20- Traitor

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sn.

— Vamos começar com o mesmo esquema da outra festa. Conversem, socializem, procurem informações e pistas... dêem o jeito de vocês. — Finn disse. Depois de estacionar o carro em frente ao lugar da festa, entrei e pude sentir alguns olhares sobre mim, procurei os meninos com os olhos e avistei um em cada canto, assim como da outra vez.

Essa era a festa do japonês, chines, coreano ou sei la o que. O Japinha gato. Eu vi ele na área vip assim que entrei, inclusive ele foi um dos que me encararam quando eu entrei. O cara estava cheio de mulheres em volta, me lembrava alguém.

Eu precisava procurar por algo. Talvez um comportamento estranho, alguma pista concreta ou algo do tipo. Mas a luz de balada atrapalhava. Era difícil enxergar muita coisa já que eram luzes coloridas. Caminhei mais para dentro do local e percebi que ali tinha uma escada que subia para a parte de cima, mas ela estava trancada por uma fita.

— Finn. — Chamei.

— Diz.

— Tem uma escada aqui.

— Que tipo de escada?

— Uma escada grande, que vai pro segundo andar e tem um tapete vermelho nela. Não tem nenhum segurança, mas ela ta trancada com uma fita. Acho que da pra tirar, mas tenho medo de me verem subindo.

— Você precisa de uma distração. — Ele disse, como sempre teclando no computador. — Vou falar com Louis.

— Até ele fazer algo, vejo se acho mais alguma coisa útil aqui embaixo. — Avisei. Fui dar mais uma volta e ver o que eu podia fazer. Não tinha nada útil, então tudo o que eu fiz foi ficar observando o Japinha de longe, percebendo o quanto chefes do crime podem ser parecidos. Ela tinha os mesmos comportamentos ridículos de Louis. Sempre rodeado de mulher, bebendo e fumando ou mandando com seu ar de superioridade.

— To começando a achar que quem está me seguindo é você. — Paralisei. Não pode ser.

— Lorenzo, o que você está fazendo aqui?

— Só aproveitando a festa. — Ele disse e sorriu para mim.

— Que coincidência, não é? — Ele ficou um pouco mais sério. — Nos encontramos em duas festas seguidas.

— Acho que o destino quer que fiquemos juntos. — Ele pôs uma mecha de cabelo minha que havia escapado, novamente para trás da orelha. Quando eu ia responder, fui interrompida por uma gritaria. Era Louis arrumando uma encrenca. Era minha hora de agir. Lorenzo foi para mais perto tentar separar a briga e eu saí de mansinho e subi as escadas. Deram em um corredor que só tinha uma sala no fim dele, caminhei até lá.

— Finn, está trancada, é digital. — Falei.

— Já resolvo isso. — Ele clicou nos botões que só ele entende lá e em pouco tempo a sala estava destrancada. Não era nada de muito estranho. Um escritório com mesa, computador, uma estante de livros e uma janela, apenas. — O que tem aí?

— É um escritório normal. — Fechei a porta e caminhei para a mesa. — Você pode conseguir a senha do computador? — Perguntei enquanto ligava ele.

— Não tem nada que eu não possa fazer. — Ele disse em pouco tempo o computador foi desbloqueado. — Procura nas gavetas e olha nos arquivos do computador pra ver se tem algo aí. — Ele pediu e assim eu fiz. Vasculhei as gavetas procurando algo que eu nem sabia exatamente o que era e depois fui olhar o computador. Procurei, procurei até encontrar uma pasta trancada que pareceu bem suspeita. Finn descolou a senha e bingo. Tinha fotos das garotas ali.

— Ai que merda, Finn. — Murmurei meio apavorada. Enquanto Finn perguntava que caralho eu tinha visto, eu rolava as fotos fas garotas, algumas amarradas, algumas deitadas em colchões velhos, algumas fotos eram apenas dos rostos das meninas.

𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 ! louis p Onde histórias criam vida. Descubra agora