Capítulo 13

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— Lara? — Uma voz baixa me chama vencendo o sono que luta em me manter dormindo mais um pouquinho.

— Hum?

— Seu pai acordou. — Desperto em um pulo procurando pelo meu pai que está deitado em seu leito, olhando para mim e o Caio, ainda deitados abraçados.

— Paizinho! — Pulo por cima do Caio e seguro o rosto do meu pai o enchendo de beijos enquanto sua expressão suaviza. — Eu fiquei com tanto medo. — Não sei se posso o abraçar, então me contenho e seguro seu rosto e inspeciono para ver se está tudo bem com ele.

— Estou bem, meu diamante. — Sua mão treme subindo ao meu rosto e a cubro com a minha. — Não precisa chorar.

— Isso foi o que ela mais fez nos últimos dias. — Caio surge ao meu lado e segura meu ombro, sento na cama do meu pai sem forças nas pernas de tamanha felicidade por ele ter recobrado a consciência.

— Como isso aconteceu? — Meu pai aponta entre mim e o Caio.

— Ele tem me ajudado a aguentar firme. — Aperto a mão do Caio, não minto quanto a isso se não fosse por ele eu estaria perdida. — Conseguiu sua internação nesse hospital e tem me mantido alimentada.

— Obrigado por isso ... Caio — Meu pai estende a mão trêmula para ele.

Caio a segura com delicadeza e sorri para o meu paizinho.

— O senhor sempre cuidou de mim, desde que passou a ser o meu motorista, nunca o deixaria desamparado, e ao seu diamante.

Enxugo o canto dos olhos, tocada pela sinceridade do Caio. Ele também estava preocupado e fora a proposta de casamento, já percebi que as coisas para ele andam difíceis, e mesmo assim ele conseguiu tirar tempo para cuidar do meu pai e de mim.

— Agrada-me saber que o senh... que você está cuidando da minha filha — Meu pai suspira, e fico preocupada ele levanta a mão, indicando que não foi nada. — Estou bem, somente um pouco tonto.

— Vou chamar a enfermeira. — Caio sai sem esperar resposta.

— Que dia é hoje?

— Terça.

— O que está fazendo aqui? Você tem uma prova... — Ele tenta se sentar sozinho, e começa a tossir, empurro seus ombros contra o colchão para que se apoie.

— Eu vou fazer reposição, não teria cabeça para estudar, com o senhor desse jeito, pai. — Seguro sua mão.

— Seus estudos devem ser prioridade.

— Nada é mais importante que o senhor, e pare de ser teimoso — declaro, fingindo estar zangada.

— Bom dia! — A enfermeira entra na sala com um sorriso radiante, Caio a acompanha e só então percebo seu estado.

A camisa amassada e o tênis mal amarrado nos pés, os olhos avermelhados, o cabelo bagunçado, como se não visse um pente há dias. E mesmo cansado, ele continua aqui, é muito difícil não amolecer ao perceber o seu empenho e preocupação com meu pai.

— Bom dia — cumprimento a enfermeira. — Ele acordou faz pouco tempo tem tossido e está cansado.

— É esperado que ele fique cansado, devido ao coração não está operando em 100%, e enfraquecido. Isso afeta a respiração e as reservas de energia do corpo. Após a cirurgia, vai melhorar aos poucos, claro que vai precisar de repouso total e fisioterapias para se recuperar.

— Quanto tempo ficarei sem trabalhar? — pergunta e percebo sua preocupação.

— O quanto for preciso — responde Caio, severamente. — Nem pense que o deixarei dirigir nesse estado.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora