Escrita com
Carolleite26 ♥️✨Nelson: Amor – a abracei apertado – Vou fazer o que está me pedindo, vou tentar ser sensato, mas não vai resolver tudo sozinha, não sei o que dizer para te confortar nesse momento, eu não... não sei se o que ele fez tem relação com educação, para mim é caráter, não vou aceitar que não foi mãe o suficiente – puxei a cadeira me sentando e a trazendo para meu colo – Ela contou sobre as outras mulheres, ela o mudou? Sei que ela o amou, somente não sei se ele a ama ou quer – não terminei de falar para não magoá-la ainda mais – Não vamos falar sobre isso, não agora.
Maura: Ou quer tomar tudo o que ela tem? Ou quer lhe destruir? - me levantei de seu colo e andei por toda aquela cozinha - odeia o meu filho e tem toda razão por isso, mas não esqueça que ele é o meu filho, eu não estou passando a mão em sua cabeça, nunca faria isso, Fabrício errou e vai pagar pelos seus erros, mesmo que isso signifique ver o meu filho ir preso - engoli o choro - o amor nos transforma, ainda que não entenda isso... o que aconteceu foi responsabilidade minha e do pai dele, tratamos de perder nosso tempo apenas em coisas supérfluas, deixando que os nossos filhos crescessem acreditando que o mais importante seria diversão, conseguir o que queria sem importar com o que acontecesse até conseguir... vou conversar com a Alondra e depois vou para a casa dos meus pais, hoje o dia foi muito pesado, uma coisa atrás da outra, ainda não estou boa o suficiente para lhe dar com tudo isso... preciso conversar com um advogado... sei que vai querer ficar com a sua irmã e deve, precisa também descansar.
Nelson: Estou furioso com ele, o que ele fez com ela apenas mostrou ser mais uma, vem cá amor, está nervosa e não faz bem para você – me levantei parando sua frente – Sim, nesse momento gostaria de dar a surra que ele nunca levou, respeito você, confio que fará com que ele se responsabilize pelo fez, eu tenho medo que Alondra tente continuar o que não conseguiu, sei que o amor transforma somos o exemplo disso, só que nesse momento com a situação ainda quente não consigo perdoa-lo, grande parte a culpa é do seu ex – bufei – Precisa mesmo ir para casa dos seus pais? Nessa situação não poderei te ajudar, pensei em nós três, entendo que também vai ficar com o seu filho, não se preocupe comigo.
Maura: Parte da culpa é dele e a outra é minha - me afastei dele e toquei a minha barriga - devo estar lá, se alguma coisa eu aprendi com a vida, é que eu preciso ser mãe, cuidar do meu filho... ele errou, se arrependeu e quer consertar tudo, até o pior assassino tem direito ao benefício da dúvida, do perdão... ao meu filho eu darei, estarei ao seu lado e irei seguir cuidando, lhe ensinando, o que eu não fiz antes... vou falar com a Alondra e depois irei embora, com licença - peguei o pacote que estava no balcão e fui até o quarto dela, bati e entrei assim que ela autorizou - oii... trouxe uma guloseima para nós duas... posso ficar? - me aproximei da cama para lhe entregar o pacote.
Alondra: Oi – me sentei na cama – Pode, o Nelson contou o que aconteceu né? A guloseima vai ter que esperar, não quero nada – falei triste.
Maura: Não tem problema, deixarei aqui para quando você quiser - coloquei na mesinha ao lado da cama e me sentei ao seu lado na cama - na realidade... na realidade foi outra pessoa... Alo... me desculpa por isso, foi culpa minha e não sabe o quão me sinto péssima por isso... por saber que você está sofrendo... o Fabrício é o meu filho... bem antes de vim para cá ele me procurou... conversamos e ele me contou tudo... eu... eu nem seu o que te falar... me sinto tão envergonhada - falei cabisbaixa.
Alondra: Nelson está exagerando nos cuidados – mexia com as minhas mãos – Culpa sua? Não seja boba amiga, você não fez nada quem fez foi um... é mentira né? Nelson te encheu a cabeça, não pode ser mãe daquele, daquele, não Maura, você não tem que falar nada e peço que nem fale, não quero saber nada dele, me destruiu.
Maura: Eu só vim te pedir desculpas por tudo Alo... você não mereceu passar por isso... não vim falar sobre ele - suspirei pesado - e sei que de nada vai adiantar te pedir desculpas, mas é a única coisa que eu posso fazer, além de fazer com que ele pague por tudo - me levantei da sua cama - estarei sempre aqui Alo... mesmo em silêncio, mesmo distante... é a minha amiga e espero que sigamos assim... com licença - a olhei uma última vez e saí de seu quarto... quando cheguei na sala encontrei o Nelson - já estou saindo... cuida bem dela... qualquer coisa... me liga - suspirei triste - mais uma vez me desculpe por tudo... preciso ir - peguei a minha bolsa.
Nelson: Espera, poderia comer comigo ou podemos fingir que comemos – me aproximei – Estou dando o espaço da Alo, é que eu, bem, eu não queria ficar sozinho pelo menos por alguns minutos e depois por ir para casa.
Maura: Te acompanho - deixei minha bolsa no sofá e fui para cozinha lhe acompanhar.
Nelson: Está com fome? Fiz aqueles bolinhos que falei para você, o arroz que gosta, se quiser podemos sentar e conversar, não sei, o que quiser fazer, eu somente preciso de você.
Maura: Não consigo comer nada, obrigada - falei me sentando a mesa - estou aqui Nelson, mas eu não sou a pessoa certa para esse momento... queria ser... mas... eu não consigo... me sinto mau por saber que a sua irmã iria cometer uma loucura por culpa do meu filho... por te ver sofrendo... eu sei que a sua vontade é de querer lhe matar e em outra época já teria feito isso... me perdoe por todo mau que causei a vocês dois... eu vou ficar bem, mas agora eu quero que cuide da sua irmã, que fique com ela... eu vou me cuidar - segurei a sua mão - eu te amo, muito... mas... eu não consigo ficar aqui... sei que estou sendo fraca e que isso te leva a entender que isso não é amor... e eu respeito a sua opinião... se estou te falando isso é porque prometi que não iria te esconder absolutamente nada e não vou... eu... eu não sei o que fazer... não quero piorar o estado dela, assim como o seu.
Nelson: Vou guardar tudo, não é a pessoa certa – repeti o que disse, os filhos vêm em primeiro lugar, estava exigindo dela algo que não podia competir, sua preocupação estava em outra pessoa – Não tenho que te perdoar de nada, não tem culpa de nada, vou cuidar dela – me afastei – Chamo um táxi? – não insistiria.
Maura: Não precisa - o olhei, me levantei da cadeira e saí dali tentando não chorar, o que aconteceu apenas dentro do carro... levei alguns minutos para chegar a casa dos meus pais, fiquei um pouco dentro do carro pensando em tudo que havia acontecido, mas como não poderia ficar ali saí e entrei em casa.
Meses depois...
O tempo foi mais necessário do que eu imaginava. Me afastar do Nelson não foi um erro, mas sim algo valioso para nós dois, precisávamos cuidar das pessoas que amamos, sem tomarmos parte naquela situação, algo que nos doeu muito. Fabrício começou a trabalhar comigo no hospital, junto a um advogado, buscamos cada uma de suas vítimas, ele se desculpou e devolveu tudo que lhes era de direito. Não posso descrever o quão destruída estava com tudo aquilo, sabia o que cada uma sentia e nada seria capaz de apagar isso. Nenhuma delas quis prestar queixa e graças a Deus que mesmo com tudo desculparam ele e decidiram seguir. Minha mãe queria lhe acompanhar, mas isso era algo que me cabia como mãe e foi o que fiz. Ele estava sofrendo, focava o seu tempo na faculdade e no hospital, mas perdi as contas das noites que ele ficou em claro chorando. A audiência do meu divórcio finalmente havia sido marcada e o Nelson me acompanhou, assim como os meus pais e o meu filho. Saí de lá muito feliz, estava divorciada e o Salazar livre para viver com a outra. Decidi por mim não seguir com o processo, dele não aceitei nada, a casa ficou para os nossos filhos, no caso para a Marina e a sua avó. Fabrício estava morando com os meus pais e assim seria. Naquele mesmo dia, na saída do tribunal Nelson me pediu em casamento e eu aceitei.
Graças a Deus que ele e o Fabrício conversaram, ele explicou tudo e o meu amor percebeu que o meu filho realmente amava a Alondra, estava lutando por ela, apenas respeitando o seu tempo. Ele havia entregado tudo que ela lhe deu ao Nelson, que deixou a cargo de sua irmã. Só não pensem que o meu bom coração seguiu intacto com o Salazar. Apesar de retirar a queixa, aprontei um lindo espetáculo para ele na saída do fórum, risos. A Ginger foi perfeita naquela vingança, não sei qual foi a reação do Salazar, estava bastante ocupada comemorando o pedido de casamento com o meu amor. Alondra havia viajado sozinha, mas todos os dias mantinha contato com o irmão, ela estava bem e feliz por nós dois. Havíamos comprado uma casa vizinho a sua e já estávamos morando lá, aliás, tudo estava pronto para a chegada do nosso bebê. Os meus pais estavam felizes com o nosso momento, decidimos que só iríamos nos casar depois que o bebê nascesse, queríamos a família toda reunida, a dificuldade seria apenas a minha filha, que não queria conversar comigo.
Continua...
![](https://img.wattpad.com/cover/334656964-288-k532257.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apunté a la Cerveza y Golpeé a Tekila - Maura y Nelson (Concluído)
RomanceTodos os dias existe um trouxa que está sofrendo e bebendo para afogar as mágoas e dessa vez não foi diferente, eu era essa trouxa. O que não esperava era acabar sentada sob uma mesa, toda descabelada, com um desconhecido entre minhas pernas, mudand...