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Carolleite26 ♥️✨Alondra: Me solta - puxei o meu braço - se você insistir eu vou usar a minha arma e te juro Fabrício, com o ódio que estou sentindo aqui eu descarrego ela em você e alego legítima defesa - sorri enquanto as lágrimas escorriam sem cessar pelo meu rosto - você não vale nem o meu reu primário... me odeio Fabrício... me odeio por ser tão ingênua, por deixar que você me manipulasse... MDS, como fui cair nisso? Como? - passei a mão nos cabelos - eu te dei tantas oportunidades de ser sincero comigo... mas não foi... me enganou, mesmo sabendo que eu te daria tudo, se fez de ofendido quando no fundo ria as minhas custas e ainda por cima com outra - balancei a cabeça negando.
Fabricio: Se isso te fizer conversar comigo estou pronto - abri meus braços - Não se odeie, a culpa é toda minha por não ser sincero quando percebi que te amava, eu estava mudando por sua causa, estava assustado com isso, é o meu primeiro amor, eu sei que me deu, quando percebi que o que fazia iria te magoar eu tentei corrigir, eu juro, a mulher que viu comigo não é outra é a minha avó, sei que não vai acreditar, mas podemos entrar e vou esclarecer tudo, precisava conversar com ela, sobre tudo, sobre nós, sobre os meus pais, aquele amigo que falei era eu, por favor loba, me escuta não quero te perder, vou sair do apartamento, vou devolver os presente, por favor me de uma chance de mostrar que mudei, mudei por você - sentia minha voz quebrar.
Alondra: De você eu não quero nada Fabrício, tão pouco as suas explicações, guarde elas para você, assim como a minha fisionomia, pois essa será a última que verá - o olhei e fui para o meu carro... entrei e saí dali sem pensar em mais nada.
Fabricio: Podemos ir para casa vó? - voltei para o restaurante depois de ver minha loba ir embora - Perdi o apetite, sei que tem muitas perguntas para fazer, vou responder todas só que não aqui - falei triste.
Peguei minha bolsa sem falar nada e saí. Detestava escândalos e o que havia acabado de acontecer havia me tirado a paz. Fui o caminho todo em silêncio, quando chegamos, deixei a bolsa no sofá e me sentei ali lhe olhando.
Fabricio: Eu me perdi vó - me sentei no sofá em sua frente - Me perdi e agora perdi a única pessoa que amei em toda a minha vida, quando entrei na faculdade me envolvi com uns caras que saiam com mulheres mais velhas em troca de dinheiro, meus pais viviam em guerra, para sair de casa e ter meu próprio espaço comecei a fazer o mesmo, assim tive meu próprio dinheiro, depois de um tempo aprimorei meu métodos começando a mentir, para algumas eu era órfão para outras tinha família humilde que morava no interior precisava de dinheiro e foi assim que eu vivi de golpe em golpe, seu neto é um gigolô.
Rosa: Como pôde Fabrício? Como pôde nos envergonhar dessa forma? Jogar o nome da sua família no lixo? Seu pai não sabe, mas tudo isso é culpa daquela irresponsável, sempre disse ao Frederico, ela não é mulher pra casar e aqui está o problema, a criação de vocês, péssima... que vergonha meu Deus - balancei a cabeça indignada.
Fabricio: Eu sei que envergonhei, só que nunca envolvi o nome da família nessa bagunça toda, se vai culpar a minha mãe tem que culpar meu pai também, ele não é nenhum santo nessa história, nossa criação não foi boa então porque meu pai não esteve presente?
Rosa: Não envolveu? - sorri - o que aquela mulher falou então era mentira? Seu pai é um médico, com renome mundial, seu estúpido - falei brava - não fale do seu pai, se não fosse por ele você não seria nada, todo conforto, viagens, estudos, foi ele quem deu, aos dois... tudo se tem um preço a pagar, ele se sacrificou por vocês e agora vem dar um de mau agradecido... sua mãe só tinha uma tarefa, educar vocês, mas nem para isso ela serviu... acho bom falar ao seu pai a enrascada em que se meteu, antes que ele se prejudique por sua culpa, está crescidinho o bastante para arcar com os seus problemas.
Fabricio: Não envolvi, nem sei como ela sabe que meu pai é médico, mas é apenas isso, para nenhuma mulher que me envolvi contei meu sobrenome, grande pai ao nos dar bens materiais em vez do seu amor, da sua presença, será vó? Que ele se sacrificou ou fugiu da família? Não estou sendo mau agradecido, a senhora que quer tirar a culpa do seu filho porque os dois tinham essa tarefa, não se preocupe que vou falar com ele, sei o que tenho que fazer e em nenhum momento falei que não iria - me levantei saindo de casa, fui até o apartamento na esperança que Alo estivesse lá, não estava, peguei tudo o que era meu, realmente meu, sobre a cama deixei o celular que ela havia me dado, as chaves do carro, pensei em escrever um bilhete só que desisti, sai e pedi ao porteiro para entregar as chaves a ela, fui para casa de um amigo, não tinha porque voltar para casa dos meus pai e enfrentar novamente a minha avó.
Estava sem rumo, trancada dentro de casa há vários dias. Não atendia telefone, não respondia email, passei os casos para o meu assistente e me desliguei do mundo. Em partes havia agradecido pelo Nelson estar em seu apartamento e sem poder sair muito, só assim ele não veio até aqui. Estava atordoada, de minha cabeça não saíam as palavras de Luíza, tão pouco as de Fabrício me confirmando o que havia acontecido antes e durante o período em que estava com ele. Depois de tanto me convencer de que não iria me abrir a outra pessoa, me envolver em um relacionamento, aconteceu. Ele chegou como quem não queria nada, me cativou e acabei confiando, aceitando os seus galanteios. Hoje estava sozinha naquela enorme casa, com o coração destruído, o psicológico não existia mais. Não sabia mais encontrar o caminho para aquela Alondra forte, determinada, que não se relacionava como uma mulher, mas sim como um homem, usando o próprio veneno deles, sem sentir dor ou medo do que aconteceria no outro dia. Me levantei da cama e fui até o escritório. Sentei em minha cadeira, peguei o bloco de anotações, uma caneta e comecei a escrever uma despedida para o meu irmão em lágrimas. Ele era a minha única certeza nesse mundo, a quem eu amava. Assinei no canto do papel e ergui um pouco o meu rosto olhando para a minha arma que estava ali, em minha frente, tentanda a lhe pegar. Era isso mesmo que eu queria? Teria essa coragem? Destruiria não apenas a minha vida, mas também a dele, o irmão que sempre esteve comigo, quem me protegeu, quem me apoiou e amou incondicionalmente. Mas eu era tão covarde, não conseguia me mover, estava congelada, sentindo apenas as lágrimas descerem, uma a uma, banhando não apenas a minha face, como também a minha escrivaninha.
Maura foi ao hospital espiar como seria seu novo trabalho com o pai, estava muito feliz o que me deixava ainda mais feliz por ela, aproveitei que saiu para dar uma fugida desse apartamento, estava no final do repouso e com uma preocupação no coração, a alguns dias não conseguia falar com a minha irmã e no fórum falaram que está afastada do trabalho, algo que ela nunca fez, fui para lá sem fazer parada, entrei em nossa casa, o que chamou a atenção era as cortinas fechadas, o silêncio, entrei em seu quarto, nada dela, estaria com o namorado? Se assim fosse ao menos atenderia minhas ligações, procurei em todos os cômodos com exceção do seu escritório, esse ficou por último, peguei meu celular ligando para o seu número segui o som, entrando ali fiquei aterrorizado.
Nelson: Oi - me aproximei lentamente olhando para a arma em sua mesa - Estava com saudades, pensei que iria me visitar para me dar bronca por brigar no bar - me sentei em sua frente - Não cheguei em uma boa hora? Pensa em cometer uma loucura? Seu afilhado vai ficar muito triste quando nascer e não tê-la por perto.
Alondra: A minha vida já é uma loucura - falei sem lhe olhar- o que faz aqui? Não deveria ter saído da cama, se cuidando... chegou uma péssima hora... eu sei que ele será bem amado e cuidado.
Nelson: E desde quando isso te impediu de ser feliz, eu senti que precisava de mim, vou contar para a Maura que a culpa é sua por eu estar aqui, conhece a minha esposa, sou seu anjo da guarda e minha função é te proteger - peguei a arma a colocando em meu colo - Sim, será amado por sua família, pais, tia e irmãos.
Alondra: O amor... eu não fui feita para ele Nelson - me encostei na cadeira chorando - mais uma vez a vida decidiu me quebrar e dessa vez eu não consigo juntar os pedaços e colar um a um... eu só preciso ficar sozinha... não quero que tenham pena de mim... tomei a decisão de me relacionar, sem pensar que poderia quebrar a cara novamente... só pensei no momento.
Continua...

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Apunté a la Cerveza y Golpeé a Tekila - Maura y Nelson (Concluído)
RomanceTodos os dias existe um trouxa que está sofrendo e bebendo para afogar as mágoas e dessa vez não foi diferente, eu era essa trouxa. O que não esperava era acabar sentada sob uma mesa, toda descabelada, com um desconhecido entre minhas pernas, mudand...