do divórcio, o Mario também vai, vamos enfim entrar em um acordo. Com esse acordo eu não precisarei esperar completar as 20 primeiras semanas - que dá no dia 30 - pra fazer o "pedido condicional".

— Boa tarde, Keegan. — diz o advogado.

— Boa tarde.

— Sente-se, por favor.

— Oi, desculpa o atraso. — diz o Mario chegando.

— Não tem problema, vocês entraram quase no mesmo tempo. — ele diz. — Prazer, Sr. Melrose. — ele diz estendendo a mão pro Mario.

— Idem. — ele aperta a mão dele.

Ele senta do meu lado.

— Oi, Keegan. — ele diz com um pequeno sorriso até meio envergonhado.

— Oi, Mario.

O advogado se senta na nossa frente.

— Bom, vamos começar. Temos que falar sobre bens, o dinheiro de vocês e essas coisas.

[...]

Apertamos a mão do advogado e saímos do escritório.

— Bem, tchau. — digo.

— Precisa de uma carona? — ele pergunta.

— Não, o J.J tá me esperando.

— Ah, tá. Tchau, então.

— Tchau.

Volto pro estacionamento e entro no carro do J.J.

— Como foi?

— Foi, hum, determinante. Combinamos de vender a casa e divir o valor, e o carro vai ficar com ele.

— E o dinheiro de vocês?

— Parte mais fácil. O que temos em nossas contas é nosso.

— Acho justo.

— É, eu também. Agora só falta fazer o "pedido condicional" e esperar pra fazer o "pedido final".

— Que bom que o Mario recobrou a razão, né, amigo?

— Sim, ele parece realmente ter entendido que a situação toda tava fazendo mal pra ele também.

Continua...

The Right Way of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora