XVI

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P.O.V Eric.

    Olho para baixo tentando não transparecer meu nervosismo na frente do meu pai e do meu tio Alexander.

    - Mas uma carga perdida Eric? - Meu tio pergunta olhando para os papéis na sua frente e para mim com a sombrancelha arqueada.

    - Essa merda já está saindo de controle! - Empurro a pilha de papéis.

    - Sim, está. Sua incompetência está fora de controle, está fudendo em poucos meses o que eu levei anos para elevar. - Meu pai Esbraveja.

   - Que explicações tem para nos dar? O que já sabe sobre os roubos? Queremos respostas Eric. - Alexander diz serio.

    - É claro que não tem resposta nenhuma! Sua cabeça está cheia de mais com coisas inúteis para se preocupar com o que realmente importa. - Meu pai responde por mim.

    - Do que está falando? - Pergunto franzindo o cenho.

    - Estou falando que além dessas porras de problema com o roubo que anda me trazendo, ainda tenho que ouvir reclamações sobre você da boca dos outros. - Responde.

     - Quem andou reclamando de mim?

    - O pai da Victoria...

    - Ele não reclamou... Ele exigiu uma atitude... Sabe que ele é um dos mais ácidos apoiadores que temos, não é? - Meu tio pergunta.

    - E agora está completamente ofendido porque a filha dele está em lágrimas depois de ouvir você com a sua amante trancados na sua sala. - Meu pai ataca.

    - Minha amante? - Pergunto entre dentes.

    Ele não vai falar assim da minha Esther.

   - Não importa se aquela mulher é sua amante ou a porra que for, já chega de deixar ela no caminho dos negócios, pare de focar nela e dê total atenção aos negócios, e isso inclui Victória. - Meu pai avisa.

    - A Esther é minha mulher, é claro que vou dar atenção a ela e isso não tem nada ver com a porra dos roubos e das perseguições que estamos passando.

   Ele se irrita e perde o controle vindo para cima de mim me puxando pela gola da camisa.

   - TEM TUDO A VER! NÃO VAI ARRUINAR A MINHA MÁFIA,O MEU LEGADO E ENVERGONHAR MEU SOBRENOME POR CAUSA DE UMA BUCETA QUALQUER! - Grita contra meu rosto.

     - Calma Stefan. - Alexander o puxa. - Seu pai tem razão Eric... Seu compromisso com aquela menina sempre foi estabelecido, você sempre soube e nunca deixou seus casos interferirem nas suas obrigações.

    - Esther não é só um caso, ela é a minha mulher.

    - Foda-se! A prioridade é a Victoria agora, descubra quem é que está nos roubando, arrume essa merda e consiga nossas cargas de volta. Ou já sabe o que vou fazer... - Meu pai ameaça olhando no fundo dos meus olhos e eu suspiro. - E tem até amanhã para se redimir com a Victoria, se eu não souber que ela está feliz e sorridente com um belo conjunto de jóias novas, flores e um pedido de desculpas digno de aplausos, acabou sua brincadeirinha de capô.

    - E vá pensando num jeito de cuidar da Esther. - Alexander diz serio. - Sacrifícios são necessários.

    Passo os dedos nas temporas, bufando e respirando fundo ao apoiar a palma de uma mão na mesa.

     - Acabou seus dias de folga, ou aja como um líder, como um Devan, ou vai voltar a ser o garotinho dependente, porque tirarei tudo de você, sua casa, seu apartamento, sua amante e seu cargo. Vai ter que voltar a pedir o cartão de crédito da sua mãe para sair. - Meu pai avisa.

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