Capítulo 25

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A mulher encara o Caio ajoelhado com horror nos olhos como se aquela fosse uma cena que ela nunca pensou em presenciar. A semelhança entre eles é notória, os cabelos castanhos claros, os olhos marrons com um brilho de vida, os lábios meio inchados e a pele branca bronzeada, se ela não for a mãe dele, com certeza é sua parente.

Ela franze as sobrancelhas perfeitamente delineadas e olha de mim para ele, esperando uma explicação.

— Não vai falar? — pergunta.

Caio pigarreia e se levanta.

Essa senhora estragou o meu momento, quando ele finalmente estava se abrindo para mim, mostrando seus sentimentos fomos interrompidos. Eu já podia ver a cena: ele se levantando e me puxando, beijaria os meus lábios e falaria olhando nos meus olhos o quanto ele me ama e me quer na sua vida.

Eu estou apaixonada pelo Caio, e agora não restam mais dúvidas, anseio o ter comigo a todos os momentos do dia e ser aquela a quem ele vai procurar quando precisar de ajuda, carinho e sexo. Quero ser a sua mulher para além de um simples arranjo; e depois de como ele me defendeu hoje, eu percebi o fogo do ciúme e da paixão em sua íris.

Não esperava que ele fosse me pedir em casamento com um anel lindo como esse, ou em um lugar romântico como esse restaurante, o Caio pensou em cada mínimo detalhe para a nossa noite ser perfeita, não tem como isso significar outra coisa além de que ele também se apaixonou por mim.

E agora essa mulher estragou tudo, não me importo que seja a mãe dele, estou possessa de raiva por ela ter interrompido o nosso momento. Um homem de meia idade caminha a passos rápidos na nossa direção e para ao seu lado olhando o Caio com raiva, as feições duras e marcantes, apesar da idade ele é muito lindo e aposto que deve ser o pai do Caio. Ambos andam da mesma forma, confiantes e como se o mundo pertencesse a eles.

— Mãe, pai... — Caio pega minha mão e me levanta ao seu lado. — Por favor, não façam uma cena na frente da minha noiva. — Percebo como ele tenta controlar o tom de voz, seu aperto em minha cintura é firme, e um aviso de que devo ficar quieta.

Pena que eu nunca gostei de quando me mandam ficar calada.

— Você estava ajoelhado — fala sua mãe com certa dificuldade, como se não conseguisse acreditar no que presenciou. — Vai mesmo casar?

— Lara, essa é a minha mãe, Marieta, e o meu pai, Salvatori, essa é a minha noiva. — Ele faz as apresentações e a senhora amolece as feições ao ouvir a palavra "noiva" ao ponto que o senhor endurece as dele até as suas narinas dilatarem.

— Não se deixe enganar minha jovem. — A voz de Salvatori sai seca, e ele não me olha. — Esse idiota do meu filho só te pediu em casamento para poder cumprir a exigência que eu fiz a ele.

— Salvatori! — Marieta grita e bate no peito do marido chamando a atenção das pessoas no restaurante.

— O Caio não me enganou senhor Salvatori, eu sempre soube da exigência ridícula que você fez para que ele pudesse assumir a empresa, e também tenho conhecimento sobre todas as coisas horríveis que você acusou o meu noivo. — Arrebito o nariz não vou deixar esse homem falar mal do Caio.

Ele me olha.

— Se sabe porque aceitou essa palhaçada? — pergunta ainda desconfiado.

— Se o senhor chama o casamento de palhaçada... eu tenho pena da sua esposa.

— Lara... — Caio fala baixinho. — Vamos embora.

— Por que? Esse é o nosso jantar de noivado e seus pais que interromperam, eles quem deveriam ir embora.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora