Um Casamento para o Bilionário

Capítulo 12

Caio dirige rápido pelas ruas do Rio de Janeiro enquanto sinto minha pressão baixando conforme o tempo passa. Meu pai teve outro princípio de infarto enquanto eu jantava e estava longe, me sinto péssima pôr o ter deixado sozinho em um momento delicado como esse.

Que se exploda a faculdade, ou a ideia de trabalhar dirigindo para o Caio, além da sua proposta louca. Vou ficar ao lado de meu pai, até que saia desse hospital, sã e salvo.

— Eu não consigo mais fazer isso. — O choro irrompe e escondo a cabeça entre as pernas.

Medo e frustração invadem o meu ser.

— Seu pai vai ficar bem Lara, a moça disse que foi um princípio de infarto, que foi rapidamente controlado e agora ele está estável. — Sua mão alisa minhas costas, enquanto continuo no meu choro.

Meu peito arde e aperta, não consigo controlar as lágrimas e os soluços. O carro para, e estou prestes a sair quando Caio tira meu cinto de segurança e me puxa para seu colo embalando meu corpo em seus grandes braços.

— Chore o quanto precisar... — sussurra e alisa meus cabelos. Seus lábios beijam minhas lágrimas, enxugando uma a uma enquanto despejo minha dor em seu corpo. — O João é um homem durão e aposto tudo o que eu tenho que nesse momento ele está lutando com todas as forças para voltar para a diamante dele.

Como ele sabe que meu pai me chama assim? Encaro o Caio e ele sorri, apesar de ter lágrimas em seus olhos também. Sua mão desliza em minha coluna, seu gesto me conforta e ajuda a aliviar minha dor. Fungo três vezes tentando recuperar a voz.

— Como você sabe... — murmuro baixinho e pigarreio limpando a garganta. — Que ele me chama assim?

— Eu quero me casar com você Lara, não somente porque preciso disso e te acho uma das mulheres mais lindas que já conheci. — Seu dedo alisa meu maxilar e bochecha pousando no meu pescoço. — Eu sei que você será perfeita para esse papel, pelo jeito que seu pai fala de você, sempre que tem oportunidade e o quanto ele se orgulha de seu diamante.

— O que ele diz? — Fungo.

— Não pense que é só elogios, ele também gostava de desabafar quando vocês brigavam, lembro de uma briga que vocês tiveram quando ele deixou a toalha molhada em cima da cama, e por isso você teve de colocar o colchão sozinha para fora. João disse que ficou com tanto medo de você depois daquilo que nem roupa suja ele deixa no chão. Contou que você tem mania de organização.

Caio ri e tenho vontade de o acompanhar.

— E você ainda quer casar comigo? — brinco com um fundinho de verdade, ainda é difícil acreditar que esse homem me quer como sua noiva.

— Você é dedicada, obstinada e um pouco maluca. — Bato no seu peito o fazendo rir. — Você tem um ar de inocência, que me deixa um pouco confuso.

Dou um sorriso.

— Confuso?

Ele acena e acaricia meu cabelo. Caio me olha com admiração e sinto meu coração bater alto e forte.

— Sim, pois você é uma mulher tão cheia de energia, no entanto me passa certa tranquilidade, além de me deixar completamente maluco, pois eu sei, que você Lara, não é o tipo de se arriscar, ou sair por aí curtindo a vida, só pelo fato de ser jovem e linda. Eu admiro isso em você.

Eu olho para baixo, e aceno.

— Eu sou chata, essa é a verdade!

Caio segura meu rosto.