LinaSem revisão profissional
Anos antes...
Aos meus 8 anos diagnosticada com convulsão e epilepsia refratária de difícil controle meu mundo desabou com essa doença que me limitou de fazer tantas coisas, que antes fazia normalmente sem dificuldades.
Como uma criança lidou com essa mudança radical de um dia para o outro vivenciar uma rotina diferente e como lidar com si mesma?
Tentar lidar da forma que podia, mas foi difícil e sofrido para mim. Que essa doença me deixou várias cicatrizes, traumas e medos e me causou muito sofrimento durantes anos.
Passei por momentos que não desejo há ninguém.
Por bastante tempo eu não me aceitava, tinha vergonha da minha própria doença, cansada de ser um peso a todos ao meu redor. Me pergunto por que nasci assim? E se eu seria um dia como as pessoas normal? Cheio de saúde e alegria podendo enfim fazer tudo sem nenhuma limitação, me pergunto todos os dias me remoendo e me culpando
Tentei ser forte esse tempo todo e guardava minhas próprias dores para mim e tudo que sinto que me machuca e dói, nunca gostei de compartilhar minhas dores e sofrimentos com ninguém e sempre preferi lidar com minha dor sozinha e calada.
Na infância adorava um livro que pegava na biblioteca da escola. Era meu preferido e pegava para ler várias vezes o mesmo livro.Livro - "As experiências de Tíbio e Perônio" do autor - Flávio de Souza.
Esse livro era meu escape da triste realidade que era minha vida.
Sempre fui uma criança calada, tímida e solitária no meu canto. Eu não era muito de conversa com as pessoas, mas sim de observar as pessoas e tudo entorno de mim.
Em minha infância apenas amava ler livros e viajar nas histórias e tinha uma imaginação fértil. As histórias em minha mente tinha vida e viajava nelas sozinha.
E tudo que passa e coisas que ouvia como críticas destrutivas ou elogios guardava tudo dentro de mim. As negativas há que mais absorvia e ficava pensando e martirizando na mente, muitas vezes me culpava por coisas que falava que eu era culpada e me auto sabotava observando e penso sobre meu lado negativo, meus defeitos e erros que cometia ficava remoendo várias vezes.
Os elogios não acreditavam quando me falavam e duvidava achando que me diziam isso para me agradar. E não me achava suficiente e nem merecedora daqueles elogios que diziam que eu tinha de positivo em mim. E eu só tinha pensamentos negativos sobre mim mesma na cabeça. Tinha sentimentos, emoções e pensamentos reprimidos dentro de mim, e me calava e não contava há ninguém.
E durante o dia sorria e não demonstrava nada do que sentia escondia atrás daquele sorriso alegre e cativante se mostrando ser feliz e que eu estava bem. E fazendo as pessoas sorrir. Assim segui em frente.
Eu era uma criança doce e meiga, carente de amor, abraço, carinho e atenção (pelo lado paterno). E eu só queria ser ouvida, mas parecia que eu era invisível para as pessoas ao meu redor. Pela rejeição me fez sentir insegura e ter medo de perder as pessoas que gosto e amo. Tinha receio de sofrer rejeição das pessoas ao meu redor, e isso realmente aconteceu. Tem pessoas que tinha vergonha de mim e me rejeitava e eu percebia pelo jeito que me olhava e riam de mim eu ouvia o que falavam, isso me magoava e me entristecia de ver e ouvir tudo aquilo. Mas ficava calada e a ferida se abria dentro de mim e guardava na mente.
A noite chegava e as lembranças voltavam a mente e a tristeza tomava conta de mim e as lágrimas desciam pelo meu rosto sem parar. E assim colocava tudo para fora que estava guardando dentro de mim e em minha mente chorando no escuro da noite sozinha.
No dia seguinte ao acordar colocava o melhor sorriso no rosto, e assim seguiam os dias desse mesmo jeito.Anos depois...
Aos 15 anos, guardava tudo dentro de mim. E essa foi minha pior fase de suportar. Quando chegava a noite deitava e chorava sozinha e às lágrimas desciam pelo meu rosto incessantemente e soluçava baixo para ninguém me ouvir chorar?
E os sentimentos ruins que sentia me doía e me rasgava por dentro o meu coração e abria feridas em mim.
E o modo de tira todos esses sentimentos de dentro de mim era chorar é como se limpasse minha alma e coração, de tudo aquilo que estava sentindo que me machucava e me fazia mal. Meus pensamentos atormentava me com coisas ruins e negativas em minha mente que consumia minha energia de paz só deixando as coisas negativas destruíndo me por inteira.
Na minha cabeça os adultos já tinham problemas demais. Para mim falar do que sentia para não ser mais um problema para eles, então me calava e me fechava para não me abrir com ninguém. E assim seguia dia após dia, durante o dia sorria e durante a noite chorava escondida. E assim os dias se passavam e tudo aquilo me destruíndo dia após dia e revivendo as situações difíceis que aconteceu na minha infância que me assombrava em pensamentos e sempre me fazia mal com essas lembranças e marcas deixada em mim.
Eu era uma menina perdida.
Carregando responsabilidade que me cobravam de mim; mas na realidade não era minha responsabilidade. Mas eu sofria e desgastava o meu emocional com cobranças excessivas para resolver coisas que não estavam ao meu alcance e me sentia imponente e inútil que não prestava para nada. E assim foi toda minha adolescência vivendo presa na minha própria mente.
Percebi algo importante que pode mudar tudo...Embarque comigo nessa história e espero que se identifiquem.💕
O livro terá capítulos semanais, fiquem atentos aos próximos capítulos.
Compartilhe comigo o que vocês acham da história, isso vai ser uma motivação para mim.Se puder clique na estrela e deixe seu freedback 😅 Por favor! ❤
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O Caderno Secreto de Lina
General FictionLina na infância diagnosticada com paralisia cerebral, epilepsia e convulsão. Aos 15 anos, detectou com transtorno de ansiedade, depressão e sem saber lidar com traumas do passado e feridas dolorosas que assombram sua mente. "Dois anos depois, a fo...