Maio de 1993
Da mesma maneira que Hyo Joo entrou no quarto de repente, ela também saiu, batendo a porta atrás de si.
Eu e Jisung nos encaramos com olhos arregalados, demorando um segundo pra raciocinar e entender que tínhamos que ir atrás dela.
Me empurrou pro lado e se retirou debaixo de mim, ajeitando as roupas e os cabelos mais ou menos com as mãos e prontamente saiu do quarto.
Eu ainda fiquei sentado na cama por um tempinho, pra poder acalmar os ânimos (se é que me entendem...), mas por a porta ter ficado entreaberta, pude ouvir o que acontecia do lado de fora.
- Noona! Me escuta - Jisung pediu.
- Eu só queria gravar o filme que tá passando na Tela Quente... - ela dizia, com a voz ainda meio perplexa.
- Joo... - Han chamou, com a voz carinhosa. - Por favor, não conta a ninguém.
- Porra, Jisung! Você... porra!
Houve um momento de silêncio, foi quando eu decidi sair do quarto.
Ao caminhar pelo curto corredor e chegar na sala, vi que Hyo Joo estava sentada no sofá, com os cotovelos apoiados nas próprias coxas e as mãos sustentando a cabeça que estava baixa, ela encarava os próprios pés que tremulavam no chão.
Jisung estava agachado ao seu lado, esperando a reação da irmã.
- Eu tô vendo coisas, não tô? Vocês estavam brincando, não era? Que nem quando eram crianças... - ela disse, finalmente olhando pra ele e agora apertando as mãos uma contra a outra.
- Noona... você sabe que não...
Ela ficou parada o encarando, abrindo e fechando a boca, sem saber o que dizer.
- Vocês... vocês... - era tudo que ela murmurava.
- Eu e o Minho namoramos.
Foi a minha vez de arregalar os olhos e olhar pra ele, que sequer tinha notado a minha presença ali na entrada da sala.
Como ele dizia aquilo tão fácil assim? Poxa, podia ter concordado que a gente estava brincando! Uma brincadeira meio esquisita? Sim, mas uma brincadeira. Ter dito que era lutinha, sei lá...
- Ah meu Deus! - ela soltou com ar e voltou a se colocar na posição antiga. - O que você está fazendo com a sua vida?
- Eu tô amando, noona. Do mesmo jeito que você ama o Suk hyung.
"Espera... amando?", ele... me amava?!
A felicidade que eu senti ao ouvir aquilo, não foi aquela abrasadora de quando você ganha um presente que queria muito. Foi tipo, uma sensação de paz e conforto, que não me deixava nervoso.
Quase como se meu coração estivesse boiando em uma piscina, na mais pura calma, enquanto a brisa gostosa fazia com que ele quase pegasse no sono.
- Não venha dizer que é a mesma coisa, porque não é! - o tom grosso e a forma como ela apontou o indicador autoritário, me fez esquecer brevemente o sentimento bonito que me inundava e meu coração se afogou em medo.
- O que tem de diferente? - Jisung soltou em um riso de escárnio. - Vocês se beijam, se abraçam, saem juntos, dormem juntos. A gente também!
- Vocês são dois homens! - ela praticamente gritou. - Ou melhor, dois garotos... - suspirou. - Dois garotos confusos. É isso. É tudo confusão. Vamos, me diga, você tem dificuldade em falar com meninas e achou mais fácil beijar o Minho que conhece desde criança?
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Coração Desastrado - MinSung
FanfictionEm seu aniversário de 25 anos de carreira, Lee Minho, um escritor renomadíssimo, decide escrever sobre as experiências que passou em sua adolescência. Minho em seus 17 anos, só fazia três coisas em sua vida: estudava, lia e escrevia. Ele era muito b...