XIX

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P.O.V Esther.

    Entro no banheiro e fecho a porta atrás de mim, sem conseguir mais segurar o choro e deixo as lágrimas caírem livremente enquanto soluço.

   Como ele fez isso comigo...? Ele não podia! Não podia!

   Me encosto na pia e coloco a mão na boca para tentar abafar o barulho do choro mas meus pensamentos são interrompidos por batidas na porta.

    - Esther... Esther! - Eric bate na porta.

    Fecho os olhos ainda chorando.

   - Vá embora Eric... Termine sua dança com a sua prometida. - Digo do lado de dentro.

    - Fale comigo... - Pede.

    - Não... - Nego chorando. - Eu sei que ninguém sabe da gente mas tinha que dança com ela na minha frente? Você sabe como eu me sinto? Eu me sinto a prostituta que abre as pernas pra você a noite enquanto ela é a legítima que aparece na frente de todos com você ao lado.

    - Foi só uma dança, Esther... Você é a minha mulher, desculpe se não gostou, eu também não gostaria se estivesse no seu lugar, só que eu fui pressionado, todos esperavam que eu fosse a conceder pelo menos uma dança e minha situação neste momento não está boa pra não suprir as expectativas, você sabe disso... Todos os problemas que estão tendo na sede. Você é a legítima... Só existe você, abra a porta Esther... Não me obrigue a derrubar.

   Respiro fundo tentando me controla e mesmo sem querendo vou até porta para abri-la.

   Eu preciso olhar em seus olhos e ver se encontro alguma verdade neles, se eu posso acreditar nele.

   - Até quando essa pressão vai durar Eric? Será que você não vai ser pressionado a fazer bem mais do que uma dança? - Olho em seus olhos.

   Ele entra no banheiro e fecha a porta atrás dele.

   - Não sei quanto tempo vai durar... - Suspiro sendo sincero. - Só saiba de que nada daquilo é porque eu quis, eu só desejo, só tenho olhos pra você... Ela não significa nada.

    Fecho os olhos balançando a cabeça negativamente virando as costas para ele.

    - Eu não sei se acredito em você...

    - Pode não acreditar... Sei que sua falta de confiança nas minhas palavras é culpa das minhas atitudes, mas estou sendo sincero e minha consciência está limpa quanto a isso, quanto ao que sinto e quero com você. O

    - E o que você sente por mim? - Pergunto com ironia. - Na última vez que nós vimos você me bateu...

    - Eu te amo. - Me vira para ele e segura meu rosto entre suas mãos.

   Fico em silêncio olhando em seus olhos piscando algumas vezes.

    - Nunca disse isso a nenhuma mulher a qual me envolvi e estou dizendo pra você.

    - Não está mentindo pra mim Eric? - Pergunto chorosa.

    - Não, jamais mentiria sobre isso. Eu te amo, Esther... Como nunca amei ninguém.

     - Eu também te amo...

    Não posso negar ou mentir, eu o amo e dói só pensar que alguém pode nos separar.

    Ele me agarra me prendendo entre ele e a pia ao beijar minha boca voraz e possessivamente. Passo as mãos pelo seu pescoço gemendo com suas mãos passando pelo meu corpo.

    - Você vai abrir as pernas pra mim e me dar o que pertence agora mesmo. - Me coloca em cima do mármore da pia, erguendo a saia do meu vestido longo para adentrar suas mãos que correm de baixo até chegarem em minhas coxas, as quais ele  aperta.

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