Em seu aniversário de 25 anos de carreira, Lee Minho, um escritor renomadíssimo, decide escrever sobre as experiências que passou em sua adolescência.
Minho em seus 17 anos, só fazia três coisas em sua vida: estudava, lia e escrevia. Ele era muito b...
AVISO DE GATILHO: É narrado sobre transtorno alimentar, então se for um tema muito sensível pra você, por favor, não leia.
Imagem de como seria o corpo da Yuna da fic:
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Dezembro de 2021
- Yuna, você se sente confortável em contar por que você fazia isso? - Minho pergunta, preocupado.
- Sim. - ela assente. - Eu quero que as pessoas que lerem a minha história e se identificarem, procurem ajuda e entendam que aquilo não é normal.
- Então... pode começar.
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As lembranças de Seo Yuna
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Setembro de 1991
Eu sempre fui uma pessoa magrinha, desde criança. E essa sempre foi uma "qualidade" que as pessoas elogiavam em mim.
"Nossa, a cintura da Yuna é tão fina, tão bonita!", "Queria ter as coxas magrinhas assim", "O que você faz pra ter a barriga chapada?" E várias outras coisas, que ao longo da minha vida foram despertando gatilhos em mim.
"Se eu engordar, as pessoas não vão mais me achar bonita", era o que eu pensava.
Mas creio, que isso tudo só piorou quando eu tinha 15 anos e comecei a namorar um cara de 24. Era uma coisa normal naquela época e ninguém via os problemas que uma relação com tamanha diferença de idade poderia trazer.
Meu pai até tentou ser ciumento no começo e não permitir, mas minha mãe seguia um pensamento de que tudo que meu irmão fazia, eu iria poder fazer também. E se eu quisesse namorar um cara mais velho, eu poderia.
Ela até que pensava bem à frente de seu tempo e sempre me deu liberdade para tudo. Eu penso e crio meus filhos do mesmo jeito que minha mãe me criou, mas se algum deles chegassem namorando uma pessoa nove anos mais velha e ainda sendo menor de idade, eu com certeza não permitiria e faria de tudo para eles mudarem de ideia.
Alguns podem até dizer, "nossa, Yuna, que careta, você." Mas gente, eu tinha acabado de entrar na adolescência e estava namorando um adulto, como não vêem problema nisso? Eu estava literalmente decidindo qual Barbie deveria jogar fora e qual manter na prateleira do meu quarto, enquanto ele estava escolhendo apartamento pra morar sozinho e estagiando em uma empresa. O que um cara desses queria com uma criança?
Em casos raros, esse tipo de relacionamento dá certo, mas a maioria deles só gera traumas quase irreparáveis e estou sendo sincera quando digo que eu queria muito fazer parte dos poucos que saíram ilesos.
