Nos pertencemos

45- Uma ideia ruim

Às vezes a pessoa não consegue aceitar alguns fatos imutáveis da vida, e assim sendo tenta mudar eles, e acaba tendo ideias muito ruins, que acham ser ideias muito boas. Tawan era esse tipo de pessoa.

Era imutável o fato de que kan não  amava Tawan e já tinha escolhido "suas" pessoas. Com as quais queria dividir tudo na vida. Mas Tawan não podia aceitar aquilo de modo algum.

"Kan está sendo manipulado por eles, tenho que dar um jeito de fazer ele ver que no fundo eu sou o único que pode fazer ele feliz."

Os pensamentos dele lhe diziam pra não desistir, pra salvar seu homem das garras daquele baixinho insuportável.
Desde o dia em que encontrou Phat passou a seguir ele e não demorou pra descobrir sobre Gear, e sobre várias outras coisas que não sabia antes da vida de Kan.

Estava irritado com tudo que foi percebendo sobre as pessoas que viviam atrás do seu Kan. Tinha que arrumar um jeito de separá-los imediatamente, mas não conseguiu pensar em um meio de fazer kan deixar eles.

Mas com o passar dos dias achou uma coisa que talvez fizesse com que aqueles três homens brigassem.

A ideia não lhe parecia má. E tinha que ser paciente até encontrar o momento perfeito pra executar o seu plano.

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- Como se escreve essa palavra?
- huuum não sei.
- Já vimos essa antes.

Phat ri, a menina lhe olha com uma cara de quem quer descer e ir brincar.

- Eu sou muito pequena, não consigo lembrar.

Agora sim Phat ria alto com o jeito com que Sui tentava sair daquela situação.
Gear entra na cozinha onde estão Phat e Sui sentados a mesa brincando com papeis e canetas, ele toca de leve o ombro de Phat que vira a cabeça para cima.

Gear se inclina e beija de leve os lábios dele, apenas um selinho, mas Phat já está todo sorridente e animado.

- Está de babá hoje?
- Kan está na pista e a senhora que olha Sui teve um compromisso urgente. Eu me ofereci pra cuidar dela. Afinal agora eu também sou pai.
Phat fala muito orgulho fazendo Gear até rir junto.

-Eei meu pai é o P'Pai.
A menina diz enquanto desenha onde devia estar escrevendo uma palavra.

Agora sim os dois homens dão risada.

Um pouco mais tarde Gear subiu e foi descansar,  ainda não está totalmente recuperado.

Sui começa a ficar impaciente,  no geral é quietinha, mas o dia está quente, a casa parece quente. E isso a deixa incomodada.

Phat percebe logo esse estado da pequena. E tenta animar ela.
- Sui que tal um passeio no parque.
- Siiiiim.

A menina pula de alegria, então Phat pega sua bolsa coloca água e alguns lanches e sai pra passear

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Tawan que estava em um restaurante naquele hora, receber a ligação da pessoa que colocou pra seguir o baixinho insuportável.

" Finalmente "

Sua ideia incluía mais dois homens que contratou para o serviço e foram rumo ao parque concluir seu plano.
Já no parque repassou com os homens a ideia que era basicamente um sequestro.

Pensou que se tirasse a menina de Phat enquanto ele estivesse responsável por ela, kan nunca  perdoaria o baixinho insuportável, depois era só tirar Gear da jogada também.

Pensou em soltar a menina logo no dia seguinte de forma anônima na porta de Kan.
Só queria mesmo dar um susto, pra que ele ficasse com raiva de Phat por perder a menina.

Tawan ficou de longe, só iria intervir se os outros dois não dessem conta.
Phat e Sui estavam sentados em uma toalha estendida em um gramado perto do lago. Sui brincava com algumas bonecas que colocou escondidas na mochila, e Phat estudava para as provas, um olho em Sui, outro nos livros.

Quando o chapéuzinho de uma das bonecas foi levado com o vento e Sui correu pra pegá-lo, foi que os homens se aproveitaram da chance.
Um deles correu saindo de trás de grandes árvores que tampavam toda a visão daquele lado, e agarrou a menina pela cintura, Phat é claro tentou reagir rápido e correu atrás deles,  mas o segundo homem veio e lhe deu um soco com toda força.

Phat chegou a ficar tonto, os lábios sangrando. Mas não ia desistir nunca de recuperar a criança que era toda a razão de Kan estar vivo até hoje.

O homem tentou bater nele novamente pra impedi-lo.
Um rapaz que estavam correndo pelo parque e viram aquela situação tentou imediatamente ajudar Phat, e bloqueou o homem que estava batendo nele, deixando Phat livre pra correr atrás do desconhecido que ainda carregava Sui.

A criança berrava a plenos pulmões e tentava de toda forma bater no homem que a levava. Ela chorava alto também e chamava por Phat.

- Phat... Phaaaat!

"Por favor...Por favor eu preciso de ajuda..."

Phat pedia em pensamento, o corpo pequeno já cansando da corrida atrás do homem que era maior e mais forte...