Capítulo 7

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Chego ao hospital e peço informações sobre o João na recepção. Por não ser da família sou obrigado a ficar esperando até que a Lara decida vir falar comigo e me diga como seu pai estar. A diaba com cheiro de morango fica me torturando com sua demora, não tem outra desculpa para ela me deixar esperando há mais de meia hora nessa cadeira.

Pego meu celular e ligo para o número do João que só da indisponível, depois de perder a paciência por completo chamo a moça da recepção novamente, vou precisar usar meu charme, ou dinheiro; me recuso a continuar esperando nesse lugar por notícias, quando eu pegar aquela diaba ela verá que não deve brincar comigo.

— Com licença — chamo a moça e aproximo meu rosto do seu, a mulher cora violentamente. — Eu não consigo falar com a Lara, filha do João e minha noiva, preciso muito ver meu sogro. — Aliso seu braço com um dedo, os pelos de sua pele se arrepiam e ela se afasta um pouco, me inclino em cima do balcão a mantendo perto. — Você pode me ajudar a falar com a minha noiva?

— Claro — diz baixinho. — Vem comigo.

Não conto cerimonia e a sigo pelo corredor, a moça deve ter seus trinta anos, malhada e gostosa. Só não se compara com a diaba que vai ouvir minhas reclamações, se vamos começar um noivado de mentira ela tem de aprender quem manda, e a obedecer a minhas ordens se não quiser ser castigada.

Ela realmente deve achar que meu papo de noivado é coisa de bêbado, mas já tenho um plano A para a convencer e se falhar, o plano B e todo o maldito alfabeto.

— João está na enfermaria, nesse quarto. — Ela bate três vezes na porta e não temos resposta.

Impaciente eu giro a maçaneta e entro me deparando com meu moranguinho dormindo com a cabeça na cama do pai. A bunda na cadeira de plástico do hospital e uma linha fina de baba escorrendo dos seus lábios.

Seus cabelos escuros e longos descendo como uma cascata em suas costas. Anseio por enrolar minhas mãos em seus fios e os puxar enquanto como essa bunda deliciosa, a fazendo babar de prazer por não conseguir manter a boca fechada enquanto geme gostoso para mim.

— Acho melhor voltarmos outra hora... — A moça diz, e volto a realidade.

— Vou ficar aqui, peça ao médico que passe aqui, vou providenciar a transferência do João para outro hospital particular.

— Eu soube que a cirurgia e o tratamento que ele necessita é bem caro. — Começo a ficar irritado com o som da voz dessa mulher. — Não sei se ela poderia pagar, o pai é motorista e ela desempregada...

— Você cometeu um erro, querida. — Seguro a porta, não aguentando mais ouvir as asneiras que saem da sua boca. — Minha noiva não pagará nada, eu farei isso e dinheiro nunca foi problema para mim.

Fecho a porta na cara dela, eu nasci bilionário e me esforcei muito para conquistar meu lugar de direito. Cresci ouvindo as pessoas falarem que eu não merecia o dinheiro do meu pai, que era um estorvo sem vergonha e que tinha de me esforçar muito para merecer o lugar de CEO.

Meu tio Pablo e primo Jairo foram os principais a me criticarem, mas eu sou grato a eles, por crescer sendo colocado para baixo eu ansiei ser merecedor do que é meu por direito de nascimento.

Durante a adolescência abdiquei de horas de divertimento com meus amigos e de namoradas para poder estudar e cursar engenharia mecânica no MIT.

Fui para a melhor universidade nos Estados Unidos, tirei as melhores notas e aguentei a xenofobia dos americanos por eu ser um brasileiro e ter um desempenho melhor do que eles. Na faculdade só me permitia aproveitar momentos de diversão quando estava de férias no primeiro e segundo semestre, depois percebi que estava perdendo tempo com isso e comecei a fazer cursos de verão sobre gestão de empresas, economia e análise do mercado.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora