Capítulo 16 - Noiva em guerra

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Obito

Seria hipócrita da minha parte dizer que o que estava prestes a fazer era somente por conta de Kakashi. Afinal eu também sou acionista da Susanoo e quero o melhor para a empresa, e com certeza o melhor não é que Sasuke assuma o lugar do meu amigo na presidência. Se isso acontecer, também perco minha posição na agência, porque bem, Sasuke me odeia e é recíproco.

Para que essa catástrofe não aconteça, precisamos evitar a catástrofe atual, com a Susanoo a beira da falência e quase entregue aos bancos. Por isso, tinha catado no RH o endereço da assistente esquisitinha do presidente. E agora estava parado na frente da casa dela, em um bairro que nunca havia pisado, do qual nem sabia da existência.

Alguns instantes depois que bati na porta, uma senhora atendeu.

— Pois não? — perguntou gentilmente.

— Boa tarde, senhora Haruno — cumprimentei. — Sakura está em casa?

— Não, ela ainda não chegou. O senhor seria...?

— Ah, que falta de educação a minha. Trabalho com sua filha na empresa, gostaria de falar com ela sobre um assunto muito importante, mas já que ela não está...

— Se é tão importante, por que não espera? Ela geralmente não demora pra chegar. O senhor aceita um café?

— Então tudo bem. Aceito o café.

— Entre, entre. — Ela me deu espaço para passar pela porta. — Marido! Um senhor do trabalho da Sakura está aqui.

— Boa tarde, senhor Haruno — falei quando vi o homem sentado em uma poltrona e me aproximei para lhe oferecer um aperto de mão. — Sou Obito Uchiha, chefe do setor de mídia da Susanoo.

— Vou pegar um café pra vocês — disse a mãe de Sakura antes de entrar na cozinha.

Observei a casa dos Haruno, era simples mas de alguma forma muito acolhedora.

— Então, rapaz. — O pai dela chamou minha atenção. — O que quer falar com a Sakura? Ela aprontou alguma coisa? — Seu semblante sério se desmanchou e ele riu. — Difícil acreditar, aquela menina nunca andou fora da linha na vida.

Se ele soubesse que a filha adulterou relatórios, ficaria surpreso. Dá para ver que os dois a criaram da melhor forma, para ser uma pessoa íntegra. No entanto, Sakura já havia sido corrompida. E meu intuito indo vê-la, era que ela aceitasse a oferta de Kakashi e fosse contra seus princípios mais uma vez.

— Não, claro que não. Sakura é ótima. Meu amigo Kakashi, que é o presidente da Susanoo, a considera seu braço direito. Ela também é muito boa com números, tenho certeza de que tem um futuro brilhante como economista.

— Esperamos que sim. Fiquei muito feliz quando ela decidiu seguir a mesma profissão que a minha.

— Ah, então o senhor também é economista?

— Sim, ensinei a ela tudo que pude. Mas sabe, Sakura sempre se virou bem sozinha — disse. Era possível ver o orgulho nos olhos dele.

A mãe de Sakura voltou para a sala trazendo uma bandeja com café, dangos e bolachas sembei.

— Não precisava de tudo isso, senhora Haruno.

— Mebuki é exagerada assim mesmo. Só não faça desfeita, é falta de educação — disse o pai de Sakura.

— Kizashi! — Ela o repreendeu. — Não se preocupe, não precisa comer. Tome pelo menos um café.

— Eu não costumo negar comida. — O que era verdade. Mebuki me serviu café e eu peguei uma bolacha para acompanhar. — Nossa, tá muito boa. A senhora que fez?

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