— Lara? — Uma voz baixa me chama vencendo o sono que luta em me manter dormindo mais um pouquinho.
— Hum?
— Seu pai acordou. — Desperto em um pulo procurando pelo meu pai que está deitado em seu leito, olhando para mim e o Caio, ainda deitados abraçados.
— Paizinho! — Pulo por cima do Caio e seguro o rosto do meu pai o enchendo de beijos enquanto sua expressão suaviza. — Eu fiquei com tanto medo. — Não sei se posso o abraçar, então me contenho e seguro seu rosto e inspeciono para ver se está tudo bem com ele.
— Estou bem, meu diamante. — Sua mão treme subindo ao meu rosto e a cubro com a minha. — Não precisa chorar.
— Isso foi o que ela mais fez nos últimos dias. — Caio surge ao meu lado e segura meu ombro, sento na cama do meu pai sem forças nas pernas de tamanha felicidade por ele ter recobrado a consciência.
— Como isso aconteceu? — Meu pai aponta entre mim e o Caio.
— Ele tem me ajudado a aguentar firme. — Aperto a mão do Caio, não minto quanto a isso se não fosse por ele eu estaria perdida. — Conseguiu sua internação nesse hospital e tem me mantido alimentada.
— Obrigado por isso ... Caio — Meu pai estende a mão trêmula para ele.
Caio a segura com delicadeza e sorri para o meu paizinho.
— O senhor sempre cuidou de mim, desde que passou a ser o meu motorista, nunca o deixaria desamparado, e ao seu diamante.
Enxugo o canto dos olhos, tocada pela sinceridade do Caio. Ele também estava preocupado e fora a proposta de casamento, já percebi que as coisas para ele andam difíceis, e mesmo assim ele conseguiu tirar tempo para cuidar do meu pai e de mim.
— Agrada-me saber que o senh... que você está cuidando da minha filha — Meu pai suspira, e fico preocupada ele levanta a mão, indicando que não foi nada. — Estou bem, somente um pouco tonto.
— Vou chamar a enfermeira. — Caio sai sem esperar resposta.
— Que dia é hoje?
— Terça.
— O que está fazendo aqui? Você tem uma prova... — Ele tenta se sentar sozinho, e começa a tossir, empurro seus ombros contra o colchão para que se apoie.
— Eu vou fazer reposição, não teria cabeça para estudar, com o senhor desse jeito, pai. — Seguro sua mão.
— Seus estudos devem ser prioridade.
— Nada é mais importante que o senhor, e pare de ser teimoso — declaro, fingindo estar zangada.
— Bom dia! — A enfermeira entra na sala com um sorriso radiante, Caio a acompanha e só então percebo seu estado.
A camisa amassada e o tênis mal amarrado nos pés, os olhos avermelhados, o cabelo bagunçado, como se não visse um pente há dias. E mesmo cansado, ele continua aqui, é muito difícil não amolecer ao perceber o seu empenho e preocupação com meu pai.
— Bom dia — cumprimento a enfermeira. — Ele acordou faz pouco tempo tem tossido e está cansado.
— É esperado que ele fique cansado, devido ao coração não está operando em 100%, e enfraquecido. Isso afeta a respiração e as reservas de energia do corpo. Após a cirurgia, vai melhorar aos poucos, claro que vai precisar de repouso total e fisioterapias para se recuperar.
— Quanto tempo ficarei sem trabalhar? — pergunta e percebo sua preocupação.
— O quanto for preciso — responde Caio, severamente. — Nem pense que o deixarei dirigir nesse estado.
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Um Casamento para o Bilionário
RomantizmCaio Conti, um mulherengo nato. Leva a vida de maneira leve e divertida. Porém é muito responsável quando se trata sobre a empresa de sua família. Ele se preparou a vida toda, para tomar conta dos negócios e sabe que é o melhor a assumir o cargo. Só...