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𝐏𝐎𝐕 𝐒/𝐍 𝐒𝐌𝐈𝐓𝐇

— Mãe! – Chamo ao passar pela porta da mansão dos meus pais.

— Estava morrendo de saudades do meu bebê! – Aparece sorrindo para me abraçar apertado.

— Você tá me sufocando mamãe. – Murmuro rindo e ela me solta. — Onde tá todo mundo?

— Ayla tá no quarto, seu irmão como sempre não sei por onde anda e seu pai saiu e já deve estar voltando.

— Vou lá em cima ver a sua caçula então.

Vou até minha mãe deixando um beijo em seu rosto e subo as escadas seguindo até o quarto da minha irmã mais nova, mais conhecida como Ayla Smith mesmo. Eu e minha família somos muito unidos, sempre nos apoiamos em tudo e é assim desde que me entendo por gente. O ensinamento passado de geração em geração é que a família é a coisa mais importante do mundo, então prezamos pelo bom convívio até com aqueles que são insuportáveis.

Parado em frente a porta do quarto da minha irmã, sorrio ouvindo o som alto que ia até metade das escadas tocando Taylor Swift. Ayla adorava música e se tratando dela, era meio assustador as vezes. Vamos dizer que a pequena Smith não era muito acomodada com o carinho e gentileza, passava mais a vibe de rock pesado do que um pop de Taylor Swift.

— Mana?

— S/n! – Grita surpresa e corre para me abraçar. — Como foi a sua viagem!? Gostou do Brasil!? Arrumou uma namorada!?

— Boa. Sim. E não, definitivamente não. – Respondi todas as três perguntas e ela riu se sentando na cama. — Tomou o seu remedinho? Você tá muito elétrica.

— Idiota. – Resmungou me jogando uma das pelúcias de coração preto, assim como metade do quarto dela. Eu disse que ela era de vibe pesada. — Eu queria tanto ter ido com você, mas como sempre a mamãe me empatou.

— Relaxa, nós vamos marcar outra viagem. Talvez daqui a alguns meses. – Tranquilizo me deitando na cama dela com os pés para cima. — Mas só se a mamãe e o papai deixarem, tá legal? Eu não estou pronto pra criar uma adolescente chata e mimada.

— Eu peço ao meu papai, ele vai deixar. – Me fala pegando seu caderno na escrivaninha e se sentando na cama.

— Tá estudando por quê? – Pergunto curioso pegando um dos livros espalhados por sua cama. — Cara, eu nem sabia que você se esforçava nos estudos.

— Ha ha, falou o aluno nota mil. – Ironiza arrancando o livro das minhas mãos. — E é só mais um trabalho besta da escola, já estou terminando.

— Não vou te atrapalhar então, espero você lá embaixo. – Me levantei beijando sua testa. — E faz um favor, tira essa música que ela não combina com você.

Ela riu revirando os olhos e eu saí do quarto ouvindo outra música tocando, eu sabia que ela estava se fazendo. Desci para a sala sem encontrar minha mãe por ali e aspirei aquele cheiro tão conhecido por mim, o cheirinho do meu doce favorito. Animado marchei para a cozinha onde eu já sabia que seria muito bem recebido com uma cerimônia de boas vindas.

Naquele ambiente que marcava tão bem a minha infância estavam a dona Marta que era a cozinheira da casa a muitos anos, o Alfred que além de mordomo era um amigo do meu pai e Lúcia, neta e ajudante da dona Marta. A minha mãe não estava, talvez ela tenha ido para o quarto ou resolveu ir atrás de Jhonny.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐈𝐒 𝐁𝐄𝐒𝐈𝐃𝐄 | 𝑲𝒆𝒏𝒅𝒂𝒍𝒍 𝑱𝒆𝒏𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora