CAPÍTULO 39

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No dia seguinte marcaram uma consulta com a ginecologista que fez um ultrassom indicando que a Meg estava de quatro semanas. Já dava para ouvir o coraçãozinho bater e ver ele se mexer. Era uma sensação incrível. Saber que uma vida crescia dentro dela. William ficou muito emocionado. Queria saber se era menino ou menina, mas a médica lhe informou que ainda era muito cedo para determinar. Disse que teriam que esperar mais alguns meses antes de poderem saber com certeza. Independente disso ele estava extasiado. Seria pai. Que maravilha. Agora estavam unidos por um fator em comum que jamais os desconectaria.

Will estava contente com a perspectiva de ter um filho. Ele também adorava crianças. E ter Meg como mãe dele era seu sonho. Meg queria voltar para a casa dela a fim de poder ter um pouco de paz e digerir aquela informação que mudaria sua vida para sempre. Queria pensar sem a intromissão de ninguém. Entretanto, Will negou e disse que não a deixaria sozinha de forma alguma. Aquele filho era dele também e ele queria ter certeza de que ambos, mãe e filho, estariam bem. Ela entendia a posição dele e também concordara que seria bom ter alguém por perto.

Meg, ao ver a reação do Will e a forma como ele a estava tratando, com tanto amor e carinho, amoleceu o coração e já não pensava com pesar na situação. Estava feliz em ser mãe e de ter Will como pai. Ele errara muito, todavia, quem não erra? Ela tinha mais um motivo para dar uma nova chance para ele se redimir. Agora eram uma família.

Will queria adiantar o casamento, mas Meg não quis. Disse que queria esperar a criança nascer. Não queria tomar decisões precipitadas impulsionada pela felicidade da gravidez.

– Como foi na consulta? – Perguntou Vanessa empolgada. – De quanto tempo você está? Como o Will reagiu? – Ela estava até mais eufórica que os próprios pais. Naquele dia ela acabou encontrando alguns amigos passeando no shopping e avisou a Meg e o Will que não precisavam se preocupar com ela. E assim o casal foi embora.

– O Will está sendo um fofo. Não me deixa sozinha, sempre preocupado, verificando se eu preciso de alguma coisa.

Meg não contara para a Vanessa o que ocorrera antes da notícia. Não importava naquele momento. E ela queria esquecer aquilo.

– Que bom! Ai... o bebê de vocês vai ser tão lindo! – Disse Ness sonhadora. – Vocês já pensaram em um nome?

– Não, ainda não. Queremos saber o sexo primeiro. – Disse Meg passando a mão institivamente no ventre, acariciando o bebê.

– Tá. Mas você não tem nenhuma ideia se for menino ou se for menina? Nenhum nome em mente? – Insistiu Vanessa que estava pensando em mil nomes possíveis.

– Não. Não parei pra pensar muito no assunto. – Respondeu Meg distraída.

– Você não brincava de boneca? Qual nome você dava pra elas? – Vanessa precisava ouvir pelo menos uma ideia de nome senão iria pirar.

– Ah... Não sei... Acho que as chamava de Catarina. Não recordo muito bem. – Informou Meg viajando no tempo.

– Catarina é lindo!! – Aprovou Ness. – E se for menino? – Insistiu mais uma vez.

– Não sei. Gosto de Arthur. Mas o Will gosta de Douglas.

– Arthur é lindo!! Eu prefiro. – Opinou Vanessa satisfeita.

– É. Eu também acho. Me parece um nome imponente. Como o Rei Arthur. – Observou Meg pensativa.

– É. Arthur é um nome forte. Muito bom!! – Apoiou Vanessa apaixonada pelo nome. – E vocês já começaram a comprar o enxoval? – Perguntou interessada.

– Não. Ainda não. Queremos saber se vai ser menino ou menina primeiro. Pra comprar azul ou rosa ou lilás ou verde. Nem sei. São tantas opções.

– Mas você não fica com vontade de comprar nada quando vê aquelas lojas de roupas para bebê? – Indagou Vanessa pensando na quantidade de opções de boris, de casaquinhos, de macaquinhos. Enfim, tudo para bebês.

– Sim. É claro que tenho. Contudo, vou esperar porque as roupas unissex não são tão bonitas. Eu as acho muito sem graça. Enquanto que as outras específicas para menino ou menina são encantadoras. Os babadinhos nas roupinhas de menina são tão lindos! – Comentou Meg pensando nos modelos que viu nas lojas e na internet.

– Isso é verdade. Tenho que concordar. Mas é que estou tão empolgada. – Disse Vanessa eufórica. Sua amiga ia ter um bebê!!

Meg precisava contar a novidade para o Rodrigo. Estava tão feliz. Toda a insegurança do início se dissipou e o que ficou foi a alegria e a empolgação.

– Alô? Digo? – Disse Meg quando o telefone foi atendido.

– Não. – Respondeu uma voz infantil.

– Biel? – Perguntou Meg para confirmar.

– Sim. Quem é? – Perguntou o menino curioso.

– É a tia Meg. Lembra de mim?

– Tia Meg!! Lembo sim. – Disse a voz tão encantadora. – Você não foi mais nas aventulas. Po que? – Inquiriu ele sentido.

– Ah, meu querido. A tia teve alguns problemas e não deu para ir. Mas prometo que vou na próxima. Combinado? – Propôs chateada por ter decepcionado o afilhado.

– Cobinado!! – Aceitou Gabriel feliz da vida. Ele gostara muito da Meg e sentia sua falta. No entanto, o pai dele não explicava direito o porquê de não poder chamá-la. – Vou falá pala o papai. – Disse o menino empolgado. – Papai, papai, a tia Meg disse que vai na poxima aventula. – Informou ele após correr até o pai que estava no sofá lendo jornal.

– Ah é? Disse? Quando? – Perguntou Rodrigo sem saber que a Meg estava aguardando na linha do telefone.

– No telefone. – Informou o menino como se fosse a coisa mais evidente do mundo.

– Ela ligou? – Questionou Rodrigo indo pegar o celular.

– Ligou. Ela falou aí. – Disse apontando para o celular.

– Alô? – Falou Rodrigo incerto.

– Alô. Rodrigo? É você? – Perguntou Meg do outro lado.

– Sim. Meg? – Confirmou ele se sentando novamente no sofá.

– Sim. Sou eu.

– Que bom! Não acreditei quando o Biel me falou. Ele fala tanto em você que fica difícil saber. – Disse ele passando a mão no cabelo para arrumar uma mecha que caiu no olho.

– Ele fala? – Perguntou Meg em um misto de alegria e tristeza por ter deixado de procurar ele.

– Fala. Fala muito. Todo dia. – Disse Rodrigo olhando com carinho para o rosto ávido na sua frente.

– Me desculpe. Eu deveria ter ligado. Deveria tê-lo visto. – Meg estava arrasada por saber que estava negligenciando o afilhado novamente.

– Não. Tá tudo bem. Ele entende. Não é, garotão? – Perguntou se dirigindo ao filho fazendo carinho no seu cabelo.

– Mesmo assim. Eu errei. Mas prometo que vou quando você quiser que eu vá. – Disse ela insegura sem querer se precipitar como sempre fazia se convidando.

– Você está de brincadeira? Se eu quiser? É claro que eu quero. – Disse Rodrigo espontaneamente animado.

– Quem bom! Sendo assim, quando podemos marcar? – Perguntou Meg morrendo de vontade de ver o Gabriel.

– Você pode esse sábado? – Indagou ansioso?

– Posso. Para onde vamos? – Perguntou Meg interessada.

– Você vai decidir. – Afirmou ele convicto.

– Ah não. Não vale. Eu escolhi da outra vez. – Se esquivou Meg sem saber onde poderiam ir.

– Por isso mesmo. Foi incrível no aquário. O Biel ficou tão empolgado. Fala da "aventura no fundo do mar" todo dia. – Disse Rodrigo lembrando da carinha feliz do filho ao falar dos peixes que viu.

– Bom... Se é assim... Preciso pensar um pouco. – Meg parou de falar enquanto pensava. – Vocês já foram no zoológico? – Perguntou na expectativa.

– Nossa! É verdade! Como não pensei antes?! O Biel vai adorar! – Confirmou Digo já pensando no passeio.

– Que bom que a ideia agradou. – Disse Meg satisfeita por ter acertado novamente.

Margarete ficou tão entretida falando do Gabriel que esqueceu e acabou desligando sem dar a notícia. 

Seria Acaso ou Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora