O dia em que fui no Labirinto do Terror

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Março de 1993

- Que música era aquela? - eu perguntei a Han Jisung, após ter invadido seu quarto.

- Do que você tá falando?

- Não se faça de doido! Eu entrei na sua casa ontem e ouvi você tocando uma música que falava alguma coisa sobre esconder sentimento. Então me fala agora, que sentimento é esse que você tá escondendo? - eu me aproximei dele falando cada vez mais alto.

- Quando você entrou na minha casa? - se sentou na cama, incrédulo.

- Não é isso que importa agora. Responde minha pergunta, Han Jisung. - apontei o indicador para ele.

- Você quer saber mesmo? - ele levantou.

- Quero.

- Tem certeza?

- Sim.

- Absoluta?

- Porra, fala logo! - me estressei, fazendo gestos com as mãos.

- Tá bom, então! Eu gosto de você, é esse o sentimento que eu quero esconder! Pronto, falei, caralho! - se sentou na cama, bufando de raiva, com os braços cruzados e as sobrancelhas franzidas.

Eu estava estático, parado no mesmo lugar com os olhos do dobro do tamanho e ainda na mesma posição.

- Não vai falar nada? - perguntou Han Jisung, impaciente.

- E-eu... - tentava formular alguma resposta, mas meu cérebro estava vazio.

- Se for me dar um fora, é só sair do meu quarto que eu entendo o recado. - foi até a porta, abrindo-a. - Anda, vai! Tem passe livre. - apontava pro lado de fora.

Fui até o local, o vendo engolir em seco. Olhei dentro de seus olhos e o puxei para um beijo pela gola de sua camisa.

Prensei nossos lábios em um beijo estalado.

- Eu também. - falei quando nos desgrudamos.

Han Jisung sorriu e com habilidade passou uma mão por minha cintura e com a outra ele fechou a porta e trancou-a.

Voltamos a nos beijar. Nossas bocas se encaixavam de um jeito tão impressionante, parecia que foram feitas uma para a outra. Nossas línguas deslizavam com agilidade e eu me perdia nas sensações gostosas que aquele contato me causava.

Quando vi, eu já estava caindo sobre a cama de Jisung.

Ele se colocou de pé na minha frente e começou a desabotoar sua camiseta do uniforme. Botão por botão. Me causando uma agonia e ansiedade desnecessária. Han Jisung era mal, muito mal.

Quando finalmente ele retirou aquele tecido, passando por seus braços torneados, minha boca chegou a salivar com a visão de seu torso desnudo.

Eu ia me levantar para tocá-lo, beijá-lo, fazer tudo que me era de direito, mas Jisung não deixou.

Me empurrou de volta para a cama e voltou a torturar-me. Dessa vez, com sua calça.

Abriu o botão em uma lentidão, que uma tartaruga seria mais rápida. Com o zíper foi da mesma forma.

Apoiei-me sobre os cotovelos para assistir aquela cena de camarote com visão em HD. O tecido lentamente foi deixando seu corpo e caindo até o chão. E eu acompanhei todo seu movimento.

Talvez se na minha prova de física caísse uma questão assim: "calcule a inércia que uma calça sofre ao se deparar com o chão, após ser retirada de um corpo magnífico em um momento de pura tensão sexual", eu provavelmente saberia responder.

Coração Desastrado - MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora