Capítulo 33

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Acordo e vejo um par de olhos castanhos claros me encarando, com um sorriso no rosto. Seus lábios descem de encontro aos meus em um beijo terno. Nos separamos e sou banhada por seu sorriso.

— Bem-vinda de volta, moranguinho! — Ele cheira meus cabelos, cheio de amor.

— Você. — Toco seu rosto procurando por ferimentos, uma tipoia no braço direito é a única coisa que encontro. — Caio... — Minha voz embarga quando o puxo novamente para mim e um chute poderoso chama minha atenção abrindo as comportas do meu choro. — Meus bebês! — soluço segurando minha barriga e aproveitando a festa que os gêmeos fazem.

— Tudo bem Lara. — Ele beija meu rosto e segura minha mão acariciando nossos filhos no meu ventre. — Você conseguiu proteger nossos bebês, eles estão bem, e saudáveis. — Sua voz é mansa, derrama carinho, enquanto ele me embala em seu peito.

— Eu fiquei com muito medo — confesso, tentando me acalmar.

— Eu sei, desculpe-me por ter demorado — pede e beija meus cabelos.

— A Luísa...? — Não tenho coragem de terminar a pergunta.

— Ela levou um tiro no abdome e um no ombro, precisou de cirurgia, e agora descansa no quarto, com a família cuidando dela.

— Alguém morreu?

— Alguns seguranças que foram pegos na explosão, quando abriram a porta, no total foram três.

— O que aconteceu? — pergunto, com um nó na garganta.

Sinto o coração pesar pela morte daquelas pessoas que deram suas vidas para me manter em segurança. Nunca serei capaz de esquecer o sacrifício deles.

Caio me conta sobre como o Pablo envenenou o avô dele e ameaçou o Salvatori — que prestou depoimento para a polícia contando sobre os esquemas ilegais que ele descobriu do Pablo, e quando o confrontou o e ameaçou contar a polícia, o Pablo fez a ameaça contra o Caio, e jurou nunca tocar na Marieta apenas por ela ser sua irmã.

Após confessar a polícia e entregar a eles provas dos esquemas de corrupção, e ameaças feitas pelo Pablo, o Salvatori foi ao encontro do Caio contar a verdade ao filho.

— Nos choramos feito duas crianças. — Os olhos dele brilham pelas lágrimas contidas. — Eu entendo o que o meu pai fez, e o amo mais ainda agora. — Caio solta um riso. — Não me sinto mais culpado por ter dito aquelas coisas, o Salvatori disse que a intenção dele era fazer com que eu o odiasse, e ficasse longe dele para a minha segurança, que apesar da vergonha, e do medo, ele se sentiu orgulhoso por eu não ter ido por um mal caminho, mas ter conseguido abrir minha empresa e casado com a mulher que amo.

— Ah Caio, fico muito feliz em saber disso. — Aliso suas bochechas.

— No dia do meu casamento ele ficou com vergonha, e por isso agiu daquela forma, o Pablo tentou impedir dele ir, mas meu pai não conseguiu e precisava estar presente naquele momento. Na abertura da empresa ele só levou aqueles dois por ameaça do Pablo, que queria ver o que eu construí e se o Salvatori o levasse sem escândalos ele não iria intervir nos meus negócios.

— Agora as coisas fazem sentido, no fim o Salvatori só fez te proteger.

— Todo esse tempo. — Caio beija minha testa. — Fizemos as pazes e daqui a pouco ele chega para te visitar. E por falar em pai... o seu quase monta acampamento do lado de fora. — Dou risada com meu marido. — Vai ficar tudo bem agora.

— E o Jairo? Estava envolvido nas coisas do pai?

— Mais do que pensávamos, o desgraçado começou a traficar com a ajuda do pai, usavam os aviões de testes da Conti para fazerem a rota de voo e poderem entregar as drogas. Foi ele quem ordenou o ataque ao apartamento, quando cheguei para te salvar, o filho da puta atirou em mim e o Alexander nele.

— Ele morreu? — indago, com medo da resposta.

— Não, vai ficar preso pagando pelos crimes, o Alexander não deixou que eu o matasse e atirou em pontos não vitais, porém ele ainda está no hospital, sob vigilância.

— Alexander é um mafioso, e nada vai mudar o fato de que acredito nisso.

— Um mafioso do bem. — Rimos.

— E os bebês? — Senti-los se mexerem dentro de mim, dá a certeza de que nada de ruim aconteceu com meus pequenos.

— Sua médica já te examinou e apesar da perda de sangue, você não desenvolveu anemia, embora precise tomar cuidado na alimentação para não ficar doente. Daqui a pouco ela disse que viria examinar novamente nossos pequenos para saber se está tudo bem, e com sorte veremos o sexo, e ouviremos as batidas dos corações deles.

— Vão dar esse presente a mamãe corajosa de vocês? — pergunto fazendo voz infantil e ambos respondem me chutando.

— Bom dia mamãe! — A doutora Zuleide entra sorrindo. — Pronta para nosso exame?

— Sim. — Sorrio de volta para ela. Todo o medo que senti no ataque, se dissipou ao ver que meus bebês e marido estão seguros.

Uma enfermeira e outro funcionário entram, trazendo um equipamento para o exame, eles preparam tudo e se retiram em seguida.

A médica passa o gel na minha barriga, e batidas ritmadas de coração preenchem o quarto quando a imagem dos meus pequenos aparece no monitor.

— Agora sim, estão vendo isso aqui? — Aponta para algo, consigo perceber com mais precisão as formas deles.

— Então? Dá para saber o sexo? — Caio levanta e faz careta, tocando o meu ombro.

A médica sorri.

— Aqui, temos um menino — diz, olhando a tela, com a mão livre ela digita alguma coisa. — Na verdade, o maiorzinho é um menino e o menorzinho... uma menina — completa.

Meus olhos nublam, olhando para as minhas joias preciosas e para o meu marido que sorri bobo para mim.

— É um casal — digo chorosa.

— Vai vestir eles iguais agora? — Caio pergunta me caçoando.

— Com toda a certeza.

Beijo meu amor, rindo feliz e realizada pela nossa vitória.  

E tudo acaba acaba bem

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E tudo acaba acaba bem... Espero que tenha gostado, afinal foram três 3 capítulos para vocês, hoje. Semana que vem eu retorno com o capítulo final e também estou preparando a apresentação de personagens para o livro do Alexander. Alguém ansioso aí para conhecer o nosso mosqueteiro mais misterioso???

Bjs no coração.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora