XXIII

645 99 23
                                    

P.O.V Eric.

   Sigo a passos duros para o bar que foi posto no salão e me sento ao lado de Alessandro que está debruçado no balcão com um copo na mão.

    - A resistência que você desenvolveu para o álcool está se tornando assustadora, deveria virar alvo de pesquisa. - Pego outro copo com o garçom.

    O tanto que ele já bebeu era para está desmaiado no chão.

    - Não está fazendo mais efeito, acho que vou ter que começar a beber perfume.

   - E eu veneno se as coisas continuarem assim. - Digo com raiva.

   - O que aconteceu? - Pergunta tentando se equilibrar no banco.

    - Aquele desgraçado não tira os olhos da minha mulher. - Olho na direção do italiano.

   Eu já percebi a dele, bonzinho e sorridente pronto para da o bote na mulher alheia... Mas com a minha não.

    Alessandro olha para trás.

    - O amigo do noivo da Nádia? Ele parece boa pinta.

    - Eu não ligo para a porra do que ele parece.

    - Não. - Balança a cabeça. - O que importa é que ela pensa sobre ele... - Me encara.  - Você sabe o que ela pensa sobre ele?

   Ranjo os dentes, virando o copo todo de uma vez.

   - Ela só quer me provocar.

   Esther não pensa nada sobre ele, ela não só quer me ferir como está ferida... Só isso...

   - Tem certeza? Ou ela está gostando da atenção que está recebendo dele? Atenção que você não dá.

    - Eu dou atenção a ela, só não posso dar tudo que ela quer por enquanto porque existe um obstáculo no caminho.

     - Talvez ele não tenha obstáculo nenhum... E esteja pronto para da a ela tudo que você não pode por esta impedido... Esther é bonita e chama atenção, ter ela como esposa seria ótimo para qualquer mafioso que esteja assumindo o cargo agora... Ter uma mulher bonita quer dizer que você tem poder... Ter a Esther, quer dizer que você tem muito poder. - Bebe mais um gole.

    - Ela não faria isso, ela sabe que é minha.

   - Era isso que eu pensava e olha meu caso, minha mulher trouxe o amante para meu território e foi embora com ele.

    - Sua mulher era a Angelina, sempre soubemos como ela era.

    Eu tenho a Esther... A minha Esther não faria isso.

    - E a sua mulher é Esther... Uma mulher gentil, claramente ingênua, ela acredita em você. E você fez merda pelo estou vendo, aquele ali, é um homem bonzinho, uma pessoa nova, o desconhecido gera curiosidade... E claramente está cortejando ela. - Diz vendo que italiano a encara descaradamente. - Faça as contas, quem é a melhor opção?

    - Eu sempre serei a única opção dela, sendo a melhor ou não. Porque eu não sou como você, não vou sentar e chorar enquanto a mulher que amo dorme nos braços de outro, se Esther ousar me trair ela morre.

     - Se tiver poder pra isso...

     - Que poder eu preciso para matar uma mulher que eu comprei e que me traiu? - O encaro com raiva. - Você se reduziu a um bêbado depressivo porque Angelina preferiu morrer por outro do que ficar ao seu lado, porque teve tanta pena de mata-la que deixou ela sair do país rindo da sua cara com outro homem. Mas eu não... - Digo sério.  - Esther só tem dois caminhos, eu, ou a morte.

DARK - AWAKENING Onde histórias criam vida. Descubra agora