22- You Are Mine

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 Se me perguntassem a alguns anos atrás, onde eu estaria exatamente hoje, eu provavelmente diria que estaria no meu escritório, ou viajando a trabalho, talvez até mesmo em uma festa chata de família, mas é engraçado a proporção que as coisas podem tomar. É engraçado perceber que você só está em determinado lugar porque simplesmente decidiu estar lá. Eu tive oportunidades de não estar ali, de ter escolhido um outro rumo para a minha vida, mas eu estava exatamente ali.

 No meio de um hospital, rezando para que ele permanecesse ali. Não devia, mas eu ainda queria que ele ficasse. Na verdade foi o que eu sempre quis...que ele escolhesse ficar e que para ele isso não fosse uma sacrifício. Porque o amor é assim. O amor é leve, é uma escolha que você percebe ser simples.

— Ele acordou. — O médico disse me tirando do transe que eu estava. Eu certamente estava muito grata, mas temia porque não sabia como seria dali pra frente. Certas vezes nossas fichas caem, mas não por inteiro. Isso causa aquela sensação de que sabe que algo vai acontecer, mas não sabe se é bom ou ruim, ou se deve esperar ansiosa ou apavorada por tal momento. Era assim que eu me sentia.

Segui o médico da sala de espera até o quarto de Louis. Eu nem tinha mais noção de quantas horas estava naquele hospital, ou de quanto tempo eu havia esperado por Louis.

Esfreguei minhas mãos geladas uma na outra, causando um atrito espontâneo, talvez pelo frio que o ar do hospital me causava ou talvez por ansiedade, já que o doutor estava prestes a abrir a porta do quarto de Louis.

Assim que a porta foi aberta, pude ver Partridge. Ele estava deitado na cama do hospital, sozinho no quarto.

— Obrigado, doutor. — Falei simples.

— Vou deixar vocês a sós. — Ele disse antes de sair. Quando foi, fechou a porta do quarto e ,e deixou sozinha com Louis. 

— Oi. — Murmurei com a voz mansa.

— Oi, s/a. — Ele me respondeu com certa dificuldade.

— Você está bem?

— Eu sempre to. Sou foda. — Me obriguei a soltar uma risada. — Onde está o pessoal?

— Daqui a pouco estão aí de novo. Foram pra casa tomar banho e comerem algo saudável. Passaram a noite aqui no hospital.

— E você?

— Eu to aqui né.

— Por que ficou? — Ele me lançou o olhar mais esperançoso do mundo. Parecia vazio, mas ao mesmo tempo tinha uma imensidão. Talvez palavras não ditas ou atitudes não tomadas. Depende do ponto de vista.

— Ninguém mais quis ficar. — Dei de ombros. Então por um momento em muito tempo eu vi Louis Partridge se doer. Seus olhos baixaram e ele ficou cabisbaixo. Era raro ver um demônio triste, mas mais raro ainda era fazer um ficar triste. Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente. Louis realmente tinha ficado mal. — Fiquei porque ainda me importo.

— Não precisa mentir pra me fazer ficar bem.

— Vai por mim, o que eu menos quero fazer ultimamente é te agradar. — Revirei os olhos. Percebi um pequeno sorriso se moldar em seus lábios. 

— Foi muito feio?

— Você tomou um tiro no peito. Acha que seria bonito?

— Sim. Eu fico gatão em qualquer situação. — Ele disse e eu revirei os olhos. — Não funciona mais ser engraçado com você?

— Não.

— Que tipos de técnicas são usadas pra conquistar uma mulher como você nos dias de hoje? — Ele falou tão convicto que parecia mesmo disposto a me conquistar. 

— Isso não acontece mais. É difícil impressionar alguém traumatizado. 

— S/n, não faz isso por favor.

— Não vou cobrar nada de você não. É ótimo que você esteja bem. — O encarei por alguns segundos. — Eu desisto. Pode voltar com os the canadians. Isso não é vida pra mim. Eu vou cuidar meus filhos e viver minha vida como uma mulher normal.

— Você não é uma mulher normal. — Ele disse mais sério do que o normal. — Você é mulher do chefe dos canadians.

— Eu er...

— Você é minha.

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oi

ainda to com depressão sem meu benzinho, mas escrevi :)

VOU SEQUESTRAR MEU NAMORADO DO QUARTEL

socorro

você é minha querendo ou não...













𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 ! louis p Onde histórias criam vida. Descubra agora