CAPÍTULO 46

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No meio da semana Margarete estava na cozinha fazendo alguma coisa para comer. O Will havia acordado e saído cedo para trabalhar. Ela estava sozinha quando o telefone tocou. Com dificuldade, ela foi até o quarto atender a ligação insistente.

Quando ela viu o nome que apareceu na tela do celular desacreditou do que estava vendo. Ficou eufórica e seu coração acelerou.

– Meg? – Perguntou a voz do outro lado da linha.

– Sim. É você, Digo? – Confirmou ela. Fazia muito tempo que eles não se falavam.

– Sim, Meg. Você está bem? – Perguntou ele aflito.

– Sim... quer dizer, mais ou menos. – Disse ela que não estava bem de forma alguma.

– Encontrei a Vanessa na rua ontem e ela disse que você não está passando bem. Ela falou alguma coisa em relação à gravidez. – Rodrigo havia prometido para si mesmo que deixaria a Meg em paz para viver o relacionamento dela com o Will, entretanto, quando soube do que estava acontecendo não conseguiu se segurar. Precisava saber como ela estava. Precisava se certificar de que ela estava bem.

– É. Não ando muito bem. Mas, como a Ness sabe disso? Não a vejo tem um tempo. – Perguntou Meg sem entender.

– Eu não sei. Ela não me disse e eu não perguntei, porque acreditei que vocês mantinham contato frequentemente. – Respondeu Rodrigo desentendido.

– Não. Depois que engravidei e comecei a ter náuseas e tonturas não tive mais muito contato com ela. Fico só em casa e ninguém quer ter uma pessoa assim como companhia, não é mesmo? – Disse Meg que entendia o distanciamento das pessoas.

– Não fala besteira, Meg. É claro que você continua sendo uma ótima companhia. Eu não sabia que você estava passando mal. Senão teria entrado em contato antes. – Disse Rodrigo chateado consigo mesmo por não ter verificado como sua amiga estava. Ficou tão preocupado em não atrapalhar o relacionamento dela com o Will que nem pensou que ela poderia estar precisando dele naquele momento tão delicado.

– Você só fala isso porque não viu como estou. – Disse ela ciente da sua deficiência em ser agradável com tanto mal-estar.

– E como você está? – Indagou ele preocupado.

– Já tive dias melhores. – Foi o que ela respondeu desanimada.

– Onde você está? – Perguntou ele pensando em ir visitá-la.

– Estou no apartamento do Will. A minha médica pediu para eu fazer repouso e, sendo assim, tive que me afastar do trabalho. – Disse ela se olhando no espelho do guarda-roupa em frente à cama onde ela estava sentada, vendo o quanto ela estava horrível.

– Tá certo. O Will vai almoçar com você? – Questionou ele para não ir visitá-la quando o Will estivesse lá. Não queria arrumar ainda mais problemas para ela.

– Não. O trabalho dele é muito corrido e ele não tem tempo de almoçar comigo. – Respondeu ela compreensiva.

– Você se importa se eu for te ver? – Perguntou ele ansioso em ver a Meg.

– Claro que não. Mas te aviso que não estou nada apresentável. – Disse ela arrumando uma mecha do seu cabelo que caiu no rosto.

– Você sempre vai estar apresentável pra mim, Meg. Você sabe que é linda de qualquer jeito. – Disse ele sinceramente.

– Tá. Você é quem diz. – Aceitou ela sabendo que ele continuaria a mentir para deixá-la bem.

– Você quer que eu leve algo pra você? Quer comer alguma coisa? – Se prontificou ele olhando no relógio para ver quanto tempo faltava para o horário do almoço.

Seria Acaso ou Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora