Capítulo 6

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Acordo com uma puta dor de cabeça e o celular vibrando em cima da mesa, a claridade das janelas me deixando cego por um momento. Cubro os olhos com a palma da mão e me sento percebendo que estou no sofá do meu apartamento. Minha garganta arranha e a sede é infernal, como se eu tivesse passado dias sem ingerir uma gota de água.

Bebi muito ontem à noite e não lembro de quase nada do que aconteceu, exceto por uma morena de olhos castanhos e cheiro de morango.

Recordo com precisão a vontade que senti de morder aquele pescoço tentador, o jeito como ela suava na minha presença. Seus olhos me encaravam com luxuria e curiosidade pelo retrovisor do carro.

O toque do meu celular continua chamando minha atenção e o pego em cima da mesinha, o nome do Alexander aparece na tela e atendo seu chamado bufando.

— O que foi? — Minha voz sai rouca e pesada.

Levanto e vou ao banheiro, estou quase explodindo de vontade de mijar, olho meu corpo e percebo que estou de calças, embora eu tenha lembranças de ter retirado a roupa na noite passada, o cheiro de sexo ainda impregnado em minha pele. Não lembro quem é a responsável por isso, com certeza não é a moranguinho.

— Chegou vivo em casa? — pregunta, não deixo de notar a diversão em seu tom de voz.

— Se atendi sua ligação é sinal que cheguei. — Puxo meu pau para fora e me alivio.

Porra como é bom fazer isso.

— Espero que esse som não seja você mijando enquanto fala comigo.

— Como se eu nunca tivesse feito isso na sua frente.

Coloco o aparelho no viva voz e removo minhas calças, olho pelo espelho e noto os arranhões em minha pele, e um chupão em meu peito. Assim, recordo, vagamente, das três mulheres que comi. Realmente, elas me comeram com força, enquanto eu as devorava. Gosto assim, sexo sujo e bruto, desse que deixa marcas, e mesmo com o esquecimento do álcool no dia seguinte, eu sei que me divertir bastante.

— Seu porco imundo, tenha respeito.

— Não sei o que é isso — respondo.

Ligo o chuveiro e começo a tomar um banho, aproveito a água e lavo a boca tirando um pouco da sensação de areia da garganta. Alexander rir do outro lado e fala com outra pessoa, não entendo o que eles dizem.

— A mulher que foi te buscar ontem, você a conhece? Meus homens os seguiram de longe para garantir que você não sofresse nada.

— Obrigado pelo cuidado, mas aquela coisinha preciosa não conseguiria fazer nada comigo — começo a me ensaboar, deixando o delicioso cheiro de sexo ir embora.

— Tenho minhas dúvidas, você estava seriamente bêbado, como se deixou levar daquele jeito? — Desta vez Alexander fala com seriedade.

— Estava precisando beber e sabia que na Mansão ninguém me faria mal, principalmente com você por perto.

— Você sabe que as festas possuem regras e você não é uma exceção, na próxima que quiser encher a cara diga que bebemos em particular, mas nunca mais passe dos limites, ou terá sua entrada proibida — adverte.

Alexandre está certo, eu passei da conta ontem e por mais bêbado que estivesse se alguém quisesse infringir a regra do consentimento comigo teria o feito sem muita resistência.

Por sorte meu amigo com ar de mafioso é o dono daquele lugar e ninguém ousaria tocar em mim ou no William e Heitor, além do mais, a fama de Alexander o precede. Ninguém, em sã consciência, ousaria desobedecer as regras da Mansão Eros.

Um Casamento para o BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora