True Disaster

Capítulo 13 - Noite chuvosa

Sakura

— Bom dia, querida.

Abri os olhos assustada. Meu pai estava pairando sobre mim. Ergui as costas e coloquei a mão no peito, tentando diminuir a velocidade dos meus batimentos cardíacos.

— O senhor por acaso quer me matar do coração? — perguntei, porque Kizashi tinha acabado de gritar quase dentro do meu ouvido. Isso mesmo, gritar.

Foi quando senti uma forte dor na cabeça. Fechei os olhos com força e coloquei a mão na testa.

— Com dor de cabeça, filha? — perguntou, com um sorriso no rosto. — É o que acontece quando se enche a cara no dia anterior, a pessoa acorda com a cabeça pesando mais do que o corpo. — Ele olhou para o relógio no pulso e deu mais um sorriso. — Odeio dizer isso, mas a senhorita está atrasada.

— O que? — Dessa vez, fui eu que gritei. Busquei o celular na cama e percebi que estava descarregado. — Droga!

— Só pra não dizer que sou um péssimo pai, aí tem um remédio e água. — Ele apontou para minha mesa de cabeceira. — Sua mãe tá preparando um lanche pra você levar, sei que não vai dar tempo de tomar café em casa. — Enquanto ele falava, eu já estava de pé, procurando algo para vestir no guarda-roupa.

— Obrigada, pai.

— Sakura, espero nunca mais te ver naquele estado. Estamos entendidos?

Balancei a cabeça concordando. Eu não tinha mesmo a intenção de beber novamente.

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Cheguei no trabalho mais do que atrasada, com óculos escuros na cara, e fui diretamente para a minha sala. O senhor Hatake não estava, então aproveitei para colocar meu celular para carregar e comer as panquecas que minha mãe havia feito.

Quando meu celular acendeu, tinham mensagens de Naruto e ligações perdidas do meu chefe.

— Merda!

— Sakura boca suja? Nunca imaginei. — Com um pedaço de panqueca na boca, olhei para a porta e vi Ino. Toda elegante, enquanto eu estava pior do que nos outros dias, ou seja, muito muito ruim.

Engoli a panqueca e disse:

— Bom dia, dona Ino. Posso ajudar em algo?

— Tô procurando seu chefe.

— É que... eu acabei de chegar. Então não sei onde ele está, mas vou verificar, um momento.

Ela sentou na minha frente e começou a observar a sala enquanto eu ligava para o senhor Hatake.

— Ora, ora, mas se não é a minha assistente fazendo o favor de me ligar — falou debochado assim que atendeu. — Espero que a senhorita tenha um bom motivo para o atraso — concluiu.

— Ah, mas é claro, senhor. Tenho um motivo muito pertinente. — O motivo é a tequila. — A dona Ino está aqui procurando o senhor.

— Ótimo, venha com ela pro estúdio do Sai. E traga o orçamento que fizemos pro comercial da Mei Terumi.

— Sim, claro. — Desliguei e voltei minha atenção para a mulher na minha frente, que continuava analisando minha sala. — Ele me disse pra levá-la até o escritório do senhor Sai. Vamos? — perguntei, já me levantando.

— Não, não se apresse. Termine de comer primeiro.

— Não é necessário...

— Por favor. Eu insisto. — Assenti e voltei a comer. — Sakura, você não se incomoda de trabalhar num lugar assim?