Capítulo 24 - Hatake ao ataque

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Kakashi

Coloquei mais uma dose de whisky para dentro e pedi ao atendente que servisse mais um.

— O que aconteceu, Kakashi? Não falou nada desde que chegou e só continua tomando e tomando. Desse jeito vou ter que te levar carregado pra casa.

— A beijei.

— Beijou? Beijou quem? — Encarei Obito enquanto ele se dava conta do que eu estava falando. — Beijou a Sakura? E como foi? Horripilante? Os dentes bateram uns nos outros?

— Diferente.

— É, imagino que sim. Já que você está acostumado a beijar modelos de corpinho violão que não se vestem como senhorinhas da década de 80.

Pedi mais uma dose da bebida forte, quase não dando atenção ao que o idiota falava.

— Ela saiu correndo logo depois. Não sei se volta pra empresa. Acho que passei dos limites, não deveria ter feito isso. Ela pode até me processar por tomar liberdades assim.

— Processar? — Obito riu. — Ah, por favor. A essa hora ela deve estar nas nuvens porque realizou o grande sonho da vida.

— Me sinto a pior pessoa do mundo nesse momento. Você tinha que ver a forma como ela se entregou. Não quero machucá-la. Sakura não merece isso.

— E a sua família merece perder a empresa? — Esfreguei a testa, pensando em tudo que estava envolvido na situação. — Eu entendo que você confie nela, eu também confio. Mas não sabemos que tipo de coisas se passam naquela cabecinha feia. Além disso, tem o amigo dela que está metido até o pescoço nas nossas vidas, sabendo de tudo que acontece na empresa. Confia nele também?

— Sakura confia.

— Tem muito dinheiro em jogo pra você confiar plenamente numa pessoa que conheceu um dia desses. — Obito ergueu a mão para pedir a conta e continuou: — Não estou dizendo para beijá-la todos os dias, apenas mantenha essa relação com ela. Mulheres como a Sakura não exigem muito esforço, uns beijinhos e presentinhos devem ser suficientes. Aposto que ela nunca teve nada disso e vai se encantar facilmente.

— E o que eu faço quando tudo voltar ao normal? Quando recuperarmos a empresa?

— Então terá que despedi-la com algum tipo de desculpa que ainda não fui capaz de pensar. Mas não se preocupe com isso agora, ainda temos um longo caminho até recuperarmos a empresa.

— Despedi-la? Simples assim? Depois de tudo que essa mulher fez por nós?

— A não ser que você queira continuar seu caso com ela. O beijo deve ter sido bom. — Ele ergueu a sobrancelha sugestivamente.

— Vai se ferrar. — Pagamos a conta do bar e caminhamos para o estacionamento. — Está tão seguro assim de que ela está apaixonada por mim? Porque ela pode muito bem chegar amanhã na Susanoo e nem me olhar na cara.

— Bom, meu querido presidente. Esperemos para ver.

Chegamos no estacionamento do bar e me despedi de Obito antes de entrar no carro. Recebi mais uma chamada de Rin e percebi que havia passado do horário em que combinei de ir buscá-la. Não atendi, achei melhor ir direto encontrar a fera.

Bati em sua porta e ela não demorou a abrir, com a cara mais furiosa do mundo.

— Tão pontual, meu amor.

— Estava bebendo com o Obito e não vi o tempo passar.

Tirei meu paletó e o joguei no sofá. Fui até a mesa de bebidas da sala de Rin e me servi com uma dose de whisky.

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