Capítulo 21 - Duas empresas, uma dona

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Sakura

— É claro que você não fez isso! — Naruto gritou comigo assim que terminei de contar tudo que aconteceu comigo. — Sakura, você tem noção da merda que isso pode dar?

Naruto estava andando de um lado para o outro no quarto dele, só com uma samba-canção estampada de raposas. Eu poderia muito bem rir dessa cena em uma outra ocasião, mas não nessa, quando o acordei cedo só para despejar minhas últimas decisões ruins.

— Pois é, né... Que loucura.

Ele me puxou para sentar ao lado dele na cama.

— Sakura... — começou, segurando minhas mãos. — Eu já suspeitava antes, mas agora tenho certeza. Está fazendo tudo isso porque está apaixonada pelo seu chefe, não é?

Puxei minhas mãos de volta e me levantei.

— É claro que não. De... de onde tirou isso? — Queria que algum dia minha gagueira não me entregasse.

— Está escrito nessa sua testa enorme, e tenho certeza que aquele idiota sabe disso e está se aproveitando dessa paixão pra te convencer a fazer todas essas burradas. A Sakura que eu conheço nunca iria falsificar relatórios, criar empresas fantasmas ou embargar uma empresa de milhões.

— Quando você fala assim...

— É a verdade, Fiona. Você pode se dar muito mal nessa história e sabe disso.

— Não tenho como voltar atrás agora, e se você não quer se envolver nisso, então é melhor eu ir embora, porque tenho muita coisa pra fazer.

— Eu já estou envolvido, e nunca deixaria você sozinha nessa enrascada que se meteu. Mas já te disse, se esse cara deixar algum mal acontecer com você, ele vai se ver comigo.

— Vamos conseguir deixar a empresa nas boas de novo, eu acredito nisso. E então eu devolvo tudo e será como se nunca tivesse acontecido.

— Se você diz...

— Bom, preciso que você contrate um advogado pra resolver a questão do embargo. Tenho que ir pra empresa pegar uns documentos com o senhor Hatake, mas quero resolver isso assim que sair do trabalho. Acha que consegue até lá?

— Missão dada é missão cumprida, chefa.

— Idiota. — Bati no ombro dele. — Desculpa, Naruto. Sei que estou sendo burra, mas espero mesmo que dê tudo certo.

— Vai dar sim.

Nos despedimos com um abraço e eu saí do quarto dele, dando de cara com os pais de Naruto na cozinha.

— Sakura! Nem sabíamos que já estava por aqui. Quer tomar café com a gente? — perguntou a dona Kushina.

— Adoraria, tia, mas tenho que ir trabalhar. Fica pra outro dia, tudo bem?

Dei um abraço nela, um tchau para o senhor Minato e sai da casa deles, tomando meu rumo para a empresa. O dia seria longo e cheio de coisas para resolver.



Depois de chegar no trabalho e cumprimentar minhas amigas, fui direto para a minha sala e me deparei com uma caixinha de presente vermelha em cima da mesa.

Tirei minha bolsa do ombro e coloquei no chão. Sentei na minha cadeira e peguei a caixa. A curiosidade me corroendo.

Girei a caixa com as mãos, olhando por todos os lados e por fim, abri. Eram alguns chocolates de uma marca que nunca havia visto. Coisa grã-fina, como dizem meus pais. Também tinha um bilhete.

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