O dia em que nos tornamos luas crescentes

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Julho de 1993

Assim... se você quer elevar a intimidade do seu relacionamento no máximo, perca a virgindade.

Sério. Eu achava que Han e eu já tínhamos bastante intimidade, pois sabíamos tudo um do outro, tínhamos piadas internas, nos víamos sem roupas, mas não, minha gente. Não foi aí que a intimidade aumentou.

Ela aumentou na hora em que eu acordei com dor na bunda e Jisung disse que tinha pomada.

No momento, eu me encontrava de bruços na cama, ainda sem roupas, com Han atrás de mim, abrindo as bandas da minha bunda e passando pomada... lá.

- Tá vermelhinho, Minho. Será que tem problema? - ele perguntou.

Quase morri de vergonha.

- Pelo amor de Deus, Jisung. Só termina de passar isso - ele riu e terminou de passar a pomada, dando um tapinha na minha bunda ao finalizar.

- Deixa de ser vergonhoso. Eu já vi tudo isso aí... eu até lamb-

- Paraaa! - reclamei, enfiando a cara no travesseiro, enquanto ouvia sua risada.

- Bobo - ele beijou o topo da minha cabeça antes de se deitar do meu lado e ficar alisando minhas costas.

Levantei o rosto para olhá-lo.

- Onde você conseguiu essa pomada? - indaguei, me virando de lado e puxando-o para me abraçar.

- Eu fui à farmácia comprar lubrificante e aquela moça... Nara, eu acho. Recomendou essa pomada.

- Ah... a senhorita Jang. Ela que me vendeu as camisinhas também.

- Ela é legal, né? - concordei com a cabeça. - Só achei estranho porque ela ficou me perguntando sobre a sua mãe.

- Sobre a minha mãe? - franzi o cenho.

- Sim. Perguntou se sua mãe apoiava a gente e como ela tava... acho que foi porque eu disse que a gente ia viajar, então ela deve ter pensado que sua mãe nos apoiava - deu de ombros.

- É, talvez.

- Quer dar uma volta pelo hotel, fazer alguma coisa?

- Pode ser.

Então, saímos do quarto, tomamos café e fomos pra sala de jogos. Disputamos no fliperama e dançamos naquelas máquinas. Depois, almoçamos e de tarde, quando eu já me sentia melhor da bunda, fomos para a piscina.

- Ai, é muita funda - Jisung reclamou, tendo a água batendo em seu pescoço.

- Ou você que é muito pequeno - impliquei, fazendo ele jogar água em mim.

- Sua bunda vermelha diz o contrário - provocou, piscando um olho e sorrindo de lado.

Demorei um tempo pra entender o sentido do que ele disse e quando entendi, abri a boca chocado com a audácia e joguei água nele também, ficando emburrado logo em seguida.

- Que carinha é essa? - perguntou e eu virei o rosto para o outro lado.

- Meu tamanho é insatisfatório pra você? - perguntei bem baixo, quase mudo, com o rosto esquentando.

- Que papo é esse, Minho? Claro que não.

- Mas a sua não ficou doendo, nem vermelha...

- Ô, meu amor, isso só significa que você foi mais cuidadoso que eu - passou os dedos no meu rosto, tirando alguns fios de cabelo e me deu um beijinho.

Quando ele ia falar mais alguma coisa, ouvimos um barulho ao nosso lado:

- Que pouca vergonha! Tem crianças aqui - uma mulher, tampando os olhos da menina em seu colo, reclamou.

Coração Desastrado - MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora