Prológo

6.6K 414 38
                                    


Isso aqui é o paraíso...

Mansão Eros, onde você é livre para o prazer, sem culpa, sem amarras...

Chego e já olho de um lado para o outro, ajeito minha máscara em meu rosto e aguardo, até que as porta principal se abra, para a mais elitizada festa do país. Ninguém faz ideia das pessoas que frequentam as festas do meu amigo Alexander, o idealizador da Mansão. Mansão Eros é como Las Vegas, o que acontece aqui, permanece aqui... Todos estamos mascarados para garantir que nossa identidade fique segura, mas na realidade muitos se reconhecem, mas jamais se comenta nada.

Finalmente a porta se abre, logo sou servido de champanhe e enquanto bebo vislumbro as pessoas ao redor em busca de uma mulher para me divertir.

— Encontrou a diversão da noite? — Ouço a voz de Heitor. Viro-me e dou um sorriso cínico.

— Heitor, eu não curto homens, se pensa em me fazer uma proposta — digo e bebo mais um gole de champanhe.

Heitor solta uma gargalhada e eu também começo a rir.

— Cara, você perde o amigo, mas não perde a piada — aponta sem parar de rir.

Eu sacudo os ombros.

— Eu não perderia a oportunidade de sacanear você — confesso e volto a olhar ao redor.

— Você viu o Alexander? — pergunta.

Eu balanço a cabeça e aceno.

— Acabei de encontrá-lo. Está ali, conversando com o William — falo, sorrindo, pois acabo de perceber Alexander e William coversando um pouco mais a frente. — Vamos até lá dizer um oi.

Heitor acena e percebo que ele, apesar de tentar esconder, está aborrecido com algo, é como se ele não quisesse estar aqui.

Chegamos perto dos nossos outros dois amigos.

— A máscara é apenas para dar a ideia de algo secreto. — Escuto Alexander falando com William.

— Só ideia mesmo, porque eu já reconheci mais de uma dúzia de pessoas — digo e os dois olham em nossa direção. — Isso sem contar que eu reconheci dois deputados — comento baixinho.

— E eu juro ter visto a sogra do meu primo — responde Heitor, fazendo graça.

Nós quatro rimos e Alexander estende sua taça.

— Aos mosqueteiros e ao sucesso de mais uma festa! — diz, embora com semblante fechado, parece animado.

— Que o Alexander possa sempre nos presentear com suas putarias! — falo dando uma risada.

Alexander me olha e entorta a cabeça.

— Meu caro, minhas festas não são putarias, são apenas uma maneira de fugir da dura realidade. Na verdade, eu só faço uma boa ação — diz debochado.

— Um brinde ao bom samaritano! — William solta e levanta sua taça.

Continuamos a rir Alexander se vira para William.

— Você disse que não vinha, o que o fez mudar de ideia?

William olha em volta.

— Eu não sei. Resolvi vir de última hora. Amanhã viajo para a Índia para encontrar minha mãe. Eu queria estar com meus amigos antes de ir — conta.

Heitor esbarra em seu ombro.

— Ver os amigos mesmo... ou participar de algumas das orgias? — pergunta malicioso.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora