Capítulo 21

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Os três já estão aqui, não tenho para onde fugir.

— Agora conte! — William já chega louco para ouvir as "fofocas", esse curioso.

— Vamos para o escritório.

Não espero pela resposta deles e sigo para o meu escritório com os três atrás de mim, Alexander o único que já tem noção da merda em que me envolvi, caminha assobiando como se cantasse a marcha da minha desgraça. Heitor e William fazem aposta sobre o que aconteceu.

— Milzinho que ele engravidou alguém — Heitor diz.

— Dez mil que o pai vai deserdá-lo por não aguentar as farras do Caio.

— Eu apostaria cem mil nas duas alternativas. — O safado do Alexander diz.

— Se vocês errarem eu ganho os cem mil só pela zoação — acentuo e entro no escritório, sento em minha cadeira, enquanto eles se sentam sofá, sendo Alexander na poltrona.

— Você não pode dar palpite. — William coloca um dedo na boca, me mandando ficar calado.

— Vamos lá, apostas finais? — Alexander se inclina e fingi anotar em um papel na sua mão. — Heitor continua com a aposta da gravidez?

— Sim e dobro o valor, aposto que a mulher quer obrigar ele a casar para assumir a criança. — Joga a carteira em cima da mesa.

— Permaneço achando que é o pai irritado com o Caio, por ser um cafajeste. — William joga a carteira na mesa. — Ou será que o pai descobriu aquele plano de casamento por contrato?

Maldita hora que abri minha boca sobre isso, no dia do casamento do Heitor.

— Como eu já sei uma parte — admite Alexander. — Vou apostar no que ainda não sei, Caio engravidou alguém, provavelmente alguma mulher importante, ela quer casamento, e o pai dele ficou sabendo e agora quer o deserdar por ser inconsequente. — Joga a carteira na mesa.

Faço careta sem acreditar que eles estão se divertindo com a minha desgraça, não que a Lara e o meu bebê sejam algo ruim, eu estou feliz por os ter na minha vida, e não mudaria nada do que aconteceu no caminho até aqui para ter esses dois.

O lance com o meu pai que continua sendo uma puta desgraça fodida.

— E então, quem leva a grana? — Heitor pergunta.

— Nenhum dos três idiotas. — Encosto na cadeira e fecho os olhos. — Vou contar o que aconteceu por partes então prestem atenção.

— Desembucha Caio! — William joga uma bolinha de papel em mim. — Tenho hora para voltar, não sou um desavergonhado como você.

— Você virou um cachorrinho para sua esposa — digo, logo me arrependo, sabendo que a zoação voltará para mim em instantes.

— Ao menos eu tenho uma esposa que me ama, e eu adoro ser o cachorrinho dela! — O sem-vergonha nem esconde o sorriso.

— Por falar nisso, fale logo, a qualquer instante Letícia me chama para ir embora. — Heitor fala e resolvo acabar com a espera.

— A verdade é que o meu pai realmente cansou do meu estilo de vida. — Antes que eles comemorem, eu faço um sinal com a mão pedindo calma. — Esperem, não é o que vocês pensam. Armaram para mim, infelizmente eu não percebi e, enquanto viajava, meu pai foi envenenado, e alguns funcionários me traíram, espalharam boatos sobre atitudes que nunca tive no trabalho.

— Seu pai já odiava o fato de você não ter relacionamento sério — lembra Heitor.

— Ele deve estar além de puto — complementa William.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora