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Bárbara Passos

Minha irmã me segurou por trás, me abraçando e ficou em silêncio enquanto eu chorava... Tudo estava destruído, tudo o que eu tanto lutei pra conquistar viraram apenas cinzas. É como se todo o meu esforço de anos, não tivessem valido de nada.

Tainá: Nós vamos reconstruir tudo isso juntas, ok? - Meu abraçou forte.

Do que adianta reconstruir tudo, pra vim um filho da puta e destruir tudo novamente? Essa pessoa está desposta a acabar com tudo o que eu tenho, e eu tenho certeza que isso é só o começo de um inferno.

Dr.Paulo: Conseguimos as gravações das câmeras de segurança. Vou dar um jeito de conseguir as gravações do quarteirão. - Apareceu segurando alguns papéis.

Bárbara: Quero ver! - Sequei meu rosto. Não posso ficar aqui chorando e me lamentando, preciso descobrir quem foi o desgraçado que fez isso.

Ele assentiu e foi andando na frente até aonde uns técnicos de informática e segurança estavam em frente à um computador. Um deles me mostrou a gravação da tarde anterior e não dava pra ver porra nenhuma, só dois homens encapuzados invadindo aqui e fazendo algumas empregadas de refém.

Mas pela altura de um e o jeito de andar, eu já desconfio de quem seja. Só não posso sair acusando ele sem provas, merda!

Dr.Paulo: O arquivo do Luiz de Souza sumiu, provavelmente eles levaram também. - Falou e eu bufei. Isso não vai acabar nada bem...

Bárbara: Obrigada, preciso ir resolver algumas coisas, me liga se precisar de alguma coisa. - Apertei minha bolsa junto a mim.

Me despidi de algumas pessoas e sai junto com a Tainá, rumo a Paraisópolis. E durante o caminho eu notei que uma BMW preta me seguia o tempo inteiro desde o escritório, até a favela.

Tainá: Quer que eu fique contigo? - Peguntou quando eu estacionei na frente da casa dela.

Bárbara: Não! Vou conversar com o Weverton, já tô cansada disso, quero o divórcio!

Tainá: Tá, depois eu subo lá. - Beijou minha bochecha e saiu do carro. - Ela acenou pra mim lá de fora e eu dei partida pra minha casa.

Ao chegar lá, o meu maridinho estava falando no celular com alguém, aparentemente nervoso e extramemente suspeito.

W7: Daqui a pouco eu te ligo parça. - Deligou e ligação e andou até mim. - Eai gatona, resolveu tudo lá? - Tentou me abraçar, mas eu desviei. Nojo, é o que eu sinto desse homem.

Bárbara: Não se faça de bom moço Weverton, esse personagem não combina com você!! - Sai de perto dele com um pouco de medo.

W7: Tá chapando, Bárbara? - Já começou a gritar comigo, típico. - Sabia que essa viagem ia mexer com a tua mente fraca, otária, ey mandei você voltar caralho! Me abedece da próxima vez. - Apertou meu braço com força.

Bárbara: E por esse motivo você simplesmente bota fogo no meu escritório? Você mais do que ninguém sabe como foi suado construir aquilo. Eu te contei tudo... Esse foi meu erro. - Tentei me soltar dele.

W7: Eu não fiz nada! - Deu de ombros - E o que você me diz disso aqui? - Pegou um envelope e abriu. Ele tirou as fotos de lá e eram momentos meus e do Coringa lá no hotel, momentos bem comprometedoras até.

Bárbara: Não vem cobrar fidelidade de mim, quando você não tem o mínimo de respeito pela mulher que se relaciona. Eu quero a porra do divórcio, não vou mais ficar nesse casamento de faxada, já chega!

W7: Divórcio? - Gargalhou alto e virou a mão com toda a sua força no meu rosto. - Tu se envolveu comigo já sabendo de tudo, e tu tá ligada que daqui você só sai morta! Você é minha mulher, vai se divórciar no dia que eu quiser, me ouviu? - Segurou meu rosto e apertou aonde bateu.

Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, mas não era lágrimas de tristeza, e sim, de raiva... Muita raiva.

Bárbara: Nunca mais encosta a mão em mim, seu desgraçado do caralho. - Voei em cima dele e acertei seu rosto com um tapa forte também. - Tá ficando louco caralho? Nem minha mãe bateu na minha cara, seu moleque de merda.

Eu posso até apanhar de hoje em diante, mas vou revidar todas suas agressões. Sei que a minha força nem se compara com a dele, mas chega de ficar aceitando isso. Não dá!!!

W7: Tá certinha pô. E sabe quem vai se foder com isso agora? Sua irmãzinha, fodida do caralho. - Seu tom me deu muito medo. Ele me empurrou e saiu de casa com toda sua fúria.

Agora eu lembrei porque nunca revidei suas agressões. Ele sempre usava a Tainá pra me chantegear... Corri até a porta rapidamente e tentei abrir, mas estava trancada. Peguei meu celular e liguei pra Tainá, mas ela não atendeu.

Sentei no chão e dessa vez eu chorei de tristeza mesmo, por culpa minha a minha irmã pode sofrer as consequências. Eu só deveria ter ficado calada, não pensei um minuto sequer na Tainá, sou uma egoísta do caralho...

***

Coração BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora