Capítulo 27

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Caio não me deixou saber onde seria nossa lua de mel, a única informação que eu tenho é de que será no Rio de Janeiro, não quero ficar longe do meu pai, e por mais que ele esteja bem amparado pela enfermeira e o hospital, eu tenho medo de algo acontecer sem eu estar por perto para o socorrer.

Eu organizei o casamento, mas Caio cuidou da nossa lua de mel, acabou sendo um bom acordo para ambos. Amei nossa cerimonia e a festa, mas agora a única coisa da qual preciso é aproveitar o meu marido sem ninguém por perto e poder acabar com a agonia que me consome por dentro querendo tê-lo somente para mim.

— Fecha os olhos — pede Caio, sentado ao meu lado no banco traseiro de seu carro.

— É surpresa? — Fecho os olhos e fico tentada a espiar.

— Sim então nada de espiar.

— Se eu olhar serei punida?

— Com certeza e para que isso não aconteça... — Um tecido toca a região dos meus olhos. — Vou te vendar, não quero castigar minha noiva em nossa noite de núpcias.

— Você planejou tudo. — Toco no tecido macio da venda.

— Cada detalhe. — Sua voz se torna mais próxima do meu rosto, gosto de como a venda aumenta minha sensibilidade ao Caio.

— Estou ansiosa para saber o que você elaborou. — Tento tocar seu rosto e acerto seu ombro, tateio com calma até sentir os pelos de sua barba em minha mão, e o trago para mim encontrando nossos lábios em um beijo terno.

— Você verá quando chegar a hora — sussurra, antes de distribuir pequenos toques de seus lábios em meus ombros e braços.

Em seguida eu deito a cabeça em seu ombro, enquanto ele acaricia meus braços e beija minha cabeça. Adormeço, enquanto o motorista conduz o automóvel, na tranquilidade da noite.

Desperto e percebo que carro para, ouço quando a porta é aberta, Caio se movimenta no acento puxando minha mão para que eu o acompanhe, com calma deixo o veículo e vou para os braços dele. Encolho-me quando a brisa do mar toca minha pele, ao longe o som das ondas se quebrando na areia da praia.

Caio caminha comigo em seus braços, em silêncio, eu deito a cabeça no seu peito aproveitando a sensação gostosa de confiar em alguém ao ponto de não me importar para onde estou sendo levada, desde que esteja ao seu lado, tudo fica perfeito e sei que estou segura.

Uma porta é aberta e escuto alguém agradecer baixinho, para depois voltar a fechar a porta quando passamos por ela. Minha respiração aumenta ao notar que estamos dentro de um ambiente fechado, e que a brisa do mar não pode mais ser sentida. Caio se abaixa e me deita em uma superfície macia, percebo que se trata de uma cama quando toco a colcha com as mãos.

— Vou despir a minha noiva. — Levanta minha perna e retira o sapato deixando um beijo em meu pé coberto pela meia.

— Posso tirar a venda?

— Ainda não.

— Mas eu quero te ver. — Faço bico, sei que ele não resiste a isso.

— Não adianta me tentar com esse bico — sopra e morde meus lábios.

Solto um grito, caindo na cama enquanto rio do seu ataque.

— Você acabou de recusar a minha arma secreta. — Gargalho.

— Hoje, sou eu quem manda. — Um tapa estala na minha bunda e o riso se perde, dando lugar a excitação. — Vai me obedecer ou terei de te castigar?

— Serei muito obediente. — Abaixo o tom de voz, para um timbre sexy. — O que quer que eu faça?

— Coloque os braços para cima enquanto a aprecio.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora