As lembranças do nosso bebê azarado - parte 2

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As lembranças de Yang Jeongin

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Maio de 1993

- Ela realmente não atende. - o diretor disse, após ligar umas três vezes para a minha mãe.

Eu havia lhe dito que ela não atenderia, pois estava no trabalho, mas mesmo assim ele teimou em ligar.

- Está mais calmo, senhor Kim? - perguntou ao pai de Yeri.

- Calmo um caralho! - esbravejou. - Esse moleque engravidou a minha filha! Como você quer que eu fique calmo? Imagine se fosse a sua!

- Senhor, eu entendo, mas você não pode bater nele, ele não é seu filho. Pode deixar que eu vou comunicar à mãe dele e ela vai fazer algo para corrigí-lo.

Eu tinha certeza que ela ia me bater. Uma pessoa que bate por o filho quebrar um copo, não vai bater por ele ter engravidado outra pessoa? Claro que vai!

Eu já estava sofrendo antecipadamente.

Após isso, eles ficaram discutindo sobre muitas coisas. Até o coitado do professor Bang foi metido no meio.

Eu estava apenas sentado assistindo aquela gritaria e imaginando que seria duas vezes pior na minha casa.

No fim, o pai de Yeri recebeu uma ligação do trabalho e teve que sair e minha namorada foi para a casa de Yuna, porque sua melhor amiga se negou a deixar que ela fosse embora com o mais velho.

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Cheguei em frente ao apartamento em que morava e respirei fundo antes de girar a maçaneta da porta.

Assim que a abri, dei de cara com a minha mãe terminando de desligar o telefone.

Seus olhos logo me encontraram parado na porta. Foi como se eles fossem dois dardos e tivessem sido atirados em direção ao alvo, só que o alvo era eu.

Tremi dos pés a cabeça, me faltou força tanto que até a mochila que eu segurava caiu da minha mão.

Eu já sabia que tinha me lascado.

- Acabei de receber a ligação do diretor da sua escola. - ela pronunciou e eu engoli em seco.

- O-o que e-ele d-disse?

- Que você engravidou uma garota, o pai dela descobriu e te bateu. Quer saber se eu vou tomar alguma providência quanto a isso.

- E vai?

- Você merece que eu tome providências? Hum? Merece?

"Merda!", pensei em total desespero.

- A senhora tá brava?

- Brava? - ela se levantou e veio até mim. - BRAVA?!

Riu em deboche, jogando a cabeça pra trás e cruzando os braços.

- "Brava" é uma palavra muito pequena para descrever o tamanho do ódio que eu tô sentindo no momento.

- Mamãe... - tentei me explicar, mas logo fui interrompido.

- Nada de mamãe! - gritou mais uma vez, me fazendo dá um pulinho no lugar. - Você é um imprestável! Já não basta fazer nada da vida, você inventa um filho, Jeongin?! Um filho?! Seu idiota! - e desferiu um tapa na minha cara. - Eu sofro tanto pra te dar do bom e do melhor. - a cada palavra ela ia me batendo em um lugar diferente, cabeça, braços, peito... - Seu imbecil! Só veio pra estragar a minha vida! Eu te odeio, seu moleque! Odeio! Odeio tudo que envolve você.

Coração Desastrado - MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora