🍹 T? 01 C? 🍺

248 16 3
                                    

Aqui estamos nós outra vez kkkkk. Mas agora para contar a história dessa pareja louca que se conheceu e o match bateu. Curtam e divirtam-se muito com os dois. Vamos de Maurinha e Nelson ♥️

¿🍹Tequila ou Cerveja🍺?

Mais uma escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Ano após ano a minha rotina foi se transformando, aumentando. Primeiro foi o casamento, a chegada de uma nova etapa é revigorante. O auge da paixão, todos os planos que criamos, um novo ambiente e da forma que nós sempre desejávamos. Depois foram os filhos, que foram crescendo e tomando cada um o seu rumo. Em fim, a nossa vida é isso, nascer, crescer, reproduzir e morrer. Sempre fui precoce em tudo e agora estava no final do ciclo que a vida nos exige. Hoje estava feliz, entusiasmada com o nosso momento. Estávamos completando vinte e cinco anos de casados, bodas de prata, metade de uma vida. A vida que nós dois construímos com o passar do tempo. Mesmo com as turbulências que a vida nos oferecia, lá estávamos nós dois, juntos, enfrentando tudo. Após organizar tudo, limpei as coisas e fui para o quarto. Toda aquela organização havia consumido o meu dia.

Estava na hora de me preparar, Salazar chegaria em algumas poucas horas. Tomei um banho e fui ao quarto de hóspedes, garantindo que tudo estava pronto. Se desse certo terminaríamos nossa noite ali, fazendo amor. O bom dos filhos serem adultos é isso, termos nossa liberdade para fazermos o que quiser sem eles atrapalharem, como quando crianças, risos. Espalhei mais algumas pétalas de rosas pela cama, borrifei mais um pouco do seu perfume favorito, fechei a porta e fui para a sala. Queria lhe receber com um delicioso vinho, como ele gostava, depois dele tomar seu banho nossa noite começaria. Sempre fui assim, organizada em tudo. Sei que as vezes sou controladora, como ele diz, mas é algo que não saí de mim e não faço por mau. Sorri pegando nossa foto que estava ao lado do sofá na pequena mesinha.

Maura: Ai meu amor, quem diria que chegaríamos aos vinte e cinco anos... sua esposa é tão complicada, mas te ama tanto... obrigada por todos esses belos e inesquecíveis anos juntos - beijei a foto e lhe abracei - por muitos outros anos... com muita diversão e amor... isso não pode nos faltar nunca - coloquei a foto na mesinha e me levantei, circulando por ali, confirmando que tudo estava no lugar certo.

As velas estavam acesas, a sala a meia luz, as pétalas pelo chão e algumas decorando a mesa. A comida estava quentinha como gostávamos, os petiscos na parte de baixo da geladeira. A música em um tom bem ambiente, calmo e relaxante. As horas foram se passando e a minha felicidade foi junto. Nove horas, dez, onze, meia noite e nada do Salazar. Liguei várias vezes, deixei mensagem e nenhuma delas foi entregue. Minha decepção bateu tão forte que eu não me reconheci.

Maura: Ele esqueceu... ele esqueceu o dia mais importante de nossas vidas.

Apaguei as velas chorando, peguei a garrafa de vinho, me sentei no sofá e comecei a beber diretamente no gargalo. Mas isso não me era suficiente, busquei na adega uma bebida mais forte, porém não tinha. Não tínhamos o hábito de beber, a não ser um vinho e um gin bem fraquinho. Peguei as chaves do carro, da casa e saí. Rodei a cidade procurando um lugar que pudesse me sentir segura, mas não tinha. A vida estava me dando uma lição, que eu não queria aprender, era isso. Estava desistindo de procurar um bar quando encontrei um lugar bem rústico, algo que parecia ser de época. Ele me chamou a atenção, tive que parar e entrar, por sinal parecia que estava fechando.

Maura: Boa noite - o cumprimentei me sentando no banco, deixando minha bolsa no outro - preciso de uma bebida, a mais forte que tiver - falei deitando minha cabeça no balcão, já estava molinha com o vinho que tinha tomado antes de sair de casa.

Nelson: Boa noite, sinto muito mas o atendimento já foi encerrado como pode ver - a olhei.

Maura: Por favor, eu te imploro... pago o que quiser para fechar e me deixar beber, é apenas isso, eu só quero beber - o olhei triste - acabei de perder uma pessoa... rodei toda a cidade procurando um lugar para beber e apenas esse lugar me passou confiança - segurei em sua mão - moço, o sr nunca encontrou alguém na fossa como eu?

Nelson: Todos os dias encontro pessoas assim, o que foi? Chifre? - peguei dois copos pequenos e a melhor bebida que eu tinha, colocando sobre o balcão - era mais nova? - questionei indo trancar a porta e voltei, me sentei ao seu lado e nos servi - aqui o serviço é completo, bebida e conversa.

Maura: Todos os dias existe um trouxa que está sofrendo e bebendo para afogar as mágoas - peguei o pequeno copo e virei de uma única vez, sentindo o liquido descer rasgando minha garganta - não foi chifre - que eu saiba, pensei servindo mais bebida - foi uma perca... uma enorme - quis chorar mas voltei a beber.

Nelson: Então vamos beber, hoje serei a sua companhia - servi mais uma dose para nós dois, lhe entreguei o copo, peguei o outro e levantei - aos amores e desamores da vida - brindei com ela e bebi tudo de uma vez, pelo visto havia encontrado uma companhia para afogar as magoas hoje, o que eu precisava.

Às horas foram se passando, estávamos as 03 da madrugada, na quarta garrafa de tequila. Ríamos muito contando histórias aleatórias. Os meus planos para hoje depois que fechasse o bar era me sentar e beber, afogar as minhas mágoas. Passava noites e mais noites ouvindo pessoas, mas nunca havia me sentado daquele lado do bar para contar os meus problemas. Até que uma desconhecida entrou ali e mudou a minha história. Uma desconhecida havia mudado o que eu sentia e nem imaginava que isso estava acontecendo. A verdade embora eu não saiba se ela é movida pelo álcool ou pela força maior que eu sinto, é que eu estava sentindo o que há muito havia prometido não voltar a sentir, admiração e desejo por uma mulher.

Maura: Sabe o que eu quero? - o olhei - cantar... tem karaokê?

Nelson: Não... não... você não vai me fazer chorar a essa hora da madrugada - gargalhei me levantando do banco, puxando ela para se levantar também - Maurinha você não existe - enlacei ela pela cintura e comecei a dançar, mesmo sem música.

Maura: Quem não existe é você - sussurrei olhando em seus olhos, estava me sentindo atraída por ele... senti ele começar a dançar e me levar em um ritmo totalmente calmo... fechei os meus olhos e deitei minha cabeça em seu ombro, lembrando daquele desgraçado... mas ele não iria estragar a minha noite, se havia esquecido, iria comemorar com outro.

Encostei minha cabeça na sua e sorri sem parar de me mover com ela. Música não era necessária, tínhamos a melodia em nossas cabeças. Maura estava me fazendo esquecer o mundo, assim como ela também, sentia ela mais leve, diferente de quando chegou aqui.

Maura: Quando cheguei aqui já estava um pouco leve pelo vinho que tinha tomado em casa, mas era uma leveza que precisava de muito mais, queria beber até adormecer... não apenas os meus sentimentos, mas os meus sentidos também... algo me fez rodar toda a cidade e vim parar aqui, estava prestes a entrar em um supermercado, comprar a bebida mais barata e voltar para casa... sabendo que no outro dia a ressaca iria acabar comigo - ri - mas os meus planos mudaram totalmente, nós bebemos muito... rimos... conversamos... esquecemos o mundo... me deixou bem mais leve do que eu estava, o peso saiu das minhas costas - o olhei sem me afastar dele - obrigada... você é um anjo - aproximei os meus lábios dos seus, os tomando com intensidade.

Fui totalmente pego de surpresa ao ser beijado por ela, eu queria? Lógico que desejei tomar a frente e ser o primeiro a lhe beijar, mas ela teve a oportunidade e fez. Foi um beijo tão mágico que senti o meu corpo fazer parte de outra dimensão, algo inédito. Apertei sua cintura a trazendo ainda mais para o meu corpo. Encerramos aquele beijo com um selinho, abri os meus olhos assim como ela, sem nos afastar. Nossos lábios ainda estavam grudados. Ela havia dado o primeiro passo e em seus olhos estava a confirmação de que eu poderia seguir e o fiz. Toquei os meus lábios nos seus outra vez, levemente, para logo em seguida lhe beijar com todo o desejo que ela havia despertado.

Nelson: Maurinha...

Maura: Nelson...- ofeguei sorrindo e voltei a lhe beijar, havia uma necessidade sem precedentes de lhe beijar sem parar... senti quando ele me sustentou em seus braços, entrelacei minhas pernas em sua cintura e logo ele me sentou na mesa - não pare - puxei ele outra vez, lhe impedindo de fugir.

Continua...

Apunté a la Cerveza y Golpeé a Tekila - Maura y Nelson  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora