XXV

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P.O.V Esther.

   Assim que Stefan da reunião por encerrada sou a primeira a me levantar e seguir rápido pelo corredor, porém nem comigo andando a passos largos e rápidos impediu Eric e me alcança.

    Ele está furioso e posso ver que esta vermelho de ódio, se fosse um personagem de desenho animado teria fumaça saindo pelas suas orelhas.

   Com o aperto firme em meu braço que começa a doer ele me guia para o seu escritório e me joga dentro da sua sala.

    - Quer morrer?

   - Me deixa ir Eric. - Digo correndo para a porta.

   - NÃO VAI A LUGAR NENHUM! - Me puxa de volta me prendendo na parede. - Você está livre? - Pergunta sombriamente olhando em meus olhos

    - Foi o que seu pai disse... - Rebato.

   - E você confirmou.

   - E o que eu diria que eu dissesse em? Seu pai está lá me pressionando... Foi você quem disse para eu ficar eu seguir a maré e não complica mais as coisas.

   - Seguir a maré?! Eu pedi para deixar que eu resolvesse as coisas sem piorar e é exatamente o que você está fazendo! Quer se casar com ele?

    - Não eu não quero... Mas seu pai claramente quer... Ele me quer bem longe de você... E claro. - Rio. - É ótimo que pelo menos ele pense em mim, que queria me dá um marido se aqui eu sou apenas a amante... - Jogo em sua cara.

     - Não pode me incriminar pelas atitudes do meu pai, pelas atitudes de ninguém que não sejam as minhas, eu tenho meus erros e o que meu pai faz é problema dele. Você não é minha amante, veio para cá sabendo que era minha mulher, só estou preso nessa situação tentando a todo custo me desvencilhar porque ele armou esse casamento, porque me obrigou, assim como fez com a Nádia... E com ela você tem toda a empatia e compreensão, não se importa que eu seja vítima da ganância do meu pai assim como ela. - Diz baixo e controlado.

     - Ah... Que pena... O que vou fazer daqui alguns meses? Te esperar aqui no meio da semana, abri as pernas pra você e ver você volta pra sua casa, pra sua esposa... Ver você tendo filhos com ela e se uma dia ter comigo ele será um bastado? Um segredo? - Rio com desgosto. - Enquanto tenho que ter paciência e empatia pela sua situação? - Pergunto me levantando. - Sabe o que é engraçado Eric? Você me oprime tanto, me ameaça tanto com o seu poder mas não usa para acabar com essa palhaçada... Ou você não quer ou então não tem poder nenhum e eu só estou sendo feita de boba...

    - Não se faça de burra porque não é, eu tenho poder sobre você. - Aponta. - Mas sobre meu pai eu não tenho... E se eu tivesse nem eu e nem minha irmã estaríamos que viver nos escondendo com a pessoa que amamos enquanto ele planeja nossa vida com quem acha mais conveniente. - Joga magoado.

    Enquanto eu já estou chorando a muito tempo.

    - Você vê todos os dias o quanto a Nádia tem que se entupir de calmante para conseguir respirar em paz em baixo de toda a pressão de ser uma ótima administradora, em resolver os roubos e mandar em desmandar em todos, e eu bebendo por aí e ouvindo todo tipo de merda pelos mesmos motivos só que em triplo por ser o futuro capô, o homem que vai pegar o cargo do Stefan Devan, esperam muito de mim. Você não cresceu aqui... Não é filha dele e nunca vai entender o peso que carregamos, minha própria mãe já viveu um inferno com ele e teve que continuar porque ele tem muito poder, e antes dele meu avô tinha, e a vida é assim, sempre tememos e temos que agradar o atual capô quando queremos ser o próximo. Só estou deixando ele pensar que vou levar adiante o casamento com a Victoria porque assim ele vai me passar o cargo, vou poder largar ela, fazer Nádia poder abandonar o noivo e foda-se a palavra que meu pai deu antes... Só estou aceitando isso para poder cuidar de você e viver com você. Porque sabe que se ele quiser não me passar o cargo antes de morrer e te vender ou jogar num prostíbulo, ele pode... Agradeça por eu ter batido o pé e ele não ter feito isso. Mas se quer me abandonar na maior dificuldade e se casar com outro... Tente. - Me desafia tentando conter as lagrimas.

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