Um Casamento para o Bilionário

Capítulo 15

É loucura o que estou sentindo após transar com a Lara.

Meu pau já esteve em mais bocetas do que sou capaz de lembrar e em nenhuma delas me senti tão conectado, como me sinto com a Lara. Um prazer sem medida preenchido por seu calor e maciez enquanto um sentimento pequeno começa a perturbar meu peito.

Observo seus cabelos negros jogados no travesseiro e seu rosto deitado em meu ombro, não costumo dormir com mulheres assim e nesse momento, deveria estar trabalhando, contudo, não tenho forças para deixar essa cama e me separar da Lara.

Ela me deu uma semana e vou usar esse tempo para a convencer a se casar comigo, não somente porque ela é a salvação para os meus problemas, e é a única que pode aceitar um casamento por contrato.

Eu quero a Lara, e somente hoje ou esses setes dias não serão suficientes para saciar a minha fome, e enquanto meu monstro clamar por devorar sua boceta, eu vou manter essa mulher comigo.

Aos poucos o sono bate e adormeço.

***

Meu celular toca, e desperto procurando o aparelho que vibra embaixo de mim, tateio minha bunda e pego o celular dentro do bolsa da calça, o nome "pai" brilha no visor e tenho vontade de desligar o aparelho e voltar a dormir confortavelmente.

Lara não se mexe e com calma a tiro de cima de mim e vou para a sala atender a chamada.

— Onde você está que não foi trabalhar? — Sua voz raivosa não se justifica, tenho plena ciência de que não perdi nenhuma reunião importante, minha agenda de hoje é mais de planejamentos para o semestre, o que eu farei sozinho.

— Em casa. — Sento no sofá e vejo que ainda estou de pau de fora. Coloco o celular no viva voz e ajeito a calça.

— Com alguma puta imagino, Jairo me disse que te viu ontem jantando com uma mulher, se você tiver faltado ao trabalho por causa de uma boceta eu te deserdo agora! — Grita descontrolado e esfrego o rosto.

Maldito infeliz, eu devia ter quebrado a cara do Jairo, quando tive a chance.

— Primeiro: desde domingo meu motorista, o João, teve um infarto e estou cuidado da situação hospitalar dele com a Lara, sua filha, e mulher em que o Jairo me viu ontem.

— Porque diabos você cuidaria disso?

Pressiono os olhos, meu pai deve ter sido novamente envenenado contra mim.

— Segundo... — Continuo, e ignoro a sua pergunta. — Lara não é uma vadia, e nunca mais se refira a ela dessa forma, ela é uma mulher incrível, de ótima índole, pela qual estou apaixonado. E terceiro, eu tenho a porra do direito de levar minha namorada para onde eu quiser e dar suporte emocional a ela em um momento tão difícil.

— APAIXONADO? — Gargalha. — Nunca pensei que você fosse um mentiroso.

Eu ignoro o seu deboche, quando minha vontade é xingar.

— Ontem o João teve outro infarto, e passamos a noite em claro. Se dúvida, ligue para o Hospital Samaritano, garanto que até filmagens eles terão confirmando o que digo. Eu estou cansado para um cacete e resolvi tirar o dia de folga, não estou perdendo nenhum compromisso.

Luto contra a ira e para não deixar minha voz transparecer a irritação que sinto. Ele não tem o direito de ofender a Lara dessa forma.

— Há quanto tempo você conhece essa moça, para estar tão apaixonado? Acha que sou idiota de não perceber que você quer me enganar?

— Com todo o respeito você é um idiota por acreditar no Jairo e não no seu filho. O Pablo conseguiu te envenenar direitinho contra mim — acuso, explodindo de raiva.