19- Begging For Forgiveness

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sn.

Depois que chegamos em casa, fomos todos nos deitar, mas eu simplesmente não conseguia dormir. Me revirava de um lado para o outro na cama e tudo parecia desconfortável. Cansei de ficar esperando o sono vir e levantei. Arrumei minha camisola que era de seda, um tecido leve, portanto facilmente levantava enquanto eu dormia. Coloquei metade do corpo para fora da porta do quarto olhando pelo corredor e tentando descobrir se os meninos estavam todos dormindo e eu podia sair com aquela roupa indecente ou não. Por sorte estava tudo desligado e em completo silêncio, por isso saí. Fui até a cozinha, peguei uma taça e a enchi de vinho tinto, depois fui até a sacada do apartamento que tinha uma vista linda da cidade toda iluminada. Dava até pra ver o olho de Londres da nossa janela.

Apoiei meus antebraços na barra de proteção da sacada enquanto segurava minha taça de vinho e a encarava silenciosamente. Apesar de estar quieta, a minha mente estava a milhão. Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser Louis. Eu me questionava muito e não tinha nenhuma resposta. Por que ele foi? Por que não voltou? Por que voltou só agora? Por que voltou? Eram tantos "por ques" a respeito de Louis que me deixavam angustiada.

— Vem sempre aqui? — Ele se apoiou na barra de proteção também, ao meu lado. É claro que ele viria. Suspirei pesado pensando se saía, dava um soco na boca dele, atirava ele pela sacada ou coisa pior, mas eu estava cansada.

— Só quando você não está. — Falei simples e bebi um pouco de vinho.

— Não era pra você parar de beber? — Louis perguntou sério.

— Agora você se importa? — Respondi rapidamente. Eu não estava olhando pra ele. Não conseguia. Troquei palavras mas em momento algum desviei os olhos das luzes da cidade.

— Você me odeia, não é? — Ele disse com a voz mansa.

— Te trocaram lá onde você estava? — Questionei. — Nunca vi você tão gay.

— Eu mudei. — Ele disse e eu não pude deixar de dar uma gargalhada.

— Valeu a pena? — Perguntei e ele ficou em completo silêncio. — Valeu a pena ir embora? — Dessa vez olhei para ele.

— Eu sei que errei indo embora, mas eu não pretendia ficar todo esse tempo fora.

— Mas você ficou.

— Eu perdi boa parte da vida da minha família, s/n. Não foi planejado. Eu não queria isso.

— Devia ter pensado nisso quando foi embora. — Bebi mais.

— Eu estava chateado, s/n.

— Sim, Louis. Como sempre você desconfiou, duvidou do meu amor. — Apoiei minha cabeça nos meus braços antes que eu falasse merda. Respirei fundo e voltei a encara-lo. — Eu amava você, Partridge. De todo o meu coração.

— Eu daria tudo pra te ter de novo...

— Isso não vai acontecer.

— Todas as brigas, todas as conversas, tudo. Eu voltaria e viveria cada mínima parte. Eu faria diferente se pudesse.

— Já ouviu dizer que a vida é uma só? Não tem como voltar e fazer diferente. Por isso você precisa tomar cuidado e não pensar só em si, porque se fizer isso, no fim é tudo o que vai restar. Só você. — Desviei o olhar de volta para as luzes. — O tempo só deixa pra você aquilo que você torna importante na sua vida, e se você só se preocupa com você, vai ficar sozinho. — Suspirei. — Mas parece que você cuidou bem dos seus filhos e dos seus amigos, eles ainda estão aqui. E deixa eu te dar um conselho. Para de remoer o que já passou. Eu e você somos passado, Partridge. — Aquilo destruía meu coração, eu queria muito chorar. — Da valor ao que você tem agora antes que seja tarde de novo. Eu vou pra cama. — Dei as costas e ele ficou.

Eu podia bem voltar e abraça-lo. Era tudo o que eu queria. Posso ser muito burra, mas eu estava feliz por ele pelo menos não ter morrido. Eu queria me sentir protegida em seus braços novamente, mas sabia que aquilo não aconteceria mais e que eu precisava me conformar com esse fato.

Eu voltei para o quarto, tranquei a porta e chorei até dormir. No dia seguinte não fizemos nada além de nos prepararmos para a festa do próximo dia. Resolvemos tudo o que precisávamos resolver a respeito do plano e compramos as roupas. O dia passou voando e quando vi ja era o dia da próxima festa.

Estava de toalha, sentada na cama falando com a Blair, esperando para color minha roupa e irmos para a festa.

— Ai o namorado dela apertou minha bunda. Eu dei um soco no nariz dele e mandei ele se olhar no espelho, e quando ela descobriu, quis vir tirar satisfação do porquê ele apertou minha bunda. Onde ja se viu.

— Você devia ter acabado com a vida dele, filha.

— Bom, ele aprendeu a lição. Quando ele me vê no corredor da escola, abaixa a cabeça igual a namorada. — Ela disse e nós duas rimos.

— S/n, você já está pronta? — Jack perguntou do lado de fora enquanto batia na porta do quarto.

— Eu preciso ir, Blair. Mamãe ta orgulhosa de você. — Falei e ela agradeceu. — Eu te amo, docinho.

— Eu te amo amo mais. — Ela disse. Desliguei o telefone e fui abrir a porta do quarto.

— Você ainda ta de toalha garota? Já está na hora da gente ir.

— Vocês podem ir indo. Eu vou depois.

— Mesmo? — Jack perguntou.

— Sim. chego em 30 minutos lá se você descer agora e deixar eu me arrumar de uma vez. — Falei e ele ficou processando a informação. — Me manda a localização, tchauzinho, Jack. E se certifica de que o Louis não vai ficar pra trás dessa vez. Beijo. — Fechei a porta e ouvi seus passos se afastando.

Bufei enquanto caminhava até a cama. Tirei minha toalha, me sequei e peguei o vestido que estava em cima da cama. Ele era claro, a cor mais parecida era um azul muito claro quase branco, mas não dava pra ver direito ja que ele era, literalmente, todo brilhoso. Além disso, era curtíssimo. Sequei meus cabelos os penteei para trás das orelhas, partidos no meio, totalmente lisos. Fiz minha maquiagem, coloquei meus brilho brilhosos compridos, um colar minimalistas e um salto cinza, fino. Estava pronta. Peguei minha bolsa que tudo o que tinha dentro era uma arma e fingi ser o mais delicada possível. Depois desci, coloquei o ponto no ouvido e liguei o carro.

— Só falta você, s/n. — Finn falou no ponto.

— Já estou indo. Sei que eu faço falta. — Sorri.

— Como você é engraçada. — Eu sempre ouvia seus dedos teclando no computador. — Os meninos ja entraram, só falta você. Você tem 10 minutos até chegar aqui. Te mandei a localização no GPS já. — Ele disse e eu olhei para o GPS no carro e vi que estava contando a rota já.

— Chego em cinco. — Acelerei mais o carro.

— Só não morre. — Ele ficou em silêncio por um tempo. — Quero dizer. Não que eu me importe, mas você é útil no momento.

— Confessa que aprendeu a me amar, Wolfhard.

— Cala sua boca garota.

— Eu sei que eu sou bem legal. Entendo você.

— Venha de uma vez caralho. — Ele disse e eu ri.

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ia escrever só de noite mas não resisti, de noite eu escrevo mais.

amei vocês me elogiando no último capítulo, vocês também são lindas😘

preparem o peito porque os próximos capítulos são desespero e depressão

beijos da emy💋

𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗲 ! louis p Onde histórias criam vida. Descubra agora