07 - An Identical Copy

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s/n.

- Eu sei. Talvez seja meu cérebro. - Dei de ombros. - Mas pareceu real demais.

- Mas não foi. - Blair sorriu e colocou a xícara de café em cima do balcão pra mim. - Você nunca falou do Louis assim. - Ela deu um gole no café dela e fiquei apenas encarando. Aquilo apertou meu peito com um peso imenso. - Você está bem, mãe?

- Sim. Louis ainda é seu pai, Blair. - Suspirei baixando a cabeça.

- Ele deixou de ser quando parou de agir como um.

- Eu não quero que cometa o mesmo erro que eu, amor. - A encarei. - Eu passei anos contradizendo o meu pai. Indo ao contrário de tudo o que ele mandava. E eu me arrependo disso, porquê no final de tudo ele tinha razão. - Ela prestava atenção sem dizer nada. - Louis deve ter tido algum motivo bom pra isso. E não é definitivo.

- Ele te deixou em uma situação horrível, mãe.

- Eu fui fraca por entrar nessa situação. Não quero que odeie ele por mim, eu já faço isso. Ele continua sendo seu pai, Blair. E eu sei que ele te ama mais do que tudo no mundo, assim como ama o Théo.
Seu pai sempre teve cabeça fraca, mas eu aprendi a entender ele. Não foi fácil, mas eu sou ótima em tudo o que faço. - Brinquei.

- Desculpa.

- Não precisa pedir desculpas. Eu estou te aconselhando apenas. Se quiser odiar ele, pode odiar também. - Falei e nós rimos.

- S/n. - Noah me chamou entrando na cozinha. - Vai querer ir ao casarão?

- Ao casarão, mãe? - Blair perguntou indignada. - Nada disso. Você voltou do hospital hoje.

- Relaxa, Blair. Não vou executar ninguém lá. - Me defendi.

- Então eu vou ir junto. - Ela pôs as mãos na cintura indignada. Falando convicta.

- Jurou né, gata. - Zombei.

- Mãe!

- O casarão não é lugar pra você ainda. Eu não vou demorar. Fica em casa com o Théo. - Ela me olhava irritada. - Essa testa franzida me lembra alguém. - Brinquei e ela imediatamente mudou a expressão. - Eu volto logo mocinha. Pode pedir almoço pelo delivery.

- Isso! - Ela comemorou.

- Espera eu tomar um banho, Noah. Ficar dois dias no hospital é foda. - Exclamei.

- Sim, madame. - Ele foi para a sala e se jogou no sofá e eu subi para meu quarto. Peguei uma calça de couro de cintura alta preta, um cropedd assimétrico branco e um sobretudo também preto, ja que fazia frio. Fui para o banho, depois de terminar eu me vesti e arrumei o cabelo. Calcei um coturno e desci para a sala. Noah estava jogado no sofá, mexendo no celular. Blair e Théo estavam jogando videogame.

— Que demora do caralho, s/n. Puta que pariu. — Ele se virou para mim. — Valeu a pena ein. — E por um momento eu vi o Louis no ligar de Noah. Ele agiu tão igual.

— Obrigado, Noah. Agora vamos. — Falei indo em direção a porta. Ouvi o barulho da chave do carro que provavelmente Noah chacoalhou quando se levantou. — Beijo amores. Se comportem. Eu amo vocês e até logo. — Falei para Blair e Théo e eles apenas responderam um "também te amamos" em uníssono.

— Não vai fazer merda ein. — Noah disse indo até o lado do motorista.

— Eu? Fazendo merda? Que piada. — Brinquei e entrei pela porta do carona.

— Tu é fã disso, s/n. Pelo amor. — Ele disse e eu ri. Então ligou o carro e nós fomos em direção ao casarão onde os Canadians ficavam. Noah estacionou o carro e depois nós entramos na casa.

𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 ! louis p Onde histórias criam vida. Descubra agora