Capítulo 5

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O bebum mais lindo que já vi na minha vida começa a tirar as roupas no banco de trás do carro e um calor sem medida me sobe.

Esse homem não tem vergonha? Mas vergonha do que? Afinal seu corpo é trincado e cheio de músculos, a pele morena até brilha. As pernas torneadas e as coxas maiores que minha cabeça... aliás, os braços dele são maiores que minha cabeça, quantas horas por dia esse monumento passa na academia malhando?

Diminuo a temperatura do ar-condicionado na tentativa de apagar o calor que me consome por dentro. É a primeira vez que um homem me desperta dessa forma, é verdade que meus colegas de faculdade são lindos e uns me deixam babando. Mas nada se compara a esse homem só de cueca branca de pernas abertas e com um volume gigantesco na sua cueca, a cabeça pendendo para trás; e minha santa mãezinha o homem está se esticando todo.

O carro balança e acordo do meu torpor, quase perco a direção do volante por olhar para trás e esquecer de ver a pista a minha frente, por sorte não tem nenhum carro a essa hora. Limpo o canto dos meus lábios com medo de ter babado e mantenho a vista fixa na estrada.

Um som de toque de telefone preenche o carro, observo-o pelo retrovisor, e o bonitão pega o aparelho na calça jogada no chão, ele faz careta e me obrigo a olhar para estrada novamente.

— O que você quer? — pergunta rudemente. — Estou com minha noiva, feliz? — grita e me assusto. Ele vai continuar mantendo essa história de noiva? O quanto esse cara deve estar bêbado? — Não estou mentindo seu velho chato, no final de semana eu te apresento a ela. — Desliga o celular.

— Você é noivo? — A curiosidade me vence e acabo perguntando.

— Agora eu sou! — Na mesma hora me arrependo terrivelmente de ter me dirigido a ele. O gostosão chega para a frente e segura o meu banco, o cheiro de álcool me deixa enjoada. — E você moranguinho será minha esposa.

— Nem pensar, eu nem te conheço! — Fico horrorizada, não é porque ele é o cara mais gostoso que já vi na minha vida que vou cair na dele sem nem um beijinho antes. — E moranguinho? De onde você tirou isso.

— Você cheira à morangos — diz no meu ouvi e inspira com força em meu pescoço.

Sou pega de surpresa com seu ataque e perco o controle da direção fazendo o carro bombear para a direita. O susto me faz gritar e paro o veículo antes que eu bata em um poste de luz ou árvore e mate a nós dois.

O filho da mãe quase causa um acidente e fica rindo feito um louco no banco de trás, enquanto eu luto para recuperar o controle das minhas mãos que não param de tremer e acalmar meu coração.

— Não faça isso, seu maluco! — Bato em sua perna... e que pele macia e firme, como isso pode ser possível?

— Você ficou nesse estado só com um cheiro? — Ele limpa as lágrimas dos olhos e senta novamente.

— Eu nem te conheço! Como ficaria normal com um ataque desses? — Meu sangue ferve, odeio como ele rir de mim.

Não sou uma doce e inocente virgem, mas esse cara está me tratando como uma, e odeio isso.

— Eu acabei de transar com três mulheres, as quais nunca vi na vida. Não vejo motivo para esse desespero. — Ainda tem riso em seus lábios e fico com mais raiva ainda.

— Não me interessa a vida sexual de um depravado!

Tiro o carro do neutro e o coloco de volta na pista, dessa vez decidida a ficar focada e não olhar para o bonitão arrogante no branco de trás que não para de me encarar pelo retrovisor com riso em seu rosto bêbado.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora