Sexta, 17 de março de 2023, 16:00
KEEGAN
Acabo de parar na frente do tribunal com o J.J, hoje é a audiência final do divórcio. Sim, isso mesmo, audiência final!
— Eu tô vendo que você tá meio pra baixo. — ele diz.
— É, talvez um pouco. Eu tô muito feliz de botar um ponto final nesse processo, mas também tô deprimido de acabar meu casamento, eu nunca imaginei que iria me divorciar.
— Deve ser deprimente mesmo, né, amigo. — ele pega nas minhas mãos. — Mas não esquece, tem muita gente aqui por você só querendo seu bem. E o Alex vai entender sua tristeza.
— Eu sei. — sorrio. — Seu primo é super despreocupado.
— Tá quase na hora. Mas, olha, se você for ficar triste tá tudo bem, é normal.
Assinto.
— Vou lá, meu advogado já deve estar aí.
— Uhum.
Abro a porta e saio do carro.
— Até daqui a pouco.
Fecho a porta e entro no prédio do tribunal.
— Olá, Keegan.
— Oi, doutor.
O Mario me lança um leve aceno, o qual eu correspondo. Por falar no Mario, ele já está morando em outra casa, nós dois contratamos um corretor e colocamos a casa a venda, mas ninguém comprou ainda.
— Já devemos entrar. — diz o advogado.
— Claro. — digo e o acompanho até uma sala.
Essa sala não é muito grande, tem só uma grande mesa daquelas de reunião e logo a frente a bancada do juiz, tanto a bancada quanto a mesa de reunião tem aquele tom escuro e avermelhado de verniz.
[...]
Pronto, agora eu sou um homem divorciado. Eu estou feliz? Estou. Eu não tenho ressentimento do Mario, mas ainda bem que me livrei dele, e eu espero que ele consiga se livrar de seu ciúme e achar outro homem pra ele.
Agora, eu estou transcendente? Não. Sinto como se uma parte tivesse sido arrancada de mim, ainda mais depois de 15 anos com o Mario. Mas, eu sei que eu precisava fazer isso, e que não criei problemas do nada.
— Obrigado, doutor.
— Só estava fazendo meu trabalho, Keegan. — ele sorri simpático. — Bom, eu vou indo.
— Tá bom. Tchau, tchau.
Ele sai e o Mario se aproxima.
— Oi...
— Oi.
— Olha, Keegan, eu só queria me desculpar mais uma vez pelo que eu fiz você passar. Eu te afastei e destruí nosso casamento, e sempre vou viver com isso.
— Eu espero muito que você se perdoe um dia, Mario. Sem ressentimentos?
Ele dá um pequeno sorriso.
— Sem ressentimentos.
— Não fica se cobrando ou se culpando, tá bom? Você vai achar outro homem e não vai cometer os mesmos erros.
— Ah, isso não mesmo. — ele dá uma pequena risada. — Bom, a gente se vê por aí.
— Tá bom, tchau.
Ele sai.
Respiro fundo e saio também, indo pro estacionamento.
— Oi, filho. — diz a minha mãe, meu pai está junto com ela.
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The Right Way of Love
RomantizmKeegan é um homem de 30 anos que vive em Londres com o marido. O mesmo pensa que tem o casamento perfeito e o homem perfeito ao seu lado, mas passa a duvidar quando o seu marido começa a ter acessos de ciúme e atitudes violentas. Tudo porque ele fez...