Capítulo 10

4.8K 405 32
                                    


Eu não consigo esquecer o gosto da Lara e o quanto nossos corpos se encaixaram bem quando a toquei. A mulher quase virou uma vela branca quando viu a agulha da injeção, eu tinha o dever de a ajudar, posso ter me aproveitado dela? Com toda a certeza desse mundo.

Eu estava ficando louco sem tirar uma casquinha daquela mulher, e agora que sei que o João já está recebendo cuidados no hospital e tem uma enfermeira ao seu lado, vou cercar a Lara até ela me dar o que eu quero: sua boceta e aceitar o meu pedido de casamento.

Nunca pensei que fosse difícil fazer alguém cair em meus encantos, mas Lara não é tão fácil, sei que vai me dar trabalho. Pretendo a convencer em nosso encontro hoje à noite, meu tempo é curto, porém devo ser sagaz e não a pressionar.

Paro em frente à sua casa e espero que ela saia, a porta se abre e aquelas pernas torneadas e morenas brilham na luz da varanda, um vestido vermelho que cai na metade da coxa, salto alto com tiras nas panturrilhas, e tudo que consigo pensar é naquelas pernas enroladas na minha cintura enquanto como sua boceta com vigor.

Lara dá a volta no carro e entra no banco do passageiro, não consigo desviar meu olhar se suas pernas, engulo em seco para que minha saliva não escorra, quero lamber cada centímetro dessa pele, morder e parar no seu centro, provar o sabor de sua bocetinha.

— Meus olhos estão aqui! — Ela estrala um tapa na minha testa e encaro seus olhos.

— Linda! — Aliso seu queixo, e me sinto enfeitiçado. — Espero que esteja com fome — completo, tentando sair do meu estupor.

— Sim, não me alimentei o dia todo. — Coloca a mão na cabeça e me preocupo com seu estado.

— Sua cabeça ainda dói? — pergunto, e ligo o motor do carro.

— Muito, e o cansaço não dá trégua. — Lara encosta a cabeça no banco e fecha os olhos.

Apesar de maquiada, seu rosto e corpo demonstram o cansaço pelas emoções turbulentas das últimas horas. Respeitando seu estado, decido baixar meus ânimos e a deixar em paz essa noite. Vou alimentá-la e depois a trarei para casa, posso ser um galinha, mas ainda tenho princípios e sei que seria errado me aproveitar dela enquanto está vulnerável.

— Obrigada por cuidar do meu pai! — Ouço sua voz embargada. — Não sei como te agradecer por isso.

— Não precisa, já disse que estou fazendo isso pelo João.

— Mesmo assim, eu nem consigo imaginar o quanto você vai gastar com as despesas medicas.

— Lara, aprenda que dinheiro foi feito para ser usado, se o deixar guardado não rende nada e não serve para nada além de status. A vida do João vale muito mais do que isso.

Ela fica calada e com o canto do olho vejo que se esforça para limpar as lágrimas em seu rosto, estico minha mão e seguro a sua, dando o conforto que ela precisa. Lara não fala nada, continua em seu choro silencioso até estacionarmos no restaurante. Quando paro, ela pega um pó na bolsa e passa debaixo dos olhos, funga e sai do carro.

— O que vamos comer? — pergunta, a voz um pouco rouca.

— Esse é um dos melhores restaurantes do Rio. — Seguro sua mão e a levo para dentro, é impressionante como sua palma se encaixa na minha com perfeição, isso nunca aconteceu antes. — Vamos deixar o chef nos surpreender? — Tento ser delicado ao falar com ela, suas emoções devem estar uma bagunça, e quero que, ao menos por hora, ela relaxe.

— Pode ser.

O maitrê nos leva a uma mesa perto da janela, o lugar é feito em madeira rustica e com iluminação baixa, uma banda de jazz toca no palco do salão, puxo a cadeira para Lara que se senta e agradece. Sento a sua frente e indico que o vinho pode ser trazido.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora