Novembro de 2027
ALEX
16:00
Acabamos de receber a notícia de que a Lydia entrou em trabalho de parto, então eu e o Keegan saímos dos nossos respectivos trabalhos e fomos correndo pra casa pra pegar as bolsas com as coisas dos bebês.
— Eles estão chegando! — digo animado.
— Vamos virar pais! — o Keegan diz mais animado.
Corremos pra um carro só dessa vez e vazamos pro hospital. Chegando lá a gente teve que ficar esperando, então aproveitamos pra avisar a todos os interessados.
Demorou um pouco pra gente poder entrar na sala de parto, já passavam das 18:00 quando nos levaram até lá. Tivemos que vestir aquela touca, o avental e um negócio nos pés, praxe, né.
— Oi, Lydia. — a cumprimentamos.
— Oi, rapazes.
— Os bebês de vocês tão apressados, já podemos até ver a cabeça de um.— diz o médico num tom divertido.
Rimos.
— Vai ver eles estão tão ansiosos pra nos conhecer quanto nós estamos ansiosos pra conhecê-los. — digo.
— Vocês, hã, podem segurar minhas mãos? — a Lydia pede.
— Claro, Lydia. — digo.
Ficamos um de cada lado da Lydia, então pegamos nas mãos dela.
— Pronta, Lydia? — pergunta o médico.
Ela assente.
— Certo, então empurra.
— AHH. — ela grita começando a empurrar, apertando nossas mãos.
Ela para e respira fundo, então volta a empurrar.
— AHHH.
— Isso, Lydia, tá quase... Mais umas poucas vezes. — diz o médico.
Ela empurra de novo.
— Mais uma vez.
Ela empurra a última vez, então um dos bebês sai chorando.
— Saiu o primeiro!
Ele corta o cordão umbilical e entrega pro Keegan.
— Aqui está sua garotinha.
— Ownn, que coisinha mais pitica! Oi, Julie. Oi, meu amor. É o papai.
Ele me entrega.
— Ai, ela é tão linda, amor. — digo. — Oi, Julie, eu sou seu outro papai. Olha, Lydia.
— Ela é linda, Alex.
Entregamos a Julie pra uma enfermeira.
— Já, já vocês vão vê-la de novo.
Ela leva a Julie, então não demorou muito até a Lydia precisar empurrar pro Michel nascer.
— Ele tá saindo... Saiu!
O Michel sai chorando, então o médico corta o cordão umbilical e o entrega pra mim.
— Aqui está o seu garotinho.
— Nossa, que bonitão. — diz o Keegan.
— Parece um galã. — digo.
Mostramos ele pra Lydia, então outro enfermeiro o pega.
— Dois bebês lindos e saudáveis, devo dizer. — diz o médico.
[...]
Chegamos em casa com os bebês, já é bem tarde.
— Ai, eu tô tão feliz! — diz o Keegan. — Agora eu tenho filhos com o homem que eu amo, eu nem sei descrever a sensação.
— É, nem eu.
Subimos com eles e os colocamos nos berços. Eles são muito bonitos, o Michel tem olhos verdes e é moreno de cabelo preto, já a Julie é loira e tem olhos azuis.
— Liga a babá eletrônica, meu bem. — diz o Keegan.
Ligo a babá eletrônica, então nós saímos do quarto.
— Eu te amo. — digo.
— Eu te amo demais! — ele diz pulando no meu colo.
— Opa. — seguro ele.
Nos beijamos, então descemos pra cozinha.
— Que fome. — digo.
— Pois é. Vamos comer uma coisinha.
Pegamos algumas coisas na geladeira e fizemos alguns sanduíches, mas um dos bebês acordou chorando.
— O Michael também tá com fome. — diz o Keegan. — De novo.
Subimos de volta pro quarto deles, bem na hora que a Julie também começou a chorar.
— Tá todo mundo com fome. — digo rindo.
Pego a Julie e o Keegan pega o Michel.
— Oi, filha, cê tá com fome, né? — digo fazendo carinho no cabelo dela.
— O papai vai preparar uma mamadeira pra você, garotão. — diz o Keegan.
— Eu vou lá embaixo fazer. — digo.
— Me dá ela, eu seguro os dois.
Entrego pra ele, então desço e preparo as mamadeiras.
— Prontinho, bebês.
Nos sentamos nas poltronas do quarto, eu com o Michel e o Keegan com a Julie, então começamos a amamentar eles.
— Humm, tô impressionado com o Michel ainda. — digo vendo ele mamar com vontade.
— Ele é realmente um pouco apressado. Mas é lindo. Né, filha? Você também é linda, meu amor, é. — ele diz com a voz fofa.
— Tá ouvindo, filho? O papai tá te elogiando.
Terminamos de dar de mamar pra eles.
— Tá satisfeito, garoto?
— Tá cheia, né, filha?
Dou um beijinho no Michel e o Keegan na Julie, e vice-versa.
— Agora vocês têm que arrotar. — digo.
Coloco o Michel sobre o meu ombro e começo a dar leves tapinhas em suas costas, o Keegan faz o mesmo com a Julie.
— Opa! — digo quando o Michel arrota, então rio.
— Isso, garota. — o Keegan diz quando a Julie arrota.
— Vamos mimir? — digo olhando pro Michel.
Ele me encara com seus olhinhos atentos.
— Vamos, né.
Colocamos eles em seus respectivos berços e os ninamos.
— Frère Jacques, Frère Jacques, dormez-vous...
— Claro que você ia fazer isso em Francês... — o Keegan diz e eu sorrio.
— Dormez-vous? Sonnez les matines, sonnez les matines.
Continuamos e eles vão fechando seus olhinhos até que dormem.
— Boa noite. — digo beijando a testa dos dois.
— Os papais amam vocês. — diz o Keegan fazendo o mesmo.
Dou uma olhada na babá eletrônica, então nós saímos.
— Vou fazer questão de colocá-los pra dormir pelo menos até os 17. — diz o Keegan.
Rio.
— Não ri, não! Você também faria o mesmo.
— Tem razão.
Beijo ele.
— Eu tô faminto! — digo descendo as escadas mais rápido.
Continua...
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The Right Way of Love
RomanceKeegan é um homem de 30 anos que vive em Londres com o marido. O mesmo pensa que tem o casamento perfeito e o homem perfeito ao seu lado, mas passa a duvidar quando o seu marido começa a ter acessos de ciúme e atitudes violentas. Tudo porque ele fez...