75- Um homem calmo

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Mesmo tudo parecendo normal, Bean não sabe se é normal se sentir da forma como está se sentindo agora. Até kanya percebe o modo como ele segue ela com o olhar. O tempo todo, se ela está na cozinha, se ela está no jardim, se ela vai para o banho. Não que ela não goste, mas tem algo de errado com ele e isso é um fato.

Ela se senta no colo dele, Bean está no escritório ela estava regando algumas plantas que ele tem próximo a janela, enquanto ele a olhava sem nem ao menos piscar.

- Vai me dizer oq está te incomodando agora? Ou vai continuar com essa ruga aí na testa?
- Desde que te conheci tenho bastante com o que me preocupar.
- Nossa, você fala como se nunca tivesse tido problemas antes.
- Nunca me importei com nada antes, é diferente.
Ela sorri e beija com carinho o rosto dele
- Aqui também- ele vira o rosto- ela beija o outro lado.
- Eu te amo.
- E eu a você.
- Então me diz qual o problema?
- Não quero decidir nada sem te consultar como fiz antes, mas preciso fazer isso outra vez.
- É sobre os negócios?
- Em parte sim, em parte é sobre você .

Aquela ideia inicial de ver você viver seus sonhos ainda não sai da minha mente.

- Você não pode ser meu sonho?
- Sei que quer mais do que isso.
-vEstá pensando em que? Desistir dessa vida por mim? Acha que eu seria feliz se você abandonar a família?
- Não quero deixar os negócios, mas também não quero te arrastar para as minhas guerras, quero encontrar um meio termo, equilíbrio. A princípio na verdade quero um tempo só nos dois.
- Mas a Família precisa de você... vamos pensar em outra solução.

Bean balançou a cabeça, tentando mudar de assunto.

- Quem te ajudou a voltar? Ainda não esclarecemos isso.
- Não fique bravo. Eu tinha um colega de escola, o irmão dele é influente, pensando bem agora também não sei por que ele me ajudou, estou pensando nisso desde que voltei. O irmão mais velho desse colega parece ter negócios como você, na época de escola eu não entendia bem mais hoje entendo esse seu mundo.
- Alguém como eu? Explica essa história direito.
- Bom pra começar ele...

Kanya é interrompida quando o telefone de Bean toca.
Ao olhar o número ele atende imediatamente.

- Achei que ia me ignorar novamente...-Uma voz calma fala.
Bean suspira. Não quer falar com essa pessoa. Não agora.
- Podemos resolver nossos problemas mais tarde?
- Podemos resolver eles agora, estou no portão. Abra.

***************

O homem com um olhar tranquilo entra no escritório, se senta na cadeira que Bean oferece para ele.
Antes de trocarem palavras Kanya entra com uma bandeija com suco que tinha ido buscar para o convidado.

Ela mal deixa a bandeija e já ia saindo sem levantar os olhos para não interromper os dois homens,  quando uma voz calma lhe chama.

- Hoje marido e mulher querem me ignorar?
Ela se volta pra ele pronta para se desculpar, quando paralisa e logo sorri amplamente em reconhecimento da pessoa na sua frente.

- Klahan? Você? Como?

Bean olha alternadamente de um para outro, se sente confuso, como aqueles dois se conhecem?

- Se sente conosco criança.
O homem convida de forma tranquila.
Ela se senta, está animada.
- Bean é dele que eu ia falar agora pouco, foi ele quem me trouxe de volta para Tailândia. Como vocês se conhecem?
- Como você conhece ela?
Bean pergunta para o homem,  parece irritado.

- A alguns anos em uma situação bem ruim a gente se cruzou. Um garoto fofo ajudou meu irmãozinho que estava sofrendo bullinng na escola. Parece que o garoto fofo , virou uma linda mulher e  ela entrou em contato com Mond esses dias, e como ela é alguem que fez tanto pela família eu tinha que ajuda-la. Não acha?

O sorriso de canto que Klahan deu incomodou profundamente Bean que começava a entender que aquela coincidência do passado podia ser bastante perigosa hoje em dia.

Kanya sorri sem jeito.
- Eu nem fiz muito.
- Sabe que não penso assim...Meu irmão é meu bem mais precioso...Agora voltando ao que importa. O destino parece estar pregando algumas peças na gente.
- Acho melhor a gente conversar a sós...

Bean está um pouco tenso.
- Não, isso não vai acontecer. Porque se não fosse a minha gratidão essa mulher sentada aqui hoje não estaria mais respirando, ou você não me conhece?
- Que história é essa agora?
- Calma Bean- Kanya não gosta do rumo dessa conversa nem do olhar de Bean.
- Ah mais ou menos 2 meses você estava encarregado de um trabalho lembra? Um que finalizou bem porcamente.

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