Apunté a la Cerveza y Golpeé a Tekila - Maura y Nelson (Concluído)

🍹 T? 55 C? 🍺

Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Isabela: Agradeça a ele por mim, estão fabulosos - sorri - filha tudo muda quando vem a fase da adolescência, os questionamentos, as divergências, o primeiro namorado... conhecemos as amiguinhas e pensamos, ela me entende mais do que a minha mãe, ela não aceita, não me escuta, ela só quer o meu mau e por aí vai... mas a verdade é que não nos colocamos no lugar de nossos pais, não sabemos o quanto eles se abstém de viver, o quanto se doam... mas esse não é o x da questão, tudo que nós mãe fazemos é por amor e não há na terra um amor tão generoso e tão gratificante quanto o de uma mãe - suspirei nostálgica - ainda me lembro como se fosse hoje quando você era pequenina e vivia colada a mim, gostava de usar as minhas roupas, minhas jóias, nem falo dos saltos - sorri - mas quando conheceu o Salazar tudo mudou, você se afastou e pouco depois nos deixou... assim foi com a Marina, eu sei que não é fácil lhe dar com isso, que dói muito e pensamos que essa dor jamais irá se fechar, ela só abre cada vez mais e realmente, ela não fecha, mas ameniza... Marina precisa de um tempo para crescer e talvez aí você encontre as respostas que o seu coração necessita.

Maura: Ele vai ficar muito convencido, falo para ele sim – suspirei – Eu fui uma dessas adolescentes rebeldes que não escuta os pais, foge com o namorado acreditando que teria o felizes para sempre, não imagina o quando me arrependi dessa fuga, quantas vezes quis voltar para casa me desculpar, Marina me se colocar em seu lugar, perceber que fui tola por brigarmos tanto, olhando hoje nem eu entendo como permiti me manipular pelo Salazar, aceitar tantas mentiras, enganos, estou tentando dar esse espaço para ela, assim que o bebê nascer vou insistir mais, gravidez na minha idade, prefiro evitar confrontos.

Isabela: É filha, você foi sim e como pôde ver, com o tempo aprendeu e nos aproximamos outra vez... está certa nisso, eu sei que não desistiu da sua filha, assim como ela também sabe, mas não conseguiu te falar isso, agora precisa se cuidar - segurei em sua mão - a Marina viajou meu amor, ela decidiu ir morar com o pai e antes que você surge com isso, leia a carta que ela te deixou - falei com calma - ela precisa amadurecer filha e só assim ela conseguirá.

Maura: Precisei de muito tempo para entender que me queriam me proteger, enxergaram além do que via, nunca desistiria dos meus filhos os amo demais, viajou? Não quis nem se despedir de mim, morar com o pai? – falei triste – Se na carta diz que não quer falar comigo nunca mais, que meu odeia, nunca mais vai voltar – falei nervosa, pegando a carta, queria e não queria abri-la, a ansiedade me venceu abri, mas não consegui ler por causa das lagrimas, então entrei para minha mãe – Por favor mamãe pode ler para mim?

Isabela: Filha - acariciei a sua mão - só vai saber se ler, a Mari demonstrou algo que não vi antes em seus olhos, tristeza... ela sente falta de uma mãe, mesmo a tendo aqui... tome um pouco de água - lhe abracei após pegar a carta - estou aqui meu amor, estou aqui, a sua mãe - beijei os seus cabelos e sequei o seu rosto.

Mãe... que ironia não é?

Essa é a primeira vez depois de tantos anos que a trato assim e não sabe o quão confusa estou. Te escrevo essa carta com lágrimas em meus olhos e rosto. Não para destilar mais ódio, por todos esses anos ele apenas nos afastou. Eu não conseguiria dizer tudo que sinto se estivéssemos frente a frente, por isso a carta. Desde já te peço desculpas pelas inúmeras brigas, pelas inúmeras vezes que te tratei como um nada, que te afastei e me isolei. Por vezes eu gritei em silêncio pedindo socorro, mas ninguém soube me compreender. Crescer da forma que nós crescemos foi aterrorizante. Tantas vezes invejei as minhas amigas por terem um lar estável, pais que se amavam, que as amava e isso eu não consegui aprender dentro de nossa casa. Sei que isso não foi apenas sua culpa, mas do meu pai também e eu estava tão ressentida que não consegui te perdoar. Em minha cabeça a única culpada era a minha mãe, a Maura, risos. Hoje eu percebo que com toda aquela loucura e briga só queria o meu bem. Agora eu consigo compreender o que me recusei durante todos esses ano, infelizmente é tarde, perdemos muito da vida uma da outra. Não me odeia, tudo que desejo é um dia poder me aproximar novamente, viver o pouco que ainda temos. Decidi viajar, quero aprender a me cuidar e longe de tudo é o que eu preciso. Ficarei uns dias com o papai e logo irei para um apartamento, não se preocupe não fugi, tão pouco estou namorando, risos. Só preciso desse momento, assim como o Fabrício está aprendendo, eu quero aprender. Logo entro em contato passando meu número, já que são países diferentes, podemos trocar e-mail também, se a Sra desejar.

Ps: Ainda continuo sendo a sua princesinha?

Aguardo sua resposta,

Bjss da sua Mari.

Maura: Filha – chorei em desespero abraçada a minha mãe, tirando todo aquele peso e culpa carregado por anos, chorei tudo que podia ali sentindo o carinho da minha mãe – Minha filha me ama – solucei – Minha princesinha ainda me ama, foi viajar para se encontrar, nós vamos conversar, vamos se entender e eu terei a minha princesinha de volta, vou ter meus filhos de volta, logo serei eu a fazer um almoço de domingo com todos os meus filhos, minha família completa, acredita mamãe.

Isabela: Acredito meu amor, nunca duvide do amor de uma mãe por seus filhos - chorava junto a ela - sua princesinha te ama muito e quando toda essa tempestade passar ela voltará e nós vamos comemorar juntos - beijei os seus cabelos - viu como podemos nos enganar diante do medo? Sua princesinha te ama, sempre amou e agora você poderá ser mãe dela, mesmo a distância - acariciava ela com amor - como se sente agora? Mais aliviada?

Maura: Foram tantos problemas com meus filhos, tantos enfrentamentos que é difícil acreditar que seriam resolvidos de forma fácil, sempre tive pesadelos com eles me mandando embora, me expulsando de suas vidas, agora tenho o Fabricio comigo, trabalhamos juntos e recebi uma carta da minha filha dando a maravilhosa noticia que vamos fortalecer nossa relação de mãe e filha, tenho um marido maravilhoso que me ama como sou, que me apoia e  quer me ver crescer, o melhor de tudo tenho os meus pais em minha vida, um bebezinho a caminho nunca imaginei ter tudo isso em minha vida – chorei mais.

Isabela: Mas par tudo há um tempo meu amor, seus filhos estão amadurecendo, eles não vão te expulsar, querem o e com eles, olhe para o Fabrício, logo mais é a Mari - sorri - te amo filha - beijei o seu rosto com amor - mas tem Maura, tem os seus filhos, os seus pais e um amor que te ama muito.

Maura: Eu ganhei na loteria – ri em meio as lagrimas – Todos precisávamos amadurecer, Fabricio está ligeirinho querendo sair do ninho para formar a própria família, não vejo a hora da minha filha estar aqui, conversarmos frente a frente, abraçá-la, enchê-la de beijos, eu também te amo mãe.

Isabela: Ganhou meu amor - sequei o seu rosto - ele já está formando, em breve teremos um bebezinho correndo pela casa... espere pelo tempo dela, esse momento vai chegar, da mesma forma que o nosso chegou, guarde tudo isso para esse momento e eu te digo sem dúvidas, a espera vale a pena.

Maura: Teremos – sorri -  Imagino esses dois aprontando, sendo companheiros de aventuras, vou esperar mamãe, valeu muito porque nunca esperei que estaríamos assim, conversando, tendo o seu colo, não posso esquecer do papai.

Isabela: Não quero nem imaginar o quanto nos deixarão loucas - ri - tudo nessa vida é possível meu amor, ainda mais se nós acreditarmos que poderá acontecer... bem, agora a sua mãe precisa ir, seu pai está em casa me esperando - falei me levantando e pegando a minha bolsa - você está bem mesmo?

Maura: Nem me fale – ri – Vou acreditar, dizem que o amor cura tudo, espera – fui até a cozinha pegando um pote colocando um pouco dos biscoitos voltando – Nelson fez bastante biscoito, acho que o papai vai gostar de experimentar, eu estou bem e daqui a pouco o meu amor chega, sobre o choro – suspirei – Deixei todo aquele peso que guardava ir embora, estou mais leve, ter a minha mãe ao meu lado nesse momento me ajudou bastante.

Isabela: Não me responsabilizo pelo rapto do Nelson - ri - obrigada meu amor, seu pai vai amar os biscoitos... sua mãe sempre estará aqui para o que você precisar - lhe abracei e beijei com carinho- qualquer coisa é só ligar que eu volto, te amo - me despedi dela e saí.

Resolvi tudo que necessitava no bar, conversei com os funcionários, paguei as contas, somente então pude voltar para casa, estranhei que Maura não tenha ligado ainda, olhei o celular e não tinha nada, então corri para o nosso lar.

Nelson: Amor? – estava silencioso na parte de baixo, fui a cozinha e nada, peguei alguns biscoitos e subi para nosso quarto – Maura está em casa?

Continua...