XVIII

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P.O.V Eric.

   Ela para na minha frente e abre um enorme sorriso, fica um tempo em pé talvez esperando que eu me levante para puxar a cadeira para ela mas quando não faço ela se senta na minha frente.

   - Que lugar peculiar pensei que nunca iria chegar... É bem longe... Poderia me buscar. - Victoria diz olhando em volta me sentando.

   - Espero que goste do ambiente. - Digo olhando envolta para o restaurante. - E não tive tempo de te buscar, estava pelas redondezas e achei melhor que você viesse e poupasse o tempo de eu ir e voltar com você.

   - Tudo bem... Você não tem mais tempo para mim mesmo. - Diz chateada.

    - Não tenho, estou cheio de obrigações ultimamente, tenho prioridades.

   - Outra mulher está na sua prioridade. - É direita olhando em meus olhos.

    - Do que está falando? - Passo os olhos pelo cardápio sem a olhar.

    - Você sabe... Sabe que eu fui a sua sala e eu ouvir... Gemidos lá de dentro. - Diz baixo.

   - Não deveria ficar atrás da porta da minha sala ouvindo o que faço, não deveria me perseguir, eu não admito que fique no meu pé. - Digo sem paciência.

   - Eu só queria fala com você... Eu sei que vocês homens tem... Necessidades... Mas na sua sala Eric? Não precisa tirar essa... Mulher... Das boates... Esses lugares já são pra isso mesmo...

   Ela acha que eu estava com uma prostituta, acha que minha Esther é uma prostituta... Engulo o ódio em seco para não devolver a ofensa.

    - Sim, eu estava acompanhando e vou continuar. - A olho fechando o cardápio.

    - Você já tem a mim... Vamos nos casar... Porque não me procurou? Eu me entregaria pra você... - Segura minha mão.

    - Sabe que... Isso não é certo. - Suspiro. - Isso só deveria acontecer com você depois do casamento. - Falo na tentativa de a enrolar, de adiar essa conversa.

   - Ela é da máfia? - Pergunta seria. - Porque se for não tem motivo pra você ficar com ela e não comigo. - Digo entre dentes.

    - Não, ela não é. - Suspiro desviando o olhar novamente para os lados, olhando por cima de seu ombro e depois por cima do meu para conferir se não há ninguém conhecido atrás de mim.

   Ninguém pode me ver aqui, Esther não pode nem sonhar que estou aqui.

    - Eric... - Chama minha atenção. - Quero que deixe ela. - Exige.

    Balanço a cabeça.

   - Eu posso contar para o meu pai... - Faz uma ameça velada.

    - E eu posso deixar esse casamento de vez. - Respondo tranquilamente. - Você não é a única mulher dentro desta máfia disposta a qualquer coisa para se casar comigo, existem inúmeras.

    - Não... Eric não... - Balança a cabeça negativamente. - Eu não posso ficar sem você... Me perdoa, eu não sei onde estava com a cabeça... Me perdoa.

    - Eu não gosto de ameaças, Victoria, não lido bem com elas, sequer as aceito.

    - Eu... Eu só tenho medo de ter perde Eric... Não desista do nosso casamento por favor... Eu faço o que você quiser, eu fico quieta e você vai poder ter suas diversões fora do casamento... Eu não vou me importar, por favor...

    Suspiro passando as mãos no rosto.

   - Ótimo, já é um bom começo, é importante que vivamos em paz. - Assinto. - E foi pensando nisso que te chamei até aqui... E comprei algo para você. - A entrego uma sacola azul da Thiffany que estava ao lado da minha cadeira.

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