LinaChegando no consultório, fico na sala de espera. É minha primeira vez, que vou em uma consulta na psicóloga. Estou ansiosa, com as mãos suando. Ao me sentar na cadeira fico inquieta remexendo na cadeira. Aguardando ser atendida.
A médica logo chama meu nome, vou em direção à sala.— Por favor! Pode se sentar Lina.
— A Dra. disse. — Como você está. Lina? — A Dra. me perguntou depois que eu sentei em uma cadeira frente a ela.—-- Não estou me sentindo bem. —-- Respondo.
—-- Me conta sobre você. Para eu conseguir te ajudar!
Não estou aguentando mais tanta dor e sofrimento quero morrer para esse sofrimento acabar logo. Enquanto eu falo sentia meu coração se rasgando no meio, desabo no choro, ela me entrega uma caixa de lencinho para eu secar as lágrimas no meu rosto. Estou destruída por dentro e esgotada; não vejo motivos para viver se for dessa forma que estou vivendo sofrendo, chorando e angustiada.
Quando falei estás palavras senti minha alma grita por socorro. Doía tanto ao falar da minha dor e suportar sozinha era torturante para mim.
— Lina você não quer morrer. Você quer viver, só não está suportando tanta dor e exaustão mental. — A Dra. respondeu, com a voz suave.
Mas, penso: no fundo, era verdade o que ela me disse eu queria viver, não morrer eu sabia disso. As palavras dela me atingiu como um tiro certeiro no meu peito.
— Lina você não precisar lidar com sua dor sozinha. Estou aqui para te ajudar!
— Você é forte, é só uma fase difícil. Mas vai passar. Vai dar tudo certo! — me conforta a Dra.
— Me conta como você lida com suas crises de ansiedade Lina. — A Dra.
— É muito difícil lidar com minhas crises de ansiedade é horrível. — Respondo.
— Eu constantemente sinto uma angústia devido à presença dos pensamentos e sentimentos negativos.— Entendo, é complicado para você controlar o que está sentindo e pensando no momento das suas crises. — Dra. Mônica disse.
— Eu não consigo encontrar paz na mente, às vezes não consigo controlar as crises de ansiedade. — Respondo.
— Isso acaba causando dores de cabeça e aumenta meus batimentos cardíacos. — É desgastante emocionalmente e fisicamente.— Lina você precisa aprender a controlar seus pensamentos e emoções no momento da crise de ansiedade. — Vamos trabalhar está questão nas próximas sessões para eu te ajudar!
Ela levantou-se da cadeira assim que eu estava de saída. E vem na minha direção.
— Lina, por favor marque sua próxima consulta — a Dra. me abraça apertado.
As lágrimas desceram pelo meu rosto, como eu precisava tanto de um abraço naquele momento e foi tão reconfortante. Sentir-me acolhida nesse momento. Logo em seguida agradeço e me retiro da sala. Após à consulta fico reflexiva.
Penso comigo mesma: Conversar com ela foi um alívio. É como se eu tivesse tirado um peso das costas, e a angústia que tinha no peito. Me fez bem essa conversa com a Dra. Mônica e sentir-me à vontade para falar tudo e mostrar meu lado vulnerável e frágil como uma criança inocente que tentou por muito tempo ser forte sozinha.
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Poesia: O lado obscuro que vive em mim
Expressei meu lado obscuro e machucado
Sentir-me nua expondo meu interior ferido cheio de cicatrizes.
Meu coração sangrou ao falar do quê feria-me no âmago.
Minhas lágrimas se derramam nos meus olhos quase incessantemente.
Minhas palavras se despejaram de mim, retirando o que fazia-me mal por dentro.Lina sentiu-se bem desabafando com a Dra. Mônica sua dor.
Ela voltará a próxima consulta?
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O Caderno Secreto de Lina
General FictionLina na infância diagnosticada com paralisia cerebral, epilepsia e convulsão. Aos 15 anos, detectou com transtorno de ansiedade, depressão e sem saber lidar com traumas do passado e feridas dolorosas que assombram sua mente. "Dois anos depois, a fo...