" Quem poderia ter machucado essa pessoa assim? E por que? "
Bean sente ódio, mas não sabe o motivo, talvez seja a presença daquela pessoa. Sim pessoa, pois pra ele, Kanya não é uma mulher, mas também não parece um homem.
Ele repara que o prato dela está cheio. Mas em nenhum momento ela leva o garfo a boca. As vezes ela até pega nos talheres, mas parece só brincar com eles mexer na comida no prato logo solta. Fica o tempo todo mexendo no celular, parece estar anotando tudo que o pessoal na mesa vai comentando.
Hoje em especial a maquiagem dela está muito forte, mais ele imagina que ela tenha passado muito propositadamente. Lembra do rosto dela lá no seu escritório. Cada detalhe. E isso lhe deixa infurecido.
Mais por que se importa tanto com isso? Por que o desejo de esmagar quem tocou nela está consumindo ele por dentro.- Bean? Bean?
- O que?
- Estou falando com você, parece estar em outro mundo.Fort sorri.
- Desculpe amigo. Estava pensando em alguns problemas que tenho que resolver, sobre o trabalho.
Os olhos dele deslizam até o rosto de Kanya, ela não parece se importar, continua de cabeça baixa e brincando com a comida.**********
" Se recomponha. Qual o seu problema?"
Bean olha o próprio reflexo no espero do banheiro.
Além de Kanya, não se sente bem naquele tipo de lugar e com essas pessoas. Gosta de estar machucando quem atrapalha seus negócios, cobrando dívidas, marcando pessoas com uma faca, tudo menos esse socialzinho chato.Lava as mãos e sai do banheiro, no corredor se choca de frente com Kanya que estava vindo do banheiro feminino.
Ele é obrigado a segurar ela pela cintura pra que não caia. No seu restaurante, na empresa de Fort, e agora aqui. Parece que sempre essa pessoa está caindo em seus braços.
- Desculpa.
Ela diz rápido e só então percebe que é Bean.
Seus corpos estão muito juntos um do outro e ela consegue sentir o calor da pele dele, mesmo sob a roupa. Não só o calor, mas o cheiro aquele cheiro gostoso.Não é só ela que está inebriado, ele também se sente assim. O cheiro do corpo dela é tão bom que ele quer colocar o rosto na curva só pescoço dela, e inspirar profundamente aquele aroma, passar a lingua no pescoço dela, sentir seu gosto. Ele olha nos olhos dela, no nariz na boca.
"Por que não consigo esquecer a sensação dos seus lábios?"
Ele tenta não pensar nisso. Precisa dizer algo que quebre aquele clima de excitação entre eles.
- Não usou o banheiro errado? O seu é aquele ali.
Aponta com a cabeça a porta da qual ele mesmo acabou de sair.Kanya o empurra pra longe com certa força. Bean não se sente bravo. Se sente aliviado, ou isso ou talvez seu corpo falasse mais alto que os pensamentos que ainda tem de raiva por ela ter escondido dele o detalhe mais importante de todos.
-Eu sou uma mulher, então uso o banheiro feminino.
Ela diz de forma áspera.
- E isso aí no meio das suas pernas é o que?
- Uma coisa que não pertence ao meu corpo e quando eu puder vou tirar.
- Pois então eu deveria ter tirado com uma faca pra você naquele dia.
- Eu ficaria bem agradecida, por que a cirurgia é bem cara.Ela respondeu com sarcasmo e vai sair dali, não dá nem dois passos ele a segura pelo braço.
- Será que não me conhece bem o suficiente pra saber que não deve falar assim comigo?
- Aaai...Ela geme de dor. As lágrimas enchem seus olhos. Ele a segurou bem forte no braço ferido.
A mão dele recua imediatamente, Kanya só sai apressadamente enquanto Bean ainda olha pra própria mão que soltou involuntariamente o braço dela." Por que nem você me obedece?"
Questiona a própria mão, a mesma que não conseguiu puxar o gatilho e a mesma que não quis ferir kanya agora pouco.
Imaginou que estava ficando louco, não tinha outra explicação.
**************
" Família "
Do que esse merdinha do Gear estava falando? Podia ter só dado um belo de um tiro no meio da cara dele. Mas hoje não estava com tanto ânimo assim. Amanhã já era o evento de Fort e iria ver Kanya novamente.
Sentia um misto de ansiedade e ódio ao mesmo tempo."Gear agora só sabe falar dessa maldita família, nem trabalhar o idiota consegue."
Falando em família seu telefone toca.
-...já cuidei dos fornecedores... Não...Agora é só prosseguir com o carregamento... A polícia nem tem um policial que não esteja na minha mão...Pai eu lá quero saber desse jantar ridículo da mamãe.
E desliga.Ia em bosta de jantar nenhum. Sua mãe convidava, mas ele nunca ia. Sua família eram seus homens. Claro que se importa com os próprios pais, mas seus pais eram objetivos, assim como ele. Criminosos os dois, calmos os dois, sem demonstrar carinho a vida toda. Foi criado de forma racional e fria. Não que os pais não lhe amassem, sempre foi muito amado e disso ele tinha certeza absoluta.
Mas pela forma como cresceu, não entendia coisas como essa viadagem toda de Gear, melação toda de seu amigo Fort com o namorado, e a choradeira daquela mentirosa da Kanya.
Com ela o que sentia era desejo. Com certeza, mesmo sabendo agora que oq ela tinha no meio das pernas não era oq queria ver. Oq desejava era a boca dela brincando com ele, só isso. O que importava o resto?
Os olhos dela tão lindos, seu sorriso tímido, a pele macia, a voz sonolenta e sexy ao se despedir a noite, ou dar bom dia. As fotos que ela enviava o tempo todo contando a ele oq estava fazendo e dizendo que tinha saudades. O ronco suave dela quando esquecia e dormia no meio de uma vídeo chamada...
-Aaaah que porra.
Bean levantou de sua mesa e destruiu novamente todo escritório que ainda estava sendo reformado.
Ofegante se inclinou pra frente as palmas da mão apoiadas sobre a mesa." Quem bateu nela? Quem tocou no rosto bonito dela? Que merda, que merdaa"
Acabou de destruir a mesa. Seu subordinado entrou assustado.
- Senhor está tudo bem?
- Aquela mulher que veio aqui aquele dia que quebrei o escritório a primeira vez, aquela maldita mulher. Quero que descubra algumas cosas sobre ela.
-Uma das duas que estavam com a coleira?
O subordinado não estava entendendo muito bem.
- NaaãoBean chuta com força os destroços da sua própria cadeira já despedaçads no chão. Tenta se acalmar.
-Vou lhe dar a foto e o nome. Quero tudo sobre a vida dela até o fim de semana.
Assim que o subordinado saiu pra verificar o que o chefe queria, Bean levou a mão no peito, a voz de Gear falando sobre um furacão o deixava mais irritado do que tudo.
"Maldito Gear, maldita Kanya. Eu devia ter matado os dois..."
Sentia raiva, não entendia os próprios sentimentos e isso o deixava cada vez mais bravo. Só sabia que tinha raiva.
Volta a chutar os móveis já quebrados , mas ou faz isso ou sai matando cada pessoa que ver pela frente, só pra descontar sua raiva .
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Nos pertencemos
FanfictionFIC DE NÚMERO 2 Um trisal que apareceu do nada na história anterior, ganhou uma estória somente deles 🤭 Um estudante, um mecânico e um aspirante a mafioso, o que os três podem ter em comum? Talvez nada, talvez tudo, uma história que começou ao aca...